Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 16/08/2008 - 13:54h
Este levantamento de lebre é parcialmente baseado em um texto do Steven (Oceania), o desenvolvedor do Basic Linux.
Ali ele dizia que se depara constantemente com uma grande quantidade de computadores de diversas arquiteturas proprietárias, como Compaq, Packard Bell, HP e AT&T, com arranjos de placas-filha (subplacas) onde ficavam realmente os slots para periféricos - além, é claro, dos computadores chamados "normais".
( Nesse ponto acho que a Sindi (Estados Unidos) ganha dele disparado. Aparece cada tralha como "doação"... Acho que nesse caso o termo apropriado não seria "making a donation" mas "getting rid of", se é que me entendem. )
A maioria dos americanos está começando somente agora (2007-2008) a realmente jogar fora seus 386 e isso é um dado surpreendente e muito interessante, pois nós tupiniquins já o fizemos há bastante tempo!
( A título de exemplo, por aqui já é um tanto raro encontrarmos alguém que realmente utilize um Pentium 100 no seu dia-a-dia ).
Um laptop 386, mesmo que tenha algum defeito (seja no teclado, ou na tela, por exemplo) pode ser perfeitamente usado com periféricos externos e dessa forma, pode-se conseguir um espaço ainda menor em cima da mesa, do que se usarmos o imenso gabinete de um verdadeiro desktop.
Um uso sugerido para 386 com 4mb ram é de executar programas DOS, inclusive internet browsers como o antigo Netscape.
Podem ser usados editores como Wordperfect ou Wordstar para DOS e Win 3.1, e existe até mesmo um programa de CAD para DOS que roda até em VGA mono.
Para textos mais simples, sempre se pode contar com o Edit, do próprio DOS.
Pode-se conseguir na própria internet muitos bons joguinhos antigos para DOS e tirar nosso pobre 386 do "corredor da morte", transformando-o em uma "game machine" com um poder considerável.
Aqui no bairro onde moro tem um comerciante que usa um valente 386 com uma impressora matricial LX-810 e um programa que ele mesmo desenvolveu em dBase para gerenciar sua loja/oficina de bicicletas.
Como um 386 não é muito exigente no quesito "refrigeração", é uma forma bastante inteligente de aproveitar esse tipo de máquina.
Quanto ao programa, não tem muitos detalhes de sofisticação, mas dá conta do recado.
Contudo, para usar o Linux (que afinal é o NOSSO caso) deve-se ter a sensatez de não desejar andar com o carro adiante dos bois.
As limitações do hardware (no tocante às tecnologias atuais) são muitas, portanto somente será viável trabalharmos em modo texto.
Porém, com alguma arte e a devida consulta às fontes mais acertadas (o VOL, por exemplo), pode-se usá-los como firewall, ou centrais de email, bem como compartilhar conexões dial-up.
A imaginação é o limite.
Quem sabe se os colegas do VOL não têm suas sugestões ou podem relatar seus próprios experimentos já concretizados?
Afinal, de McGuyver e de Professor Pardal (Jyro Gearloose) todos temos um pouco...