Incentivo ao Funtoo

Artigo simples e acessível, nada técnico, onde deixo minha opinião sobre alguns tópicos da distribuição Funtoo e tento dar um empurrãozinho em quem tem curiosidade de testar a distribuição Funtoo GNU/Linux, mas está protelando.

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Por: Xerxes em 17/09/2014


Dúvidas sobre Funtoo



Recentemente passei a usar Funtoo a sério e estou gostando muito da experiência. Esse artigo é para ajudar pessoas que também querem usar Funtoo, mas
precisam de um incentivo. Deixarei neste artigo algumas simples informações, minha experiência, e tentarei esclarecer algumas das dúvidas que eu tinha antes de
começar a usar Funtoo. Pode ser que algum usuário curioso com Funtoo tenha as mesmas dúvidas que eu tive. Vamos lá.

Gentoo, provavelmente, é a distribuição de compilação (source-based) mais famosa que existe. A distribuição Funtoo é um "Gentoo melhorado", tanto Funtoo como
Gentoo foram criadas pela mesma pessoa: Daniel Robbins.

Devido ao seu nível de exigência por parte do usuário, a distribuição Funtoo pode assustar usuários novatos em GNU/Linux (mas em alguns casos pode despertar
interesse).

Há alguns anos, antes de eu começar a usar o GNU/Linux, um colega me falou sobre a distribuição Gentoo. Ele disse que era uma distribuição muito boa e do jeito
que ele falava, parecia ser a melhor. Mas esse meu colega também disse que eu deveria começar a conhecer o GNU/Linux usando Ubuntu, que era mais fácil.

Quando comecei a usar GNU/Linux, há uns 7 anos (mais ou menos) eu tive dificuldade e dúvidas até durante o processo de instalação do Ubuntu (sim, aquele
amigável instalador, para mim, era algo novo, desconhecido). Depois testei outras distribuições e passei a admirar muito Slackware e Arch Linux.

Mas eu queria, um dia, poder usar Gentoo, pois sempre ouvi dizer que era uma das melhores distribuições. Eu tinha muita curiosidade. Mas ante de usar Gentoo,
passei a admirar muito as seguintes distribuições binárias: Slackware, Debian, Fedora, Arch Linux, Ubuntu (apesar de não gostar do ambiente padrão) e Linux Mint.
Cada uma por motivos diferentes. Hoje eu compreendo que Linux é tão somente o kernel, e escolher distribuição é apenas uma questão de gosto pessoal.

Quando fiquei sabendo que o criador do Gentoo deixou o projeto e passou a se dedicar a um outro, chamado Funtoo, eu perdi um pouco a vontade de usar Gentoo e
fiquei mais curioso sobre usar Funtoo. Nesse meio tempo eu já havia instalado Gentoo, mas não havia usado "pra valer", pois diante das primeiras dificuldades, após
instalar o ambiente GNOME, eu desisti. Deixei essa história de usar distribuição de compilação para lá, por um tempo. Até que um dia, com mais paciência, resolvi
tentar novamente, dessa vez Funtoo, e passei a usá-lo.

Agora algumas dúvidas que eu tinha antes de usar Funtoo e minha opinião atual sobre elas.

1. Vale a pena todo o trabalho e demora em busca de uma, tão falada, otimização do sistema?

Eu sempre achei que não, pois não percebia diferenças de desempenho entre, por exemplo, Slackware e Funtoo ou Ubuntu e Funtoo na realização de tarefas
rotineiras. Sempre pensei que a diferença só seria perceptível em computadores parrudos.

Mas recentemente realizei uma tarefa que usa muito processamento no meu modesto notebook: gravar imagem e som com o aplicativo SimpleScreenRecorder.
O que é que acontece? Na distribuição Debian, se eu iniciar a gravação, tudo fica um pouco mais lento, a exibição de vídeos, a execução de programas, etc., ficam
meio "travados". No Funtoo, com o mesmo hardware, eu gravo em HD sem travamentos executando as mesmas tarefas.

Então concluí que o desempenho, devido a otimização do sistema, pode ser perceptível sim, em ALGUNS casos. Agora, se isso vale o trabalho... depende muito do
usuário. Antes eu achava que não valia a pena, mas hoje eu já acho que sim, mas também sei que esse ganho de desempenho é, na maioria das vezes,
imperceptível.

Um usuário daqui do VOL, albfneto, que usa Gentoo há muitos anos, e tem computadores melhores do que a média, é
usuário experiente de Linux, já disse que a distribuição Arch Linux é quase tão rápida quando Gentoo. Isso significa que, com base na experiência dele, a otimização é
perceptível também.

Não creio, porém, que seja esse motivo (a otimização do sistema), o maior argumento a favor do uso do Funtoo. Mais importante que isso eu considero a diversão do
processo de configurá-lo e usá-lo. Alguns podem chamar isso de masoquismo (rsrs) mas eu vejo como um hobby.

Na própria página do Funtoo, o seu criador diz que o principal motivo para alguém usar uma distribuição de compilação, como Funtoo, é a experiência de uso, muitas
vezes apreciada por entusiastas. Se esse não for o seu caso, não tem problema em continuar a usar uma distribuição binária comum que faz exatamente o que você
quer.

2. Por que a instalação do Funtoo é tão complicada?

O processo de instalação do Funtoo pode assustar mesmo, já que não tem imagens, nem botão de instalação, nem CD de instalação! É preciso usar um CD de outra
distribuição, ou uma distribuição previamente instalada em outro lugar, para poder instalar Funtoo.

Mas será que é mesmo difícil? Eu achei que era, anos antes, mas isso foi quando eu tentei instalar Gentoo pela primeira vez e tinha menos familiaridade com o
terminal do que tenho hoje. Atualmente vejo que a instalação do Funtoo é muito simples. O processo é trabalhoso, no sentido de ser "manual", mas é simples.

