Será que existe mercado para distribuições Linux não comerciais?

Depois de algumas discussões acaloradas sobre o por que se especializar em distribuições não comerciais ou comerciais, quais linguagens, banco de dados, etc, acabei rascunhando uma pequena crônica sobre o tema.

[ Hits: 15.237 ]

Por: Fernando Ike em 04/11/2004


Crônica de um administrador de rede



Será que existe mercado para Distribuições Linux não comerciais?

Freqüentemente questionam-me porque é tão difícil trabalhar com o triunvirato dos hacker's Linux DGS (Debian, Gentoo, Slackware).

A maioria, adestrados por sistemas operacionais proprietários, acostumados a ter ferramentas auxiliando a manutenção ou a configuração de programas, ao mesmo tempo que facilitam o trabalho, também viciam, pois são pouco transparentes quando precisamos de algo mais avançado ou uma personalização maior de programa. Claro que elas tem seu valor, sem dúvida, mas o problema começa quando aprisionam o usuário ou administrador pela facilidade, limitando o conhecimento e o conceito de uma aplicação ao superficial.

Para os usuários comuns, as ferramentas de configuração são fantásticas e devem existir para eles, a preocupação é quando um administrador de rede usa as mesmas para seu trabalho cotidiano. Quando comecei trabalhar com sistemas *NIX não conseguia usar praticamente nada, rede, ambiente gráfico, som, internet e reinstalava muitas vezes com diferente sabores de Linux's procurando alguma que se adequasse as minhas necessidades, ou porque alguma coisa não funcionava.

Fui por muito tempo usuário de uma distribuição Linux nacional porque estava em português, tinha ferramentas que facilitavam muito as configurações. Mas quando comecei trabalhar profissionalmente com Linux comecei a encontrar dificuldades, pois estava viciado pelas ferramentas gráficas que facilitavam demais e acabava perdendo muito tempo reinstalando um programa ou até mesmo um sistema operacional inteiro por que algo não rodava perfeito.

Algumas semanas sem dormir e irritado por ter muitos problemas com chefe e clientes, um amigo me disse: "Cara, o problema está contigo, você pode usar qualquer distribuição desde que saiba os conceitos usados num servidor de email, de arquivos, DNS, etc".

Em outro momento ele comentou comigo: "As distribuições não comerciais (desenvolvidas pela comunidade) são o caminho para todo administrador".

Desde então comecei a usar as distribuições conhecidas como difíceis, hardcore, etc. Percebi algumas diferenças importantes e cativantes, tais como:
  1. Documentação abundante: muitas dos problemas e personalizações são relativamente fáceis de resolver, ler a documentação ajuda a evitar muita dor de cabeça.
  2. As comunidades em torno destas distribuições são grandes e estão sempre dispostas ajudar.
  3. Se tiver alguma alteração de uma versão para outra, esta se encontrará bem documentada.
  4. Mas a Distribuição X ou Y tem uma empresa bancando o projeto, então posso responsabilizar a empresa. Esse é um grande mito, quem tem a responsabilidade sobre uma implantação, instalação e suporte não é necessariamente a empresa que desenvolveu sua versão do Linux e sim quem fez o serviço, afinal quem vira a noite trabalhando para cumprir o prazo ou viabilizar o projeto é a empresa ou pessoa responsável pelo serviço?

Não limite-se à uma distribuição específica, afinal, em muitos locais existem redes heterogêneas e com certeza terá que se usar algum sistema operacional ou programa que não goste.

Não entre nas guerras santas "meu editor de texto é melhor", "tal linguagem é superior", "banco de dados tal é mais rápido", etc. Claro que temos preferências, ainda bem que temos, mas o importante é saber qual será a melhor solução para o problema.

Procure entender sempre o conceito da solução, isso ajudará a aplicá-la com maior eficiência e segurança, rapidez em implantar alguma solução sem planejamento e teste não explora todo potencial da estrutura usada.

Documente seu aprendizado, para muitos é muito chato (incluo-me), mas é fundamental, afinal, algum momento você poderá precisar dele.

Explore ao máximo a distribuição que você usa, particularmente umas três citadas no começo, elas forçam a usuário estar testando seu conhecimento e superando seus limites. O Debian, Gentoo e Slackware são mais do que produtos, eles possuem uma filosofia, buscam a excelência e suas comunidades são muito ativas. Claro que as distribuições comerciais tem seu valor e terão mercado para elas, assim como outras distribuições não citadas neste texto.

