Digo no título "No meu caso também, preguiça" parafraseando um expert em Linux, porque o primeiro autor a usar esta expressão foi o J Queiroz do GDH, ao responder a um post em que algum outro participante do fórum pedia sugestões a apresentar a clientes seus, sobre as razões para migrar para o Linux em substituição ao outro.

Como vi que esta afirmação que parecia humorística ou irônica se enquadrava perfeitamente no meu perfil, resolvi também passar a usá-la por ser a mais pura expressão da verdade.

Após a fase inicial da migração definitiva, deixei até mesmo de ler posts nos diversos fóruns que costumo visitar referentes ao outro SO. Me restringia a ler os assuntos referentes a Linux, até mesmo porque ainda estava buscando soluções para a ativação e configuração do wifi, no NoBo que estou usando agora. Apenas eventualmente respondia a alguma dúvida de algum usuário Windows.

Ultimamente entretanto, tenho visto praticamente uma enxurrada de pedidos de ajuda para detectar e eliminar vírus e tentar recuperar instalações Windows contaminadas minimizando perdas de dados.

Anteriormente à migração ao Linux, cansei de precisar instalar para parentes e amigos, sistemas Windows completos mais aplicativos incluindo formatação e particionamento, tentando além de tudo reduzir as perdas dos dados existentes e posteriormente ensinando os usuários a passar a salvar seus dados importantes na partição separada especificamente para isto.

Qualquer um que já tenha feito isto sabe o trabalho envolvido e muitas vezes o grande número de horas necessárias, quando ocorre a perda de drivers específicos para determinadas configurações e o proprietário não possui nenhum CD de recuperação, o que é o mais comum.

Por mais que a solução óbvia e mais rápida seja partir para a reinstalação completa, pelo menos eu sempre tentava evitar ao máximo as perdas, sendo esta justamente a fase mais trabalhosa e que roubava mais tempo.

Por esta razão a definição de uma ponto importante para migrar para o Linux é na verdade a preguiça de ter que enfrentar situações como esta na minha máquina de trabalho.

Na dos outros sempre é possível apresentar alguma justificativa plausível para não fazer, porém na minha, não teria outra solução senão botar a "mão na massa".

Por outro lado, e talvez tão importante, também existe a preguiça para enfrentar a maratona e a preocupação diária em atualizações frequentes dos aplicativos antivírus, antispyware, anti-um montão de outras coisas, além de todos os inconvenientes provocados caso ocorra qualquer contaminação.

Com mais de um ano usando direto o Linux, já não sei mais o que é atualização de antivírus, nem me preocupo com isto, embora seja sabido que o Linux não é imune a infestações por vírus e programas mal intencionados. Até agora entretanto particularmente não vi ou ouvi nenhum caso, até porque pelas características do SO, a propagação fica muito restrita sendo necessário ao usuário insistir muito e deliberadamente ativar qualquer vírus. Esperemos que fique assim.

Hoje tenho preguiça até mesmo para ler assuntos referentes a vírus.