Veja, por exemplo, durante a instalação do Slackware, há um script que é executado perguntando coisas como o tipo de teclado, etc., tudo isso "esconde", sob uma
fina camada, alguns simples comandos que, de tão simples, pode nos fazer questionar se seria realmente necessário um script para executá-los.

Em determinado momento o script de instalação do Slackware automaticamente encontra a partição swap e a ativa. Mas o que script faz é nada mais, nada menos,
que executar os comandos mkswap e swapon. Se você mesmo tivesse que digitar esses comandos, não seria nada complicado, só seria mais manual.

Principalmente em distribuições fáceis de instalar, como Ubuntu, que possuem um instalador bonitinho, o que acontece na verdade é que o instalador só está
"escondendo" de você os comandos que você mesmo está executando.

Não nego a vantagem de um instalador. Não estou dizendo isso! Há ganho de tempo com um instalador, e o processo é, de longe, muito mais intuitivo. O que eu
estou dizendo é que na ausência de um instalador, se alguém disser para você os comandos que precisam ser executados, o processo torna-se mais manual sim,
mas não é muito mais difícil.

Então, no caso do Funtoo, o que acontece é que você vai seguir um manual (o handbook) que diz quais comandos você deve executar. Apenas isso. Se tiver paciência,
prestar bem atenção e digitar os comandos corretamente, vai dar tudo certo com a instalação.

3. Terei que aprender a configurar o kernel?

Mais do que o processo de instalação do Funtoo, a ideia de "brincar" com o kernel pode afugentar muitos usuários. Se este for seu caso, tenho uma boa notícia para você: para usar Funtoo
você não precisa configurar o kernel manualmente. Inclusive, a opção recomendada pelo manual oficial do Funtoo, é o uso de um kernel pré-configurado, com tudo
funcionando, disponível pelo gerenciador de pacotes, bastando seguir as instruções do manual.

Configurar kernel manualmente, normalmente é uma opção, independente da distribuição. O que acontece é que algumas distribuições de compilação (source-based)
obrigam o usuário a configurar o kernel manualmente durante a instalação, pois não disponibilizam outra opção para o usuário. Mas Funtoo não obriga o usuário a
configurar o kernel.

Ainda sobre configuração de kernel, o importante é saber apenas o básico, como por exemplo habilitar o driver de rede, escolher a família do processador, habilitar
suporte aos formatos de arquivos que você vai usar... Não creio que seja necessário compreender cada uma das várias centenas de opções do Kernel para torná- lo
funcional. Muitas das opções do kernel, em suas descrições, dizem mais ou menos assim: "se não souber o que isso faz, configure assim". Isso já ajuda se você for
configurar o seu "na mão".

Pessoalmente não vejo muita necessidade em se preocupar muito com a questão do kernel. Primeiro porque ele sempre poderá ser "enxugado" posteriormente, aos
poucos, e segundo porque configurar um sistema de forma eficaz não precisa exatamente de muito requinte e perfeccionismo. Imagino que a maioria dos usuários
não configura seu próprio kernel e vivem felizes.

4. Quanto tempo leva para deixar o Funtoo pronto para uso?

Isso depende de muitos fatores, como a familiaridade do usuário com o sistema, a configuração do computador, o ambiente gráfico escolhido, tempo disponível para
tirar dúvidas em fóruns, etc. Como os programas são compilados na máquina do usuário, o poder de processamento tem uma grande influência no tempo de
configuração do sistema para deixá-lo pronto para uso. Por isso é difícil dizer em quanto tempo o Funtoo vai ficar pronto para uso. Mas seria usar um final de semana
tranquilo para "meter a cara" na instalação e configuração do Funtoo.

Já ouvi de um usuário experiente que ele leva menos 24 horas, mas perto disso, para deixar o Gentoo com KDE pronto para uso, e, (apenas por curiosidade) uma
semana para deixar o Linux From Scratch pronto para uso com ambiente Xfce. Demorado? Com certeza. Mas ter o sistema funcional após um trabalho duro é muito
gratificante.

Olhe só a alegria de um usuário após instalar e configurar Gentoo (ou Funtoo):



5. O que são USE flags, como saber qual escolher?

O sistema do Funtoo possui um arquivo (o make.conf) que contém instruções globais (ou seja, para todos os programas) com diretrizes sobre o que "ligar" ou
"desligar" em termos de funcionalidades no sistema. Exemplo: se eu não quero ter o ambiente KDE, posso desligar a flag "kde". Então qualquer pacote que tiver
suporte opcional ao KDE, se for compilado, não terá mais esse suporte. O compilador (GCC) não irá preparar o programa para suportar o KDE, consequentemente
esse programa não terá suporte a uma coisa inútil, já que eu decidi não instalar o KDE. Isso também evita que um pacote "puxe" outras dependências inúteis, que eu
nunca pretendo usar.

Claro que o ponto fraco disso é que podem surgir conflitos diversos entre pacotes, pois alguns exigem uma determinada flag ou então outros exigem que se tenha
uma de duas opções, etc. Aí entra em cena a habilidade e experiência do usuário, e a atenção às mensagens do gerenciador de pacotes para saber lidar com esses
conflitos.

Conceitualmente isso é fácil de entender. Mas a minha maior dúvida era a prática. Como saber o que colocar no arquivo make.conf, para habilitar e desabilitar?

Há uma lista com todas as flags que pode ser consultada em:

Eu teria que ler esse arquivo toda vez antes de instalar um programa novo, para ajustar as flags? E depois eu teria que recompilar o sistema inteiro para poder
ajustá-lo? Acho que essas foram as minhas maiores dúvidas quando comecei a usar Gentoo e Funtoo.

Por fim eu aprendi que há, basicamente, três formas de usar as flags.

Uma forma, a mais fácil, é baixar um arquivo make.conf já pronto e configurado, dar uma ajustada se necessário, e usá-lo. Com o tempo, pode ir enxugando o
arquivo, removendo o excesso de flags.

