Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 03/09/2013 - 08:18h
Os Estados unidos passaram por uma fase notória onde imperou a nossa conhecida "lei de Gerson", que seguia a doutrina de "levar vantagem em tudo".
Apenas que alguns se empenharam tanto em seguir tal doutrina, que "inventaram" o
consumerismo (um consumismo exagerado, artificialmente motivado pelo simples ato de consumir, mesmo sem necessidade de tal produto ou serviço), um fenômeno considerado como sendo a vergonha do marketing (*).
Também houve um movimento à moda 'boko-moko", onde "refinamento", "cortesia", "cordialidade", "atenção" etc. foram palavras praticamente riscadas do dicionário, sendo substituídas por "agressividade", "imposição", "desdém", "desrespeito", e coisas que o valham.
O desrespeito ao consumidor ficou patente naquela época.
Eu me lembro que houve uma época em que alguns empresários respondiam à correspondência comercial aproveitando-se do próprio papel de carta do cliente ou fornecedor, no mais legítimo estilo "mão-de-vaca".
Isso era de um tremendo mau gosto, e no entanto essa prática durou mais de cinco anos em algumas empresas consideradas importantes naquela época, e que hoje coincidentemente não existem mais.
Foi nadando nos mares de tanta falta de ética e de simancol, que a Microsoft conseguiu desvencilhar-se das intempéries e manter-se no mercado.
E nisso está a alegada genialidade de Gates, pois em momento algum de sua gestão como CEO permitiu-se que a empresa ficasse estigmatizada como "anti-ética" ou 'desonesta", embora pesassem sobre ela (e ainda pesem) muitas e muitas acusações nesse sentido.
Se formos observar melhor, porém com olhos de consumidor, a Microsoft tem uma sólida fama de ágil, confiável, inovadora, etc.
Tem um determinado político paulistano, muito antigo e simpático, que tem certas características semelhantes: É escorregadio ao extremo, que nem quiabo com mussum...
(*) CONSUMERISMO:
Conta-se que um determinado fabricante norteamericano, que tinha como seu produto principal um
mingau em pó, para alavancar as vendas instituiu um
concurso onde as pessoas deveriam recortar uma parte da embalagem e enviar para a caixa postal daquela empresa, devidamente acompanhada de alguma
receita onde aquele mingau fosse o principal ingrediente.
O tal concurso fez sucesso, e as pessoas, motivadas pelo prêmio anunciado, passaram a comprar cada vez mais o tal mingau (mesmo sem necessidade).
Até que chegou uma correspondência bastante interessante, onde a dona de casa informava que passou a usar aquele delicioso mingau e que, para melhor concorrer ao prêmio, havia se empenhado bastante em desenvolver muitas e muitas receitas baseadas nele.
E que descobriu que, ao preparar
o delicioso mingau com menos água e sem açúcar, o produto resultante era excelente para
calafetar o assoalho...