Não há muitos artigos sobre o assunto, especialmente em português, o que é compreensível porque esses recursos são utilizados por músicos profissionais ou diletantes e pelos amantes da arte.
O
Linux possui grandes recursos de áudio, aliás até demais, mas nem todos esses recursos são amplamente divulgados.
Definições:
MIDI & SOUNDFONTS
As MIDIs são códigos de notas musicais, quase um pentagrama eletrônico que pode conter 16, 32 instrumentos ou até mais, sendo pelo menos um por canal. O número de canais não depende apenas do arquivo, mas do hardware utilizado.
Os arquivos MIDIs não contém os sons, ou as fontes de som, eles dependem de algum outro dispositivo que consiga transformar as notas musicais em sons, por exemplo um sinterizador da placa de som, ou um arquivo de sons (soundfont).
Os sound fonts contém notas musicais gravadas e organizadas para compor os sons de um instrumento. Para utilizar soundfonts, você vai precisar de um chip de som que aceite carregar sounfonts na memória, por exemplo Audigy, ou Realtek, Intel, Nvidia etc. Uma nota pode ser utilizada em um ou mais instrumentos. A percussão é composta em outro banco de sons, sendo igualmente rica em instrumentos e combinações. São os Drum Loops (laços de tambor).
Quem tiver curiosidade, pode editar e modificar os sound fonts com o programa
swami. Há soundfonts gratuitos de boa qualidade e outros que são pagos e são de ótima qualidade, para uso profissional. Neste artigo vamos indicar os soundfonts padrões para instalação.
JACK
Voltando aos recursos de áudio, o
Jack permite a conexão de instrumentos musicais ao computador tanto para reprodução como para gravação, mas a configuração do Jack não é tão trivial.
SYNTHERIZER
São conectores que ligam sons e processam sons entre as partes do sistema. Neste artigo vamos utilizar o
Qsynth, uma expressão gráfica do fluidsynth, que está disponível em linha de comando. O
Syntherizador pode ligar os mids aos soundfonts e processar os sons com uma riqueza de variedades de efeitos.
Servidor de som
No Linux atual é um caos. Há muito servidores e a configuração, na maioria das distros, é uma confusão só.
Neste artigo vamos utilizar tanto o servidor de som mais comum, o
ALSA, como o
pulseaudio, e configurá-los para a utilização dos demais recursos. Espera-se que no futuro o PULSE substitua o ALSA, encerrando a Torre de Babel, que é o sistema de som do Linux.
O antigo sistema de som (OSS) já está sendo marcado com "deprecated" na configuração dos kernel mais recentes. Há muitas distros onde o OSS já não está mais habilitado no kernel.
A distro exemplo é o
Debian Squeeze, isso permite utilizar outras distros derivadas.
Para quem gosta de atalho, recomendo as excelentes distros lusitanas
SUPER OS, que é um Ubuntu remasterizado, ou o
Caixa Mágica 16, um Debian Testing. Alguns dos passos abaixo não serão necessários para o SUPER OS, ele já vem pronto. Outra opção é o
Ubuntu Studio.