A segunda forma é não usar flags no arquivo make.conf de imediato (talvez só umas poucas que o usuário já conhece), deixar isso sob responsabilidade do perfil
(profile, escolhido pelo usuário) e esperar o gerenciador de pacotes pedir as flags, depois disso decidir se aquela flag solicitada deve ir para o make.conf ou para o
package.use (que, ao contrário do make.conf, especifica flags para pacotes específicos).

A terceira forma é uma combinação das duas anteriores.

Atualmente eu estou preferindo a segunda forma. Acho melhor dar ênfase em USE flags locais e não globais. Sobre ter que recompilar o sistema após alterar uma
USE flag, seja flag global ou local. Só é necessário recompilar o sistema inteiro apenas quando isso for, bem... necessário (=P), indicado pelo gerenciador de
pacotes, por exemplo durante uma atualização ou para resolver uma dependência.

E na prática? Na prática, tudo isso sobre USE flags é resolvido da seguinte forma: lendo com atenção as saídas do gerenciador de pacotes para ter uma ideia do que
fazer, pesquisando em fóruns e wikis. Só sendo um tipo de guru do GNU/Linux, ou um usuário muito experiente, para não precisar recorrer à documentação.
Trabalhoso? Sim, mas se você busca esse nível de interação com o sistema, pode achar até divertido. Talvez seja por isso que alguns dizem que usuários de Funtoo
são masoquistas.

6. Parece complicado o fato de existir tantos arquivos de configuração no Portage (gerenciador de pacotes). Para que servem?

No tópico anterior eu falei sobre USE flags, que é um item do arquivo make.conf, mas há vários outros itens nesse arquivo. Além disso, ainda existem outros
arquivos no Funtoo como: package.use, package.mask, package.unmask, package.accept_keywords.

Esses arquivos são essenciais para que o gerenciador de pacotes funcione e atenda as necessidades do usuário. Em resumo: o "package.use" serve para definir
USE flags para programas específicos; o "package.mask" serve para evitar que os pacotes especificados nele sejam instalados; o "package.unmask" serve para
permitir a instalação de programas que estão "mascarados" (bloqueados automaticamente, por terem risco de quebrar o sistema); e o "package.accept_keywords"
serve para
especificar se determinado programa será usado em sua forma estável ou instável.

Para finalizar o artigo veja a próxima página.

    Próxima página

Páginas do artigo
   1. Dúvidas sobre Funtoo
   2. Por que Funtoo e não Gentoo?
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Comentários
[1] Comentário enviado por zezaocapoeira em 17/09/2014 - 08:25h

Salve xerxeslins . Parabéns pelo trabalho .

[2] Comentário enviado por removido em 17/09/2014 - 10:30h

Quem usa Funtoo fica igual esse cara do vídeo?
Tô fora!!! kkkkkkkkkkk

[3] Comentário enviado por removido em 17/09/2014 - 10:54h

Parabéns pelo artigo. Sou usuário do Arch Linux, e fiquei extremamente tentado a testar o Funtoo. Gosto de distribuições onde o usuário tem que por a mão na massa.

[4] Comentário enviado por xerxeslins em 17/09/2014 - 11:31h


[1] Comentário enviado por zezaocapoeira em 17/09/2014 - 08:25h:

Salve xerxeslins . Parabéns pelo trabalho .


Valeu!!!

[5] Comentário enviado por xerxeslins em 17/09/2014 - 11:31h


[2] Comentário enviado por costapha em 17/09/2014 - 10:30h:

Quem usa Funtoo fica igual esse cara do vídeo?
Tô fora!!! kkkkkkkkkkk


kkkkkkk!!

Eu pensei em colocar esta imagem também:

http://i.imgur.com/qgLh1fT.jpg

Mas desisti rsrsrs

[6] Comentário enviado por xerxeslins em 17/09/2014 - 11:32h


[3] Comentário enviado por 4C75636173 em 17/09/2014 - 10:54h:

Parabéns pelo artigo. Sou usuário do Arch Linux, e fiquei extremamente tentado a testar o Funtoo. Gosto de distribuições onde o usuário tem que por a mão na massa.


Legal! :D

[7] Comentário enviado por xerxeslins em 17/09/2014 - 11:38h

o SimpleScreenRecorder usa muito processamento.

Debian + SImpleScreenRecorder (veja em 0:50):

[youtube] https://www.youtube.com/watch?v=xIK2fm2dDgM&feature=youtu.be [/youtube]

Funtoo + SimpleScreenRecorder (0:50):

[youtube] https://www.youtube.com/watch?v=Ef0NgIVUVNM [/youtube]

Então fica a questão: distro de compilação melhora ou não o desempenho?

Abraço.

Core i3, 4GB e 256MB de vídeo.

edit: Não usei Debian para 32-bit e sim amd64, de acordo com o meu processador.

[8] Comentário enviado por rafaelbernini em 17/09/2014 - 13:11h

Sensacional, estive por conflito de distro a um tempo atrás e resolvi colocar a diante teste em muitas distros, e por esses dias instalei por 3 vezes consecutivas em 3 máquinas distintas, netbook, AMD Quad e uma virtual box, e achei Funtoo algo sensacional, sempre admirei o Gentoo e Sabayon mais nunca me foquei como Desktop principal, sair do Debian e Ubuntu para mim era algo arrepiante pelo fato do volume de programação que exerço no dia a dia, e acho que Funtoo, é uma distro de mero respeito e de um porte gigantesco, espero que esses testes que ando fazendo nela, posso suprir essa minha necessidade de alguma distro mais modelável, mais robusta se adaptando ao meu dia de trabalho, e quem sabe, em um futuro próximo podemos colaborar, criar ou seja lá que for, um funtoo-br.org, ou similar, e tornar esse grande distro algo acessível, fácil, e cheio de documentos com fórum voltado para nós brasileiros. Grande abraço, conheci Funtoo a partir do VOL pelo Xerxes, muito obrigado. Grande abraço.

