Introdução
Recentemente, ganhei um netbook e não perdi tempo, logo instalei o
Ubuntu 12.04.
O Ubuntu é bem leve no geral, mas a interface padrão dele não é tão personalizável, para quem usou o Ubuntu 10.xx e o
Linux Mint 11, é praticamente uma pessoa brasileira na Tailândia - ao menos, foi assim que me senti...
Neste texto, contarei as minhas primeiras impressões com o recente lançamento da Canonical.
A cobaia
O netbook em questão, é um Positivo Mobo 5000, com as seguintes configurações:
- 2 GB de RAM DDR3
- 320 GB de HD
- Processador Intel Atom
- Placa Wireless Intel
- Vídeo OnBoard Intel
O Unity: um choque cultural
Quando vi o
Unity pela primeira vez, pensei: "Para que reinventar a roda, se o GNOME 2 vai bem?", mas, três versões se passaram e o Unity amadureceu muito desde então.
Quando instalei o Ubuntu 12.04, percebi uma interface mais fluída.
Mas o Unity não é um "mar de rosas", ele não é muito personalizável, e quando vou alterar algumas coisas no
Compiz, ele trava até termos que chegar no ponto de desligar o Mobo na chave Liga/Desliga.
E logo em seguida, parti para o Unity 2D, e ele rodou melhor, mas não dá para mudar quase nada nele. Como disse, eu que fui por muito tempo usuário do
KDE,
Openbox e
GNOME 2, sendo assim, o Unity foi um choque para mim.
GNOME 3: Elegância e simplicidade
Mas não parei no Unity. Tradicionalmente, nunca gostei do GNOME porque não me sentia confortável nele, pois gostava de simplicidade e alto nível de configuração, mas decidi ver o
GNOME Shell em sua versão atual.
Ele se mostrou bem desenvolvido no Ubuntu. Gostei do fato dele ser mais completo em configurações do que o Unity. Da primeira vez que o testei, ele caiu logo no
GNOME Fallback, porque eu não tinha uma placa boa.
Ele, inicialmente, não dá para mudar basicamente nada, mas com a ferramenta
Gnome-Tweak-Tool, pude explorar o GNOME de verdade.
O que eu mais gostei nele, foram as extensões, que aumentavam as possibilidades de configurações do GNOME.
É o que estou usando atualmente.
E o Ubuntu?
Devo confessar que a versão 12.04 é a melhor desde a 10.10. O Ubuntu se comportou bem, uma coisa que não esperava dele, já que de certa forma, ele sempre foi um tanto rebelde comigo.
O sistema em si é bem responsável no quesito "Consumo de Recursos". Ele consome em média 300 MB de RAM e a bateria dura em média 3 horas, ficando com o desempenho um pouco reduzido, com o brilho de tela abaixado e com o
laptop-mode-tools rodando.
Sempre achei o Ubuntu bem documentado, e isso é ótimo para um iniciante no
GNU/Linux.
Conclusão
Bem, o Ubuntu não pode ser o GNU/Linux mais leve, mas ele é bastante responsável, apesar da minha paixão ser o
Debian, o Ubuntu me surpreendeu dando um sistema bem funcional, mas a personalização do Unity é, ainda, algo que deixa a desejar.