Banco de dados Livre X Proprietário

Neste artigo analisamos todos os aspectos necessários para a avaliação dos bancos de dados. Percebemos a diferença real dos bancos de dados livres e dos pagos. Vimos que é preciso uma boa análise de mercado e também das nossas necessidades para com o banco de dados, para assim poder fazer a melhor escolha.

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Por: tvi em 10/08/2006


Banco de dados livre X Pago



Diferente dos outros softwares, os bancos de dados são de pouco interesse no meio acadêmico. Isto ocorre porque os servidores de banco de dados são mais complexos do que outros tipos de servidores de rede, por esse motivo os bancos proprietários conseguiram tomar a frente na evolução tecnológica.

A expansão da internet fez com que a situação se tornasse diferente. Os softwares livres passaram a ganhar força e os bancos de dados proprietários se mostraram inadequados com seus protocolos de comunicação pesados. Assim foi dado o passo para a criação do miniSQL, mais leve que os bancos de dados tradicionais.

O miniSQL foi criado na universidade de Bond, na Austrália. O responsável pela sua criação fundou a "Hughes Tecnologies" para comercializar o miniSQL sob uma licença aberta, mas a empresa não conseguiu trabalhar à fundo com a comunidade que se formou em torno do mSQL e o projeto parou.

Uma empresa suíça chamada TCX Data Konsult AB utilizou APIs e protocolos de rede miniSQL sobre um formato de arquivo ISAM, desenvolvido internamente, surgindo assim o MySQL. Com isso o MySQL herdou o suporte de software criado por outras empresas para o miniSQL. Além disso, os criadores do MySQL estimulavam a participação da comunidade, com isso o software foi um sucesso.

A empresa TCX Data Konsult AB mudou seu nome para MySQL AB e passou a licenciar o MySQL. Enquanto isso a Universidade de Berkeley prosseguia com suas pesquisas, focalizando orientação a objetivos no projeto PostgreSQL.

O Postgree não utilizava linguagem SQL, suporte que passou a ser utilizado somente com a versão postgres95, criada por estudantes de graduação.

Naquela época o Postgree deixou de ser um projeto da Universidade de Berkeley, mas alguns ex-alunos e voluntários do mundo todo assumiram em 96 a tarefa de organizar toda a bagunça que se encontrava no código experimental do banco e transformá-lo em um servidor confiável para ambientes de produção.

O grupo se transformou em uma empresa, renomeou o banco de dados para PostgreSQL, demorando alguns anos para compreender todos os códigos herdados da Universidade. A versão 6.5 marcou o primeiro release de produção, desde então cada versão nova é mais rápida e fornece mais recursos que a versão anterior.

O Postgree e o MySQL são os principais Bancos de Dados livres existentes, mas ainda existem muitos outros, entre os quais merecem ser destacados o Interbase e o Sap-DB.

O Interbase foi criado pela Borland. Quando grandes empresas de Bancos de Dados decidiram oferecer versões dos seus bancos ao mercado. O primeiro resultado da abertura do Interbase em 2000 foi a versão 6.0 para várias plataformas. Ele continuava evoluindo, seguindo um modelo semelhante ao do Netscape e OpenOffice.

O SAP-DB é o back-end do sistema de ERP mais popular do mercado, o SAP. Em 2000 seu código foi aberto porque a SAP acreditava que os Bancos de Dados se tornaram parte da infra-estrutura tecnológica de qualquer empresa.

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Páginas do artigo
   1. Resumo
   2. Introdução
   3. Banco de dados livre X Pago
   4. Conclusão
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Comentários
[1] Comentário enviado por jeanci em 10/08/2006 - 11:33h

Olá Amigo,

O artigo é bom onde se aponta os itens a serem checados nos bancos, mas acho que faltou um cruzamento destes itens entre os bancos para se ter uma idéia melhor.

[2] Comentário enviado por jragomes em 10/08/2006 - 15:00h

Gostei do artigo. Você poderia tê-lo enriquecido com algumas comparações de custo, tipo de máquina que rodam, número de transações.

Se você puder retificar uma coisa no texto, retifique uma coisa: a MySQL é uma empresa sueca e não suiça.

Parabéns.

[3] Comentário enviado por slack felix em 07/04/2008 - 09:27h

O artigo é interessante, mas ficou muito superficial. Poderiam ter sido abordadas comparações técnicas sobre os BD's livres e proprietários referentes aos protocolos de controle de transações, gravação/recuperação, controle de acesso etc.
Por exemplo, você poderia ter feito um Estudo de Caso com dois SGBD's conhecidos como o Oracle e o Postegree. Assim ficaria mais fácil "ver" as diferenças relativas aos dois.


[4] Comentário enviado por edupersoft em 23/09/2008 - 18:02h

É uma boa descrição. Mas o interbase na data do artigo já não era open source havia um tempo, perto do lançamento da versão 6 a Borland já ameaçou a não liberar o código, a comunidade se indignou e a Borland abriu o código, mas já fechou logo em seguida no lançamento da versao 6.5 que corrigia os erros da versão 6. Dai a comunidade lançou o firebird. A partir daí a borland tratou o firebird como concorrente. O objetivo da Borland ao abrir o código é fornecer uma base de dados livre para o delphi, robusto já que ela tinha descontinuado o paradox e o dbase;

A principal vantagem de bancos como o Oracle ou DB2 sobre os concorrentes open source é o fato de estarem no mercado a muito tempo, enquanto o software livre passou a ser realmente viável depois do surgimento e da popularização da internet. Se observarmos as outras plicações isto não acontece, por exemplo, o linux, apache, sendmail, qmail, são aplicações que ajudaram a viabilizar a internet, os concorrentes chegaram na mesma época ou depois, outras aplicações como o gimp pode até levar desvantagem sobre o concorrente pago, no entanto, este a desvantagem não é tão grande já que este concorrente não existe a tanto tempo.

Outro exemplo claro são os cads, eles também vieram amadurecendo muito tempo antes do surgimento do software livre, para desenvolver uma opção livre a altura dos pagos o número de funções terá que ser enorme.



[5] Comentário enviado por emilioeiji em 19/07/2012 - 09:18h

Eu li o artigo pensando que haveria um cruzando dos bancos de dados livre X proprietários, mas mesmo assim o artigo ficou muito bom.


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