[9] Comentário enviado por mapintar em 17/09/2014 - 13:40h

Inicialmente, parabéns ao Autor pelo artigo.

Filosofando um pouco sobre a questão da otimização, creio que o que temos a considerar é:

1 - uma distro inteira compilada para 386 será naturalmente mais lenta do que uma na qual todos os programas são compilados para máquinas mais atuais, cujos processadores são dotados de instruções específicas que podem fazer muita diferença em alguns casos (AVX, etc);
2 - uma distro inteira compilada para máquinas mais atuais, que já dão suporte a alguns instruções presentes nos processadores modernos, não será muito mais lenta do que uma distro inteira com programa compilados especificamente para a máquina.

Assim, tomando como exemplo as otimizações que são usadas pelo Arch Linux nas versões de 64 bits, teríamos muito pouco a acrescentar de desempenho ao sistema, vez que quase todas as extensões do processador já estariam inseridas na compilação padrão. Por outro lado, poucos programas fazem uso efetivo de todas as extensões modernas disponíveis, e o suporte fornecido pelo GCC para instruções mais modernas e novas por vezes é imaturo ainda.

Conclusão: tomando por base uma distribuição moderna compilada para 64 bits, somente alguns programas específicos poderiam se beneficiar realmente de uma compilação específica para a máquina, o que tornaria o trabalho de compilar todos os programa, um a um, desfavorável na questão custo-benefício.


[10] Comentário enviado por xerxeslins em 17/09/2014 - 14:25h


[9] Comentário enviado por mapintar em 17/09/2014 - 13:40h:

Inicialmente, parabéns ao Autor pelo artigo.

Filosofando um pouco sobre a questão da otimização, creio que o que temos a considerar é:

1 - uma distro inteira compilada para 386 será naturalmente mais lenta do que uma na qual todos os programas são compilados para máquinas mais atuais, cujos processadores são dotados de instruções específicas que podem fazer muita diferença em alguns casos (AVX, etc);
2 - uma distro inteira compilada para máquinas mais atuais, que já dão suporte a alguns instruções presentes nos processadores modernos, não será muito mais lenta do que uma distro inteira com programa compilados especificamente para a máquina.

Assim, tomando como exemplo as otimizações que são usadas pelo Arch Linux nas versões de 64 bits, teríamos muito pouco a acrescentar de desempenho ao sistema, vez que quase todas as extensões do processador já estariam inseridas na compilação padrão. Por outro lado, poucos programas fazem uso efetivo de todas as extensões modernas disponíveis, e o suporte fornecido pelo GCC para instruções mais modernas e novas por vezes é imaturo ainda.

Conclusão: tomando por base uma distribuição moderna compilada para 64 bits, somente alguns programas específicos poderiam se beneficiar realmente de uma compilação específica para a máquina, o que tornaria o trabalho de compilar todos os programa, um a um, desfavorável na questão custo-benefício.



Por isso que o X da questão, no caso de distro compilada X binária, para mim, não é a questão da otimização. Mesmo reconhecendo o ganho (pequeno, mas existente) e sim a experiência de uso, como um hobby.

Mesmo na página do Funtoo, o criador não diz "use Funtoo porque é mais veloz" ele diz "use porque é divertido e agrada quem gostaria de ter contato mais direto com tecnologia".



[11] Comentário enviado por pedrox86 em 17/09/2014 - 14:40h

Artigo exemplo!!
Parabéns!

[12] Comentário enviado por raphaelpr em 17/09/2014 - 15:28h

Ótimo texto xerxeslins! O que você pode me falar quanto à estabilidade do Funtoo? Um vez instalado e configurado, é dificil quebrar o sistema? Você poderia fazer uma rápida comparação com o Arch Linux? Principalmente em termos de bleeding edge.

Sempre tive curiosidade a respeito do Gentoo.

[13] Comentário enviado por moisespedro em 17/09/2014 - 15:34h

Tava instalando o Funtoo ontem e to com um erro bem chato: quando eu tendo rodar um "emerge --depclean" vem a mensagem "You have no world file". Nao causa nenhum problema mas eh meio chato.

[14] Comentário enviado por mapintar em 17/09/2014 - 16:03h


[10] Comentário enviado por xerxeslins em 17/09/2014 - 14:25h:


[9] Comentário enviado por mapintar em 17/09/2014 - 13:40h:

Inicialmente, parabéns ao Autor pelo artigo.

Filosofando um pouco sobre a questão da otimização, creio que o que temos a considerar é:

1 - uma distro inteira compilada para 386 será naturalmente mais lenta do que uma na qual todos os programas são compilados para máquinas mais atuais, cujos processadores são dotados de instruções específicas que podem fazer muita diferença em alguns casos (AVX, etc);
2 - uma distro inteira compilada para máquinas mais atuais, que já dão suporte a alguns instruções presentes nos processadores modernos, não será muito mais lenta do que uma distro inteira com programa compilados especificamente para a máquina.

Assim, tomando como exemplo as otimizações que são usadas pelo Arch Linux nas versões de 64 bits, teríamos muito pouco a acrescentar de desempenho ao sistema, vez que quase todas as extensões do processador já estariam inseridas na compilação padrão. Por outro lado, poucos programas fazem uso efetivo de todas as extensões modernas disponíveis, e o suporte fornecido pelo GCC para instruções mais modernas e novas por vezes é imaturo ainda.

Conclusão: tomando por base uma distribuição moderna compilada para 64 bits, somente alguns programas específicos poderiam se beneficiar realmente de uma compilação específica para a máquina, o que tornaria o trabalho de compilar todos os programa, um a um, desfavorável na questão custo-benefício.



