paulo1205
(usa Ubuntu)
Enviado em 07/04/2015 - 18:44h
Você não disse quais dificuldades está tendo, então eu vou falar de modo genérico também sobre problemas que eu encontrei:
- (Técnico) Seu código utiliza um dialeto obsoleto do C, que não vai compilar com compiladores recentes. Em particular, assumir implicitamente que o tipo de retorno de
main() ou de qualquer outra função pode ser omitido e que, nesse caso, ele é
int é algo que foi explicitamente retirado da linguagem.
- (Técnico) Se o tipo de retorno é
int, então você deve explicitamente chamar o comando
return ou a função
exit() com um valor inteiro antes do programa chegar ao final.
- (Técnico) A inclusão de <conio.h> e a chamada a
getch() não têm utilidade nenhuma no programa.
- (Lógica/Matemática) Todos os cálculos de salários médios estão errados. Programar é uma arte e, portanto, admite e requer criatividade. Matemática, por outro lado, não é arte. Ainda que alguns campos da Matemática possam se beneficiar de imaginação (que é uma coisa diferente de criatividade), sua tarefa não está nesses campos: você só tem de calcular uma média aritmética simples, e o único jeito certo de fazer isso é dividindo o valor da soma de todas as parcelas pela quantidade de parcelas.
- (Lógica) Se você diz “
qtdh=1;qtdh++;”, na prática está sempre fazendo tão-somente
qtdh=2;. Se isso não é o que você quer -- eu não creio que seja, até porque está dentro de um laço de repetição e esse valor será usado no cálculo do salario médio --, tem de dizer ao computador o que realmente quer, pois ele faz o que você diz para fazer, não o que você gostaria que ele fizesse. Problema semelhante existe com
qtdm.
- (Interface com usuário/Lógica) Por que a distinção entre entrar dez pessoas ou
N pessoas? Os dois blocos de código acabam se parecendo muito, e vão ficar ainda mais parecidos -- eu diria até que absolutamente iguais -- quando você corrigir os problemas com cálculos dos salários médios. Eu até entenderia, e acharia útil, código especializado para abreviar a entrada de múltiplos dados absolutamente idênticos (i.e.
N pessoas com o mesmo s
exo e mesmo salário, sem ter de digitar um por um), mas não é isso que está no seu código. Foi o enunciado do problema que mandou você fazer do jeito como fez, ou foi ideia sua? Se não foi o enunciado que pediu, não invente, para não se complicar.
- (Interface com usuário) A interface com o usuário é muito verborrágica. Foi pedido para ser assim, ou você escolheu ser assim? Se foi pedido no enunciado, então assim deve ser. No entanto, se for uma questão de escolha, eu preferiria um programa que soubesse tratar uma entrada no seguinte formato.
H 1500.00
M 1650.00
H 1700.00
M 1600.00
H 1000.00
(Fim de arquivo)
- (Política/Polêmica)
Gênero é uma categoria gramatical, podendo ser
masculino e
feminino (ou noutras línguas, que não o Português,
neutro, ou ainda
humano/
não-humano,
racional/
irracional,
animado/
inanimado,
móvel/
imóvel,
concreto/
abstrato). O uso dessa terminologia, em oposição a
sexo, que é uma categoria biológica objetiva, é para, por meio de confusão, facilitar a dissolução da realidade objetiva e promover o relativismo e a subjetividade, assim subvertendo o processo cognitivo da sociedade vigente, com o objetivo estratégico de facilitar a transição para outro modelo de sociedade. Nesse processo deliberado de confusão ontológica entram, além da biologia (humano ma
cho/homem vs. humano fêmea/mulher) e gramática (masculino vs. feminino vs. neutro), componentes tais como preferências sexuais, relacionais, sociais, psicológicas e até mesmo estéticas.
Como ninguém nunca soube me dizer que forma terá a nova sociedade pós-destruição-desta-que-temos, e como eu trabalho com informática, em que modelar o indefinido é um problema muito mais difícil do que trabalhar com modelos da realidade objetiva, eu me recuso a jogar pedras no meu próprio telhado ou a cuspir para cima, bem como a usar o vocabulário de quem assim procede. Há quem me chame, por isso, de conservador (OK) ou de reacionário (besteira, pois o meu pensamento seria o mesmo se não existissem os revolucionários), mas a verdade pura e simples é que eu valorizo antes de tudo a coerência. Por isso, da mesma forma como eu aponto as contradições ontológicas no discurso revolucionário da confusão proposital, eu diria que não é coerente, no mesmo programa, falar em
gênero e, ao mesmo tempo, fazer a distinção biológica entre
homem e
mulher.