Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 19/12/2009 - 10:59h
Que ninguém se engane pensando que John C. Dvorak é "um linuxista apaixonado".
Ele é um dos mais famosos e conceituados comentaristas de assuntos ligados a computadores.
Seu comentários durante anos tem sido totalmente realistas e desapaixonados, além do que o cara é uma espécie de profeta da informática.
E durante anos e anos ele tem comentado principalmente sobre Windows.
E é exatamente por isso que essa notícia tem peso.
Por mais que se tente mascarar a real posição do Windows diante de todos os outros sistemas operacionais (open source ou não), o que Dvorak comenta nesse artigo tem fundamento, sim!
Através de dados históricos pudemos constatar que a MS quase perdeu o boom da internet, quase ficou parada nos 640kb do DOS ("Quem precisa de mais?" - palavras do próprio Bill Gates), quase isso e quase aquilo.
E exatamente como uma lebre, ela tem tido a capacidade de se levantar de um salto e tomar alguma atitude de última hora, que a salva do buraco, ou da perda de território.
Isso é um dom notável, nas aì está a grande questão:
A raposa conhece mil truques, enquanto o porco-espinho apenas um. Entretanto, a raposa tem excesso de confiança em suas habilidades, e de vez em quando algum daqueles truques falha, enquanto o truque do porco-espinho é perfeito e não falha nunca.
A Microsoft tem "tapado o sol com uma peneira" e "deixado como está para ver como é que fica", durante anos e anos.
Até então sua velocidade e elasticidade tem sido espantosas e até mesmo elogiáveis.
A Microsoft é portanto uma empresa que tem garra e versatilidade.
A questão é:
Até quando a raposa/lebre Microsoft vai conseguir que seus "truques" ainda funcionem?
Posso arriscar um palpite:
Mesmo que hipoteticamente a Microsoft perdesse de forma repentina 100% do mercado mundial, mesmo assim não iria à bancarrota, pois é exatamente essa agilidade própria e benéfica das "garage companies"- que ela ainda conserva - que vai permitir que eles até mesmo mudando de ramo continuem a participar de algum outro mercado e ainda desfrutando de uma grande fatia do mesmo.
Isso é real: Uma queda hipotética da Microsoft levaria à falência as empresas que têm acreditado nela, e isso significa centenas de importantes indústrias de hardware e possivelmente milhares de softwarehouses, além de causar sérios transtornos na Nasdaq.
Portanto, a Microsoft não fechará as portas mesmo que Windows deixe de vender.