Por isso que o X da questão, no caso de distro compilada X binária, para mim, não é a questão da otimização. Mesmo reconhecendo o ganho (pequeno, mas existente) e sim a experiência de uso, como um hobby.

Mesmo na página do Funtoo, o criador não diz "use Funtoo porque é mais veloz" ele diz "use porque é divertido e agrada quem gostaria de ter contato mais direto com tecnologia".




Uma coisa que eu fico sempre na dúvida em relação a distros que deixam toda a compilação nas mãos do usuário, e correspondentes configurações, é o seguinte. As distribuições que distribuem binários geralmente trabalham em cima do pacote até que ele seja considerado estável. Não raro, o desenvolvedor quebra a cabeça até mesmo para que o programa possa compilar sem erros. No Arch mesmo é comum se verificar nas PKGBUILD que otimizações do GCC foram desabilitadas naquele programa em específico para corrigir bugs ou erros de compilação. Em um sistema na qual o usuário compila pacote por pacote, com suas configurações e otimizações pessoais, como o camarada sabe que o sistema, ou parte dele, está estável?

[15] Comentário enviado por pylm em 17/09/2014 - 16:51h

Na maior parte do tempo, com bom senso, principalmente em não setar -03 global pra tudo, não colocar USE flags demais (e por vezes até inúteis pra máquina do cara) e principalmente, saber o que está fazendo, logo, vai dar alguns paus mas depois o cara se acostuma.

[16] Comentário enviado por xerxeslins em 17/09/2014 - 17:54h


[11] Comentário enviado por pedrox86 em 17/09/2014 - 14:40h:

Artigo exemplo!!
Parabéns!


Obrigado :)

[17] Comentário enviado por xerxeslins em 17/09/2014 - 18:15h


[12] Comentário enviado por raphaelpr em 17/09/2014 - 15:28h:

Ótimo texto xerxeslins! O que você pode me falar quanto à estabilidade do Funtoo? Um vez instalado e configurado, é dificil quebrar o sistema? Você poderia fazer uma rápida comparação com o Arch Linux? Principalmente em termos de bleeding edge.

Sempre tive curiosidade a respeito do Gentoo.


Sobre a estabilidade do Funtoo (e acho que deve valer para Gentoo também), o que posso dizer é que há três ramos para escolher: estable, current e experimental. Aí vai depender do espírito aventureiro do usuário. O normal é usar "current" (pelo manual oficial), e deixar o stable para servidores ou algo assim que exige muita estabilidade. o Experimental para testadores.

Atualmente eu uso o ramo stable no desktop, e não senti ainda nenhum problema com isso. Considero Funtoo estável sim, principalmente depois de instalado e já configurado. Fica só nas atualizações. Mas ao mesmo tempo eu não diria que é difícil quebrar, pois como muita coisa é manual, se o usuário não fizer com atenção, pode dar uns problemas.

Faz um tempinho que eu usei Arch Linux, mas comparando com Arch Linux, eu só posso falar do ramo "estable" do Funtoo.

Eu acho o ramo estable do Funtoo menos "bleeding edge" que Arch Linux, mais seguro. No geral (opinião pessoal) o Arch abraça de cara tudo o que é novidade, e muda sem pestanejar. Se o systemd chegou, vamos adotá-lo, se o gnome 3 chegou agora todo torto, vamos adotá-lo assim mesmo, etc. No Funtoo isso parece demorar mais. Como se deixasse as coisas ficarem mais firmes.

Mesmo assim, Funtoo estable é bem atualizado. Costuma ser mais atualizado que Fedora, e menos que Arch. Mas Arch tem suporte a menor quantidade de arquiteturas, o que facilita essa acelerada.

Bem é isso, resumo: se tivesse que dizer quem é mais estável: diria que é Funtoo estable. Quem é mais atualizado: Arch LInux, mas por uma diferença bem pequena.

Abraço.

[18] Comentário enviado por xerxeslins em 17/09/2014 - 18:21h


[13] Comentário enviado por moisespedro em 17/09/2014 - 15:34h:

Tava instalando o Funtoo ontem e to com um erro bem chato: quando eu tendo rodar um "emerge --depclean" vem a mensagem "You have no world file". Nao causa nenhum problema mas eh meio chato.


Ainda não aconteceu comigo, no Funtoo.

Todo pacote que instalo, fica guardado em "/var/lib/portage/world" Então quando eu atualizo o world, atualiza todos eles. Não sei porque vc não tem esse arquivo :(

[19] Comentário enviado por xerxeslins em 17/09/2014 - 18:41h


[14] Comentário enviado por mapintar em 17/09/2014 - 16:03h:

Uma coisa que eu fico sempre na dúvida em relação a distros que deixam toda a compilação nas mãos do usuário, e correspondentes configurações, é o seguinte. As distribuições que distribuem binários geralmente trabalham em cima do pacote até que ele seja considerado estável. Não raro, o desenvolvedor quebra a cabeça até mesmo para que o programa possa compilar sem erros. No Arch mesmo é comum se verificar nas PKGBUILD que otimizações do GCC foram desabilitadas naquele programa em específico para corrigir bugs ou erros de compilação. Em um sistema na qual o usuário compila pacote por pacote, com suas configurações e otimizações pessoais, como o camarada sabe que o sistema, ou parte dele, está estável?


Hmm, eu desconheço os detalhes sobre o processo de empacotamento de softwares. Mas vou dar um chute aqui.

"geralmente trabalham em cima do pacote até que ele seja considerado estável",

esses testes, como você explicou, não acontecem sobre as funcionalidades do aplicativo em si (pois os empacotadores não desenvolveram o software, ele já existe de forma estável e disponível para download pelo código fonte), mas esses testes devem ser relacionados a compatibilidade com os outros pacotes dos repositórios e de uma forma abrangente, precisam ser compilados de forma a funcionar na maior quantidade de hardware possível (ou pelo menos dentro de uma família de processadores específica), sem conflitar com os existentes.

