Neste mês resolvi voltar às raízes, como o
SUSE Linux se tornou uma distribuição comercial voltada para o mundo dos negócios, baixei o
openSUSE Leap 15.1. E agora vou relatar o que achei da distribuição após cerca de 13/14 anos sem usar algo do mundo SUSE Linux.
A instalação ocorreu super bem, optei por usar o que é fornecido por padrão. A única dificuldade que tive foi com relação à configuração de rede, não sabia que havia duas opções, e que uma delas desativa o network-manager (tão necessário para notebook e wifi). O resultado foi que eu não tinha wifi após a instalação, mas felizmente consegui usar o poderoso YaST para conectar no wifi e descobri como habilitar o network-manager pelo YaST também (uma maravilha).
O consumo de memória, mesmo com o KDE, estava muito bom: menos de 500 mb, e me entregando até algumas tranqueiras que não preciso deixar habilitado (bluetooth é um exemplo, considerando que o notebook não tem esse hardware). Fiquei impressionado com a fluidez e com o baixo consumo de memória do KDE. Eu estava usando o Xubuntu 20.04 com a doca Plank e o menu Xfdashboard e estava com um consumo de memória bem próximo a 500 mb.
O YaST é realmente impressionante. Não precisei nenhum comando no terminal para adicionar novos repositórios, nem para instalar qualquer novo software. Mas mais impressionante que o YaST é o serviço de software que há no site do openSUSE. Lá pude encontrar novos repositórios e instalar softwares que eu tinha dificuldade de instalar no Xubuntu 20.04, como o Wiithon. Eu possuía o Wiithon instalado no Xubuntu 20.04 e funcionava, me deu trabalho para instalá-lo, mas numa atualização do sistema o software Wiithon deixou de funcionar. Um dos motivos para buscar outra distribuição foi exatamente a complexidade de instalar softwares que não estão nos repositórios do Ubuntu, nem estão disponíveis em Flatpak e Snap.
Esperava encontrar um openSUSE pesado, lento e devorador de memória, e com dificuldade para encontrar meus softwares favoritos (alguns bem difíceis de rodar numa instalação atual do Ubuntu e seus derivados) mas encontrei um software muito polido que entrega um sistema leve, econômico em recursos, fácil de configurar e com um site de software exclusivo que entrega muitos aplicativos, inclusive aqueles que eu acreditava que não iria encontrar. Terminal pra quê? openSUSE tem o YaST que torna o terminal praticamente desnecessário. É claro que não vou abandonar o terminal, algumas tarefas são bem mais rápidas nele (para quem sabe o que fazer).
Estou feliz por à casa tornar, por ver que o openSUSE me tirou do mundo do Ubuntu. Achei que jamais usaria uma distro RPM novamente, mas o openSUSE 15.1 Leap mostrou que veio para ser o desktop perfeito para mim.