Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) [RESOLVIDO]

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 24/09/2010 - 08:12h

O Brasil, depois do primeiro (grande) impulso (ou "susto") nas telecomunicações dado exatamente pelo governo militarista (é, eles conseguiram fazer alguma coisa que prestasse, afinal de contas), parece que estagnou de alguma forma nesse assunto.

Agora volta-se à tona com a tal banda larga, mas não estamos acompanhando nenhum vigor (ou interesse verdadeiro) em fazer investimentos mais pesados (= "gastar dinheiro") para modernizar o parque tecnológico do país.

A coisa por enquanto segue como se fosse uma corrida de lesmas...

Eu jamais pude ter banda larga aqui na minha região, e nem internet via rádio, pois estou como em uma cratera de vulcão: Em lugar alto, porém inteiramente cercado de prédios mais altos que a minha casa. Depois de muitos anos, foi-me oferecido um plano de "2 mega" que não foi tecnicamente possível, e eles "me migraram" para "1 mega" no qual permaneci até pouco tempo atrás.

Há cerca de um mês ofereceram "4 mega" por um acréscimo razoável na conta. E em seguida estão oferecendo "8 mega" por mais outro acréscimo também razoável, ou até "14 mega", agora já a um preço bem salgado.

Por enquanto vou ficando nos teóricos "4 mega" mesmo, que me atendem bem.

Mas uma coisa me preocupa: Aqui no Brasil, mesmo que alguém tenha inimagináveis "512 giga" em banda larga, sempre vai haver alguém que desenvolva algo para consumir toda a banda e toda a capacidade de transferência possível e imaginável sem nenhum proveito verdadeiro.

Tem sites que demoram a carregar - não apenas por deficiência no "host" - mas principalmente por incompetência no design e na programação, por "excesso de ferramentas e efeitos especiais".

Pela milésima vez faço uma comparação aberta com o site da Hello Kitty, que tem todos os "bells and whistles",toda a "pirotecnia" que agrada aos jovens, é hospedado lá "onde o vento faz a curva", e apesar de imeeeeeeenso, é extremamente leve - inclusive para conexões discadas (até o princípio do ano passado eu usava exclusivamente um modem Sportster 33600).

Pois tem site por aqui que já demora demais para carregar, mesmo em banda larga. E a tendência é piorar, não a melhorar.

Tem-se a falsa impressão de que "internet não ocupa espaço", porém na prática existe muito "lixo virtual" transitando por aí. E dados em trânsito ocupam espaço SIM!...

Tanto que uma das piores zebras que poderiam acontecer em uma rede seriam as colisões (hoje em dia bem mais raras que há alguns anos atrás): Dois bytes querendo ocupar o mesmo espaço e deixando atrás de si duas enormes filas de bytes "em espera"...

Também algo que me desagrada extremamente (e acho que a maioria concordará comigo) é essa estória da obrigatoriedade dos pífios 10% na prestação dos serviços.
( Aquela comparação do