No caso do Funtoo, esse trabalho é feito pelo gerenciador de pacotes chamado Portage. Quando um pacote conflita com outro, devido a USE flags, por exemplo, ele avisa. Aí o usuário manualmente altera os arquivos de configuração e tenta instalar novamente, até que funcione. Ou então, quando um pacote tem um risco inerente de quebrar o sistema, ele fica na categoria "mascarados", e se o usuário mesmo assim quiser, ele desmascara e usa. Pode quebrar ou não, o usuário assume o risco. Mas em resumo, esse controle da estabilidade, se o usuário sabe se o sistema está estável ou não, se dá pelos avisos do gerenciador de pacotes + as configurações do usuário.

O usuário que escolher usar apenas pacotes estáveis, sem desmascarar nada, do ramo "stable" e não usar muitas USE flags, nem fugir muito das opções recomendadas de otimização, terá um sistema mais estável.

Mas se ele quiser assumir o risco e se aventurar com opções menos seguras, ele vai. Pode ou não quebrar o sistema, pode dar problemas reversíveis, etc.

Não há como definir assim exatamente: o sistema é estável ou é instável. Acho que o certo seria dizer: tende a ser estável (pois usa ramo estável e desmascarou poucos pacotes), ou tende a ser instável (por usar ramo experimental e liberar todos os pacotes potencialmente perigosos).

Mais ou menos essa ideia, eu acho.



[20] Comentário enviado por px em 17/09/2014 - 19:00h

Todos os sistema são estáveis no linux, isto é, nada vai quebra o kernel assim tão fácil. O que a acontece no geral é uma aplicação ter problemas de estabilidade por não estar "em sintonia" com as bibliotecas e demais coisas especificas daquele sistema, isto acontece muito com as roling release e também com alguns programas como o bendito systemd.

[21] Comentário enviado por xerxeslins em 17/09/2014 - 19:26h


[20] Comentário enviado por px em 17/09/2014 - 19:00h:

Todos os sistema são estáveis no linux, isto é, nada vai quebra o kernel assim tão fácil. O que a acontece no geral é uma aplicação ter problemas de estabilidade por não estar "em sintonia" com as bibliotecas e demais coisas especificas daquele sistema, isto acontece muito com as roling release e também com alguns programas como o bendito systemd.


Gostei da explicação!

No caso do Funtoo, essa sintonia é, boa parte, escolhida pelo usuário com base nas configurações e avisos do gerenciador de pacotes.

[22] Comentário enviado por moisespedro em 17/09/2014 - 23:50h

Instalei o Funtoo, deu um problema com o LILO (uso o Slackware) fiquei com preguiça de resolver e deletei a partição rs. Era so curiosidade mesmo, o Slackware me atende 100%.

[23] Comentário enviado por moisespedro em 17/09/2014 - 23:52h

Sobre otimizações: já li nos forums e na wiki do Gentoo que se algum pacote compilar errado eles recomendam desabilitar as otimizações temporariamente antes de reportar um bug.

[24] Comentário enviado por raphaelpr em 17/09/2014 - 23:58h


[17] Comentário enviado por xerxeslins em 17/09/2014 - 18:15h:


[12] Comentário enviado por raphaelpr em 17/09/2014 - 15:28h:

Ótimo texto xerxeslins! O que você pode me falar quanto à estabilidade do Funtoo? Um vez instalado e configurado, é dificil quebrar o sistema? Você poderia fazer uma rápida comparação com o Arch Linux? Principalmente em termos de bleeding edge.

Sempre tive curiosidade a respeito do Gentoo.

Sobre a estabilidade do Funtoo (e acho que deve valer para Gentoo também), o que posso dizer é que há três ramos para escolher: estable, current e experimental. Aí vai depender do espírito aventureiro do usuário. O normal é usar "current" (pelo manual oficial), e deixar o stable para servidores ou algo assim que exige muita estabilidade. o Experimental para testadores.

Atualmente eu uso o ramo stable no desktop, e não senti ainda nenhum problema com isso. Considero Funtoo estável sim, principalmente depois de instalado e já configurado. Fica só nas atualizações. Mas ao mesmo tempo eu não diria que é difícil quebrar, pois como muita coisa é manual, se o usuário não fizer com atenção, pode dar uns problemas.

Faz um tempinho que eu usei Arch Linux, mas comparando com Arch Linux, eu só posso falar do ramo "estable" do Funtoo.

Eu acho o ramo estable do Funtoo menos "bleeding edge" que Arch Linux, mais seguro. No geral (opinião pessoal) o Arch abraça de cara tudo o que é novidade, e muda sem pestanejar. Se o systemd chegou, vamos adotá-lo, se o gnome 3 chegou agora todo torto, vamos adotá-lo assim mesmo, etc. No Funtoo isso parece demorar mais. Como se deixasse as coisas ficarem mais firmes.

Mesmo assim, Funtoo estable é bem atualizado. Costuma ser mais atualizado que Fedora, e menos que Arch. Mas Arch tem suporte a menor quantidade de arquiteturas, o que facilita essa acelerada.

Bem é isso, resumo: se tivesse que dizer quem é mais estável: diria que é Funtoo estable. Quem é mais atualizado: Arch LInux, mas por uma diferença bem pequena.

Abraço.


Migrei do Arch para Manjaro há um ano e meio por causa desses mesmos motivos que você citou, sempre estive satisfeito com minha distro, a partir de hoje, graças a você haha. Vou me aventurar no Funtoo assim que tiver tempo, pois vi que o caminho vai ser árduo.

Obrigado!

