Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 28/03/2011 - 00:32h
Todas as camadas ou grupos sociais que de alguma forma se diferenciam ou se fazem diferenciar das demais são por definição etnocentristas.
Assim é que toda seita religiosa (*) tem necessariamente natureza etnocentrista, pois do contrário não seria uma seita.
Contudo esse termo se define melhor quando o indivíduo é flamenguista ou vascaíno "porque é", é corintiano ou são paulino "porque sim" e windowsista ou linuxista "porque tem que ser e fim de papo" sem que tenha havido anteriormente algum tipo de ponderação, de avaliação das demais partes.
Comparando com as seitas religiosas, também um é muçulmano, outro é judeu, outro é católico, outro evangélico e outro ainda é espírita e nenhum deles parou para examinar o que existe fora dos limites de seu próprio universo, construído sobre conjeturas e não sobre fatos reais.
Se formos ver, nós mesmos corremos o grande risco de nos considerarmos o centro do universo, onde todas as coisas supostamente girariam ao nosso redor.
(*) Quando falo em "seitas", refiro-me ao sentido real e não-pejorativo do termo.
"Seita" vem de "sectus", que é uma secção, uma separação, um diferenciamento de um grupo em relação a um todo. Dessa forma, toda agremiação é de natureza sectarista, portanto é forçosamente uma seita.
Pessoas religiosas geralmente confrontam os termos "seita" e "religião", geralmente sob uma ótica muito pequena.
Cada seita está para o universo de uma verdade assim como uma fatia de pizza está para a própria pizza.
E pela natureza etnocentrista, "a fatia" quer negar (e fazer negar) a sua participação em um todo bem maior, que é a pizza em si; Pelo contrário, a fatia se arvora de pizza como um todo e não aceita argumentações em contrário.
É até oportuno tratarmos desse assunto, porque nos descobrimos que não somos pizzas porém fatias, frações, e que portanto nossas dimensões são bastante limitadas dentro de uma verdade qualquer.