A maioria dos Linux instalados por mim são distribuições não comerciais, sendo que mais de 70% são estações de trabalho e o cliente não tem a menor idéia que estão usando Debian, Gentoo ou Slackware, afinal para eles o que interessa é que funcione.

Referências - "Desabafo: coisa para quem sabe" - Piter Punk em: http://www.geek.com.br/modules/secoes/ver.php?id=238&sec=60

OBS: Por mera convenção, GNU/Linux foi substituído por Linux.

fernando at ikenet.com.br

   

Páginas do artigo
   1. Crônica de um administrador de rede
Outros artigos deste autor

Dialog em GTK

Relay autenticado para Postfix no Debian

Configurando Java e Mozilla no Debian Sarge

Leitura recomendada

Software Livre e o Código de Defesa do Consumidor

DNS - Digital Nervous System

Linux Básico na Educação a Distância

Fale sobre o Linux, sem precisar agredir a concorrência

Conectiva não vê impactos na ação da SCO.

  
Comentários
[1] Comentário enviado por macumbeiro em 04/11/2004 - 02:18h

bom artigo, concordo com vc que se torna uma missao obscura descobrir isto ou aquilo em uma distro comercial, jah instalei de tudo na minha maquina e acabo fazendo varios servidores o melhor que eu achei foi o slack !!!! nao o troco por nda...

outra coisa eh verdade esta no administrador o compromisso de se realizar o que lhe foi imposto, imagina se todos que fazem erros culpassem a rh, ou mesmo a conectiva por "cagadas" feitas em suas distribuicoes, nao ha como a empresa ter culpa......

acho mesmo que a tambem o vicio de muitos em ferramentas rh,cl e acaba pelo user ou adm. nao aprender algo a mais que seria bom ate para entender como funciona...

flw

[2] Comentário enviado por davidsonpaulo em 04/11/2004 - 13:08h

Aê! Apoiado!
Uma coisa que é fato é que grande parte dos usuários que entendem realmente de Linux preferem as distribuições não comerciais, pois estas permitem ao usuário um controle mais amplo sobre o sistema. Sou da opinião de que se for para dominar o Linux, que se faça isso utilizando distribuições livres, não comerciais, que te darão a verdadeira oportunidade de dissecar as ferramentas que funcionarão em qualquer outra distro, ainda que isso exiga um esforço maior por parte do usuário.
Debian e Slackware rulez!!! :D

[3] Comentário enviado por fike em 04/11/2004 - 14:25h

Não é uma contradição engos... ;-D
Esse foi o caminho que mais fácil para mim, cada uma tem uma distro que facilita mais. A Conectiva melhorou muito na última versão de sua distribuição, agora existe uma comunidade e parece que distro tende a crescer.
Para usuário final você tem toda razão como outros que que comentaram, o problema não é aí, está na outra ponta, com o cara que cuida da infraestrutura. Claro que as Distribuições Comerciais tem seu espaço e merecido, mas é possível uma cara como você ou eu também dar suporte ou uma solução com a mesma excelência que as Comerciais.


É muito bom esse debate, diferentes idéias ajudam muito, contribui cada vez mais para o crescimento do Software Livre.

[4] Comentário enviado por fabio.telles em 04/11/2004 - 15:05h

Não é verdade que para se possuir um bom suporte você precisa utilizar uma distro comercial. Isto é verdade apenas para o software proprietário onde apenas a empresa que criou o software tem acesso ao código fonte. Com software livre você encontra o suporte para todas as distros mais conhecidas por diversos sabores de empresa, basta escolher aquela que melhor atende às suas necessidades. A HP por exemplo oferece suporte 24/7 para o Debian. Outros grandes players do mercado também oferecem suporte para as distros "clássicas".

A escolha da distro passa, além do gosto pessoal, pela necessidade do cliente. Em servidores sérios, apelar para Hed Hat, SUSE, Debian, Slackware ou Gentoo, parece uma escolha natural. Para um desktop doméstico já é possível utilizar uma distro com instalação simplificada e ferramentas gráficas. Já num desktop corporativo, o administrador de rede certamente optará por ferramentas administrativas mais robustas.