[25] Comentário enviado por removido em 18/09/2014 - 10:49h


[5] Comentário enviado por xerxeslins em 17/09/2014 - 11:31h:

...
http://i.imgur.com/qgLh1fT.jpg


Por que o Debian-user tem cara de "Bill Gates na juventude"?
Não gostei! rsrs


Xerxes, o Funtoo é rolling release, certo?
Mas suas atualizações são frequentes e/ou do tamanho das que vem no Arch Linux?

[26] Comentário enviado por xerxeslins em 18/09/2014 - 11:11h


[25] Comentário enviado por izaias em 18/09/2014 - 10:49h:


[5] Comentário enviado por xerxeslins em 17/09/2014 - 11:31h:

...
http://i.imgur.com/qgLh1fT.jpg


Por que o Debian-user tem cara de "Bill Gates na juventude"?
Não gostei! rsrs


Xerxes, o Funtoo é rolling release, certo?
Mas suas atualizações são frequentes e/ou do tamanho das que vem no Arch Linux?


São frequentes. Todo dia tem coisas pra atualizar, nem que seja um, dois ou três programas.

Mas não sei como comparar com o Arch em termos de tamanho.

Eu estou usando o ramo estável, que recebe poucas atualizações diárias, o ramo current, pelo menos um pouco tempo que testei, recebe bem mais atualizações.

Hoje mesmo acabei de ver tinha 3 pacotinhos:

Calculating dependencies... done!
[ebuild U ] dev-python/cython-0.21-r1000 [0.20.2-r1000]
[ebuild U ] dev-python/numpy-1.9.0-r1000 [1.8.2-r1000]
[ebuild U ] sys-apps/dbus-1.8.8 [1.8.6]

Para atualizar.

Pouca coisa. Mas é constante, sempre tem.


[27] Comentário enviado por removido em 18/09/2014 - 11:19h

Bem inferior aos 300 MB (ou mais, semanais) do Arch Linux.
Então, atualizar semanalmente é melhor! :)


Ok, Xerxes.

[28] Comentário enviado por xerxeslins em 18/09/2014 - 11:32h


[27] Comentário enviado por izaias em 18/09/2014 - 11:19h:

Bem inferior aos 300 MB (ou mais, semanais) do Arch Linux.
Então, atualizar semanalmente é melhor! :)


Ok, Xerxes.


Mas aí, vc sabe, são atualizações na máquina do usuário e pode variar, exemplo se eu tenho só o ambiente Gnome e chegam 10 atualizações do KDE eu não recebo nada.

[29] Comentário enviado por lcavalheiro em 18/09/2014 - 12:25h

Excelente artigo, Xerxes! Faltou comentar sobre o calcanhar de aquiles do Funtoo (a necessidade de uma banda bem larga), mas não creio que isso seja um impedimento real para alguém que queira se aventurar na distro.

[30] Comentário enviado por mapintar em 18/09/2014 - 12:28h




Eu acho o ramo estable do Funtoo menos "bleeding edge" que Arch Linux, mais seguro. No geral (opinião pessoal) o Arch abraça de cara tudo o que é novidade, e muda sem pestanejar. Se o systemd chegou, vamos adotá-lo, se o gnome 3 chegou agora todo torto, vamos adotá-lo assim mesmo, etc. No Funtoo isso parece demorar mais. Como se deixasse as coisas ficarem mais firmes.

Abraço.


Penso que não é bem assim. O gnome 3 mesmo levou quase um ano para que fosse incorporado em definitivo ao Arch, uma vez que o gnome-shell apresentava bugs sucessivos. O pessoal do Arch é bem cuidadoso quando se trata de programas com grandes mudanças, por vezes criando um repositório separado. O repositório gnome-unstable, por exemplo, ficou em torno de uns 3 anos no ar. A diferença do Arch em relação a algumas outras distros é que quando se trata de uma nova versão apenas de manutenção do programa, sem grandes mudanças, eles imediatamente abandonam a versão anterior e passam a trabalhar apenas em cima da nova. Sob meu ponto de vista, isso economiza tempo, pois muitos bugs são corrigidos nas novas versões, tornando inútil o trabalho com versões desatualizadas. Claro, nem tudo são flores. Por vezes eles exageram e acabam inserindo pacotes com alguns problemas, o que tem acontecido cada vez com menor frequência.

[31] Comentário enviado por xerxeslins em 18/09/2014 - 12:50h


[30] Comentário enviado por mapintar em 18/09/2014 - 12:28h:




Eu acho o ramo estable do Funtoo menos "bleeding edge" que Arch Linux, mais seguro. No geral (opinião pessoal) o Arch abraça de cara tudo o que é novidade, e muda sem pestanejar. Se o systemd chegou, vamos adotá-lo, se o gnome 3 chegou agora todo torto, vamos adotá-lo assim mesmo, etc. No Funtoo isso parece demorar mais. Como se deixasse as coisas ficarem mais firmes.

Abraço.

Penso que não é bem assim. O gnome 3 mesmo levou quase um ano para que fosse incorporado em definitivo ao Arch, uma vez que o gnome-shell apresentava bugs sucessivos. O pessoal do Arch é bem cuidadoso quando se trata de programas com grandes mudanças, por vezes criando um repositório separado. O repositório gnome-unstable, por exemplo, ficou em torno de uns 3 anos no ar. A diferença do Arch em relação a algumas outras distros é que quando se trata de uma nova versão apenas de manutenção do programa, sem grandes mudanças, eles imediatamente abandonam a versão anterior e passam a trabalhar apenas em cima da nova. Sob meu ponto de vista, isso economiza tempo, pois muitos bugs são corrigidos nas novas versões, tornando inútil o trabalho com versões desatualizadas. Claro, nem tudo são flores. Por vezes eles exageram e acabam inserindo pacotes com alguns problemas, o que tem acontecido cada vez com menor frequência.


Obrigado.

Estou por fora do Arch faz tempo.



