Algumas verdades de TI

saitam
(usa Slackware)

Enviado em 12/05/2012 - 15:08h

Assistam nesse vídeo e comentem suas opiniões a respeito, se são realmente algumas verdades de TI.

JJSantos
(usa Gentoo)

Enviado em 12/05/2012 - 18:21h

Que pena minha conexão ser horrenda!

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 12/05/2012 - 19:19h

Seria cômico se não fosse trágico...
Realmente muita coisa que ele reclama, o faz com 400% de razão.
Eu participava de uma comunidade de técnicos de informática no Orkut onde se notavam claramente essas discrepâncias de formação de preços, de aceitação pública, etc.
Já começa a bagunça quando não se sabe ao certo se "o cara do computador" é um cientista da computação, analista de sistemas, analista de suporte, técnico de manutenção de software, técnico de manutenção de hardware, se tem registro no CREA, se fez Faculdade ou se é um "ráquer" (é acim mesmu ki si hiskreve) ou um desses "sobrinhos" que andam aos bandos por aí e que "entendem tudo de computador" e que cobram "deis merréis" para formatar o HD (na verdade é só o que eles sabem fazer).
"O cara do computador" pode ser um doutor de fato e de direito, enquanto o advogado que ele está atendendo pode ser apenas Bacharel, que não fez Doutorado.
De qualquer forma perante a opinião pública, o advogado será sempre "doutor", enquanto o Doutor em Ciência da Computação será... "o cara do computador"!

Esclarecimento:
Somente tem o título de "Doutor" aquele que fez o competente doutorado. Aquele que simplesmente concluiu o curso de cinco anos tem o título de "Bacharel".
Existem portanto títulos de Doutor para diversas outras profissões.
Acontece que existe uma lei muito antiga que determina que alguns advogados provenientes de Portugal deveriam ter aqui o tratamento de Doutores.
Contudo, nossa tradição social nos permite e nos incentiva tratar um advogado respeitosamente como "doutor" embora eles não tenham necessariamente direito ao título de "Doutor".

O termo correto "Rábula", correspondente aos Bacharéis em Direito e que significava primariamente "causídico", "defensor de causas", ou simplesmente "advogado" hoje em dia é tido como um termo depreciativo, sendo muitas vezes interpretado como indicativo de um advogado incompetente, ou ainda chegado a falcatruas, um advogado sem notoriedade, que advoga sem ser diplomado, de pouca cultura e/ou chicaneiro.

Essa mesma tradição nos incentiva tratar aos Magistrados como "Excelência", quando o correto seria "Meritíssimo".

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 12/05/2012 - 20:08h

hehehe... Belo desabafo!!!!

Muito boa a explicação do Texeira!

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 12/05/2012 - 20:30h

Sei lá, o cara abordou uns 5% de TI. TI é mais que formatar máquina, instalar sistema operacional e programas.

JJSantos
(usa Gentoo)

Enviado em 12/05/2012 - 20:36h

Se isso for TI, meu primo de 12 é um profissional de TI também!

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 12/05/2012 - 20:39h

Faz parte. Saber que sistema, que programas instalar pra atender a demanda de um cliente. Agora, apenas formatar por formatar, aí nem comento.

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 12/05/2012 - 20:50h

O que o rapaz aborda no vídeo é a mais pura verdade. Quem não é dá área, acredita que um bacharel é o dono do conhecimento! Sabe formatar, é técnico em eletrônica e sabe crackear. Acho que esse foi seu desabafo! Ele como bacharel até pode saber formatar um pc, mas não é reconhecido como um "Analista", e sim como o "rapaz do computador", não que isso seja uma humilhação. Mas já chamei médico somente pelo nome e fui corrigido.
- Fulano não, Dr. Fulano.

Nós somos os caras que ficam nos bastidores. Já aprendi que não posso trabalhar pensando em reconhecimento. Então.... apenas tento fazer o meu trabalho o melhor possível.

É um belo desabafo!

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 12/05/2012 - 21:03h

Mas ele não falou que é bacharel (ou eu não vi, pois não aguentei assistir até o final). Não digo que ele esteja errado, mas acho que ele está exagerando. Desculpe quem é técnico, mas tem muita gente que faz curso profissionalizante, aprende a formatar máquina e acha que é "profissional de TI". Repito, não estou desdenhando qualquer profissão, apenas aqueles que, como o o cara do vídeo, está por fora daquilo que compreende sua profissão. O ponto aqui é a questão de profissional de TI, e não de quem é formado ou não.

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 13/05/2012 - 20:20h

Ele não disse que é bacharel.
O que acontece é que para o grande público não interessa se "o cara do computador" é um "doutor" ou se é um "formatador".
O que acontece é que aos olhos leigos todas as profissões relacionadas com "informática", "processamento de dados" e "tecnologia da informação" se confundem.
Esses próprios termos se confundem, até mesmo entre pessoas do mesmo ramo, dependendo de como e onde foram formados.

Não se pense que a coisa é indefinida somente aqui no Brasil, pois na Europa e nos Estados Unidos também há uma certa confusão.

Se definir as próprias profissões já é complicado, o reconhecimento da qualificação dos profissionais então nem se fala.
Como foi dito antes, para um leigo "é tudo a mesma coisa".

Um "médico genérico" (clínico geral iniciante) e um outro, especialista há vários anos em algum ramo da medicina (cardiologia, angiologia, obstetrícia, etc.) sempre serão reconhecidamente "médicos" e "doutores", independentemente de seu tempo de experiência ou de seu grau de competência.

O que se quer dizer é que ninguém tem a coragem ou a cara de pau de oferecer $ 20,00 ao médico por uma consulta.

O que se quer dizer é que ninguém tem a coragem ou a cara de pau de oferecer $ 20,00 a um advogado para dar entrada em uma causa.

O que se quer dizer é que ninguém tem a coragem ou a cara de pau de oferecer $ 20,00 a uma diarista para fazer uma faxina no escritório.

Mas tem a cara de pau de achar que os serviços de um técnico qualificado sejam "caros", o que equivale a pretender que ele deveria cobrar os tais $ 20,00 que outros profissionais de qualquer outro ramo certamente recusariam.

Todo e qualquer profissional deve ser valorizado, com justiça.
Do contrário, a profissão se torna prostituída.
Aqui no Brasil é comum profissionais sem nenhuma formação acadêmica fazerem trabalhos em hidráulica, sob os apelidos de "bombeiro hidráulico" ou "encanador" (às vezes "bonbero idraulico" e "incanador").
O público não sabe a grosso modo distinguir se eles fizeram algum curso para tal ou, caso sejam competentes, se são apenas práticos.
Dessa forma, os serviços avulsos de hidráulica têm geralmente preços e qualidade um tanto imprevisíveis, porém sempre superiores ao que o público pretende pagar ao profissional de TI.

Em Sydney, na Australia, ao chamarmos um "plumber" (encanador) já temos consciência que aquele profissional fará um bom trabalho, e também a certeza de que ele irá "arrancar o nosso couro", justificando o fato de haver chegado à nossa porta a bordo de um imenso Chevrolet ou de um Mercedes.