[]s

[5] Comentário enviado por pierry em 04/11/2004 - 16:55h

É isso mesmo cara, não devemos nos limitar aos front ends, nem a uma distribuição específica, pois diversas distribuições que existem no mercado, customizam todo o sistema para um usuário iniciante, fazendo com que o mesmo fique viciado, ou até mesmo voltando ao windows, pelo simples fato de não gostar ou não se acostumar com os gerenciadores de janelas do GNU/Linux, o sistema GNU/Linux deve ser visto como uma filosofia, como uma alternativa melhor, e não como um GNU/Windows da vida...

Abraços,

Pierry Ângelo Pereira
Slackware User: 18/04/2000
Info: pierryangelo@linuxmail.org

[6] Comentário enviado por dinho_rock em 04/11/2004 - 17:50h

Sou da seguinte opinião: nao importa qual distribuição você use, desde que use-a bem. De que adianta alguém usar um slack ou um mandrake se não entende bem a fundo. Linux no fundo é tudo igual. Feramentas de configuração ajudam e as vezes atrapalham... não se pode ser radical de não querer usar pois poderá estar perdendo tempo apenas pra falar que sabe, ou de só querer usar elas pois elas não resolvem todos os problemas.

Outro detalhe que tem que ser levado em conta é: A grande maioria dos usuários não tem e nem quer saber de como funciona o linux, de compliar um kernel, de compliar programas etc, ele quer é usar a internet, usar um editor de textos, ouvir músicas e jogar um joguinho sem se preocupar com mais nada. Eu não vou ficar explicando pra minha mae por exemplo sobre a filosofia do linux, pois ela não vai querer saber.

Acho que isso que é o legal do linux, tem espaço para todos.

[7] Comentário enviado por engos em 04/11/2004 - 18:48h

Concordo em partes com você.

Cheguei a comprar uma Box do Conectiva devido ao suporte, quando li a limitação do suporte deles mandei a Box de volta (isso há uns 4/5 anos) e até hoje não recebi meu reembolso, mesmo ligando e cobrando isso deles, claro que desisiti há anos.

Minha conclusão é que deve-se utilizar "distros comerciais" quando se trata de uma empresa séria, pois o suporte deve existir, mas de uma distro com suporte decente, não a brincadeira que é (ou era) o do Conectiva.

Bem, de qualquer forma não mudei da distro Conectiva pelo ocorrido com o suporte, mas sim pelo fato dela ser uma distro de muito pouca qualidade que vivia apresentando problemas. Já passei por algumas distros e hoje uso o Mandrake, que se entendi bem pelo seu ponto de vista é uma "distro comercial" e até agora não me deu nenhum problema, diferente da Conectiva, dentre outras.

Acho que você se contrareia muito ao dizer que temos que saber o que acontece com o sistema, depois deixa a entender que resolveu seu problema ao sair de uma "distro comercial" para uma "não comercial". Qual a diferença em aprender como se fazem as coisas em uma "distro comercial" e uma "não"?

Agora, o que você quer dizer com "distro comercial"? Todas as distros não são comerciais, isso é proibido, o que é comercial são os suportes.

Gosteis de como você redigiu o artigo e principalmente por fazer uma observação sobre o Linux e GNU/Linux.

[]s

[8] Comentário enviado por gransoft em 05/11/2004 - 10:46h

ARAGUARI-MG, 5 de novembro de 2004.

Prezados Srs.,

E, como possuir dois micros é luxo para a maioria dos Brasileiros, nada mais viável do que dois HD's em duas "gavetas"...

O HD de trabalho/produção é cuidadosamente retirado e guardado no "cofre", enquanto o outro HD é facilmente introduzido e "detonado" com qualquer distribuição GNU/Linux de Revistas (R$12,90), sem a paranóia de "perder" partições com algo importante.

Um pouco de critério sempre é bom:

S.O., DNS, DHCP, Apache, SaMBa, MySQL, SMTP/POP3 (XMail !!!), interfaces gráficas ...

E sempre anotando e guardando os arquivos de configuração, para uso posterior.

Atenciosamente,
Janis Peters Grants.