[32] Comentário enviado por xerxeslins em 18/09/2014 - 12:56h


[29] Comentário enviado por lcavalheiro em 18/09/2014 - 12:25h:

Excelente artigo, Xerxes! Faltou comentar sobre o calcanhar de aquiles do Funtoo (a necessidade de uma banda bem larga), mas não creio que isso seja um impedimento real para alguém que queira se aventurar na distro.


Ah, sim... como tudo é baixado, não vem em CD ou DVD, seria bom ter uma conexão razoável.

A minha é 6MiB/s. Não é muito, mas serve.

Edit: na prática costuma ficar em 3Mib/s. Raramente fica em 6.

[33] Comentário enviado por xerxeslins em 18/09/2014 - 22:09h

Para complementar o artigo, só uma curiosidade sobre o funcionamento básico do Portage.

Eu fui instalar o Pipelight, mas o Portage avisou que precisava especificar o parâmetro "~amd64" em package.accept_keyword e também a flag "pipelight" para recompilar o wine.

Então foi isso que eu fiz, veja o vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=GnEwv1idWCc

O processo é manual, mas não é complicado. Depois de uma hora, mais ou menos, acho que termina de compilar.

[34] Comentário enviado por removido em 18/09/2014 - 23:12h


[33] Comentário enviado por xerxeslins em 18/09/2014 - 22:09h:

Para complementar o artigo, só uma curiosidade sobre o funcionamento básico do Portage.

Eu fui instalar o Pipelight, mas o Portage avisou que precisava especificar o parâmetro "~amd64" em package.accept_keyword e também a flag "pipelight" para recompilar o wine.

Então foi isso que eu fiz, veja o vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=GnEwv1idWCc

O processo é manual, mas não é complicado. Depois de uma hora, mais ou menos, acho que termina de compilar.


Tem que ser corajoso pra usar uma distro como funtoo!To confuso so de ver essa instalaçao o.O

[35] Comentário enviado por MAPOGOS em 18/09/2014 - 23:12h

Nossa que interessante este artigo, é muito legal brincar de comandos e encontrar respostas.
Mas para processamento desde fontoo é de grande memória Gbps e Hz de processador.
Aquele outro artigo sobre processador e arquitetura em ralação as distros...

[36] Comentário enviado por guimaraesrocha em 20/09/2014 - 22:00h


[33] Comentário enviado por xerxeslins em 18/09/2014 - 22:09h:

Para complementar o artigo, só uma curiosidade sobre o funcionamento básico do Portage.

Eu fui instalar o Pipelight, mas o Portage avisou que precisava especificar o parâmetro "~amd64" em package.accept_keyword e também a flag "pipelight" para recompilar o wine.

Então foi isso que eu fiz, veja o vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=GnEwv1idWCc

O processo é manual, mas não é complicado. Depois de uma hora, mais ou menos, acho que termina de compilar.

Fiquei confuso na instalação mais vou tentar.

[37] Comentário enviado por sacioz em 25/09/2014 - 14:17h


Como sempre , Xerxes mantendo todo mundo atento....Obrigado

AGORA !! Vc ja deve estar sabendo , mas larga ai um artigo sobre o SHELLSHOCK , a nova praga que esta afetando os linuxes, por favor , ou alguem que também faça parte do alto clero...

Vlw...
Sacioz )))

[38] Comentário enviado por otaviobrito77 em 12/10/2014 - 08:03h

Xerxes, ótimo tutorial. Até cheguei a pegar um note antigo que tenho só para "brincar" com outras distribuições linux (no meu "oficial" uso o arch).

Cara, a experiência que tive, foi a seguinte. Muito se fala que o funtoo ou gentoo são difíceis de instalar, pessoalmente não achei nada disso. Na verdade o que eles são é demorados mesmo, achei esse processo todo de compilação um saco, um retrocesso mesmo. Acho que só se justificaria se você tivesse uma arquitetura "excêntrica", pois do contrário, bem mais rápido é utilizar uma distro já compilada. O certo é que hoje quase que a totalidade dos usuários domésticos e pequenas empresas estão na plataforma padrão de 64 bits (INTEL/AMD), assim, acho que a demora na compilação não se justifica.

Para se ter uma ideia, quando fui compilar o kernel, deixei o note (que é um core2duo) rodando e fui dormir. hehehehehe. E instalar o xorg e o gnome, nossa senhora, foi uma eternidade.

Depois de quase 2 dias de compilações e mais compilações, não vi grande diferença de desempenho em relação ao arch.

Em comparação ao slack aí sim, o desempenho é bem diferente. A propósito, gostei do slack (que testei inclusive por sugestão sua). Gostei bastante dele, mas deu um pau danado quando fui "migrar" do 14.1 para o current.

O instalador emerge é bem simples de usar, a questão é só a demora na compilação de tudo mesmo. Mas aqui para nós, o pacman do arch é show de bola e a AUR sempre tem tudo o que no repositório oficial falta.

Depois de instalar o funtoo, agora estou me aventurando no BSD, só por lazer mesmo. Mas continuo gostando e confesso, cada vez mais, do arch que reúne desempenho e pacotes atuais. Quanto à sua estabilidade, só posso dizer que no meu note "oficial" já o tenho instalado faz tempo e até agora nenhum problema.

Abraço e fico agradecido por você compartilhar aqui suas experiências em linux.

P.S.: Arruma uma dist. bem diferente para a gente testar. rsrsrs

[39] Comentário enviado por dk_ em 30/12/2014 - 17:03h

Muito bom tópico, mas ainda acho que vou ficar no Arch Linux mesmo hehehe

[40] Comentário enviado por r00g3r em 09/08/2015 - 08:12h


agora ja sei pq o dio tem barba pequena rsrsrs

[41] Comentário enviado por Leandrobas em 22/01/2017 - 02:36h

Eu achei interessante. Com certeza, mais pra frente eu vou testá-lo quando adquirir mais experiência. Por enquanto estou me aventurando no Arch mesmo.


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