Skype: gransoft
http://www.gransoft.com.br
gransoft@zipmail.com.br

[9] Comentário enviado por neriberto em 05/11/2004 - 13:37h

Salve turma, quem aqui começou com o linux guarani levanta a mão ? pois é eu tbm e delá pra cá o único sistema da cl que realmente me agradou foi a versão 4, depois fui pro red hat, muito bom e hoje estou no slackware, concordo com o autor do artigo no que ele disse e penso o seguinte, de todas as distros que usei não existe uma melhor pois todas serviram para o meu aprendizado, e se hoje uso slackware(pode crer em casa e no trabalho) uso pq sinto mais liberdade, eu particularmente gosto da idéia de saber exatamente como as coisas funcionam e como se faz, se temos uma distro como o engarde linux que é um putz gateway,.., que se gerencia tudo por uma interface web, acredito que ela deve ser usada, mas tbm acredito que se pudermos entender como tudo isto funciona, ahh sim seremos admins muito mais hábeis a solucionar um problema, e talvez até mesmo a resolver um bug.

Outra coisa, ultimamente tenho pensado e acredito que não precisamos de mais sabores Linux e sim mais aplicativos Linux, principalmente para a area do desenvolvimento e desktop. por exemplo se tem distros com ferramentas para gerenciamento de servidores pq não uma distro com ferramentas para programadores, front-end´s em gtk ou qt. Nos top 10 da vida não vemos um aplicativo ERP compatível com o nosso querido Linux, podemos até rodar sua base de dados em Oracle no Linux mas o front-end geralmente é feito em Delphi, e pelo que fiquei sabendo a Borland abondonou o projeto(por favor confirmem esta noticia pra mim). Enfim não estou criticando o sistema acreditem este é apenas meu ponto de vista, acredito no sistema :) e espero que com o projeto mono nosso sistema possa alavancar ainda mais no Desktop, pois no Servidor não importanto a distro pra mim é o que domina.

Uso Slackware 10 com Gnome no Desktop e no Server e não sinto falta da M$

[10] Comentário enviado por Jbmartins em 06/11/2004 - 10:14h

Cara todos nos temos estas e outras oportunidades quando samos livres, e sabemos onde andamos, portanto viva o LINUX

[11] Comentário enviado por Jbmartins em 06/11/2004 - 10:15h

Cara todos nos temos estas e outras oportunidades quando somos livres, e sabemos onde andamos, portanto viva o LINUX

[12] Comentário enviado por nscesar em 07/11/2004 - 09:49h

A única dificuldade que tenho com o linux é na reprodução de músicas mid, fora isto, 95% do que se faz com windows é possível fazer com o Linux, espero que breve estaremos pau a pau, e não precisaremos mais dele.
nscesar

[13] Comentário enviado por ericjardim em 08/11/2004 - 07:10h

Fui atraído a este artigo, devido a sua divulgação no site NotíciasLinux com a seguinte chamada: "Será que existe mercado para Distribuições Linux não comerciais?". Achei a chamada tentadora, mas confesso que esperava encontrar outro tipo de resposta ao ler o artigo.

Fazendo justiça, o autor aborda uma questão realmente importante, e se mantém até o fim do artigo com uma posição imparcial quanto a questão da preferência de uma determinada distribuição. Verdade seja dita, as pessoas, principalmente aqui no Brasil, tratam as distribuições do GNU/Linux como se fossem "times de futebol" e as defendem com paixão. É verdade que as distribuições competem entre si, mas de uma forma diferente e bastante saudável. De fato, a variedade de distribuições é o que vai garantir a sobrevivência do Linux. Mas isso é assunto para outro artigo.

Sendo direto, o que eu realmente gostaria de comentar, é a afirmação que se encontra no texto de que as "ferramentas gráficas" estão aí para "viciar" os administradores. Não acho que seja bem por aí. É verdade, e o autor cita isso no texto, que ferramentas podem atrapalhar o trabalho de alguém. Concordo. Mas daí dizer que o uso de ferramentas que facilitam a administração atrapalham porque dão um alto grau de superficialidade, acho que é contraditório. Não acredito que esse seja um pensamente saudável para se ter a respeito delas.

Pode até ser verdade, que as ferramentas gráficas que existem por aí que servem para facilitar o trabalho administrativo sejam incompletas, defeituosas ou até mesmo como acusa o autor, superficiais. Entretanto, nada disso justifica a não utilização delas. É verdade também que uma ferramenta muito superficial não seja adequada para fazer ajustes mais finos. Mas se pensarmos bem, existe um propósito para sua existência.

Mas esperem um pouco... estamos falando de ferramentas livres. Não há nada que nos impeça de participar de um processo de melhora ou até mesmo da criação de uma nova ferramenta baseada em outra. Se uma ferramenta é superficial, podemos alterá-la para ter uma abordagem "top-down", de tal forma que o seu utilizador faz refinamentos a medida que se torne necessário. Ou até mesmo completar as alterações com instruções mais "baixo nível".

Uma boa ferramenta certamente não irá deixar de funcionar, caso algumas alterações de refino sejam feitas em "baixo nível", após a sua utilização. Até onde eu sei, a ferramenta "linuxconf" vem fazendo um bom trabalho. Até porque não está presa a nenhuma distribuição. E agora?

Mas para não parecer que estou indo completamente de encontro ao que o autor pensa, acredito que possa existir, embora não conheça, alguma ferramenta que obrigue o seu utilizador sempre a utilizá-la, através de "artifícios maléficos" que não vem ao caso discutir aqui. Afinal, tem muita gente malandra por aí.

Em suma, acho que o artigo tem um tom positivo, e mostra, em vários pontos do texto, idéias interessantes e otimistas. Só achei que esse argumento de que "a interface gráfica vicia" foi o grande pecado do texto. Se olharmos com calma, veremos que não passa de um mito.

Por fim, deixo um pensamento meu que gostaria de compartilhar com vocês:
"Utilizar a interface gráfica ou não-gráfica não deve ser encarado como progresso ou retrocesso, respectivamente. Seria mais sensato pensarmos que temos mais opções de fazer a mesma coisa. Até porque, tudo que não é utilizado, fatalmente cai em desuso."

Pensem nisso ;)

[14] Comentário enviado por leo_mxs em 04/01/2005 - 01:25h

Eu achei o texto bastante interessante. Eu achei legal a ideia de que se deve procurar manter o maior nível de independencia possível. Mas temos que ver que essas ferrramentas são bastante interessantes pra quem tá começamdo no mundo Linux e mesmo para os usuários domésticos. Eu acho muito bom o ponto de vista do Fike

[15] Comentário enviado por Lpareal em 13/12/2005 - 02:24h

Fernando,
seu artigo está excelente e é bem esclarecedor.

Acredito que, independendo da distribuição que esteja instalada, se possui ou não toolkits e/ou ferramentas gráficas, o mais importante para quem queira realmente ser um excelente administrador *NIX, conhecedor de seus servidores, é aprender o conceito sobre o que há por trás dele - o funcionamento dos programas.

Sou usuário de computadores há 23 anos. Comecei a ter contato com computadores em 1983, na famosa época da "reserva de mercado", quando não havia praticamente nada publicado, e ter um computador era coisa de luxo, trazida por um tio "executivo de fronteira" ou um primo "comissário de bordo", vindo do exterior.

Estamos em 2005. A reserva de mercado foi enterrada nos anos 80. A computação profissional decolou no Brasil, temos acesso à milhares de publicações sobre o tema e apareceram os sistemas operacionais modernos, dentre eles, o GNU/Linux.

Um dos maiores problemas (se não for o maior), é que fomos adestrados à "cultura da facilidade", ao utilizar um certo sistema operacional que, com seu conceito de "interface amigável", aos poucos, gerou nos usuários uma espécie de preguiça generalizada, "engessando" nosso aprendizado. Também gerou uma resistência cultural sem sentido, com várias alegações vazias.

Uma delas, que mais me incomoda, é a que o Linux é difícil, que tem comandos difíceis, que os usuários estão acostumados a usar a solução da maioria, e que mudar agora prejudicaria a produção da empresa.

Atualmente, uso uma distro Linux comercial (Red Hat 9), tanto em casa como no trabalho. Mas frequentemente tenho observado vários colegas informando que as distros não-comerciais, como a Slackware por exemplo, têm vários recursos, tanto como os Linux comerciais, porém possuem uma flexibilidade e clareza na administração que dificilmente é encontrada nos seus pares comerciais.

Sinto-me motivado a substituir os Linux atuais dos servidores de minha empresa para outras soluções. Ainda não sei coo começar, mas pretendo executar essa migração logo que possível.

Mais uma vez, muito agradecido.

Abs.,
Luciano Areal

[16] Comentário enviado por dougc em 10/02/2010 - 16:26h

Gostei pra caramba do artigo, as vezes a gente instala o Suse num servidor e o Ubuntu no PC a acha que entende de linux.
O que vc disse é a mais pura verdade


Contribuir com comentário




Patrocínio

Site hospedado pelo provedor RedeHost.
Linux banner

Destaques

Artigos

Dicas

Tópicos

Top 10 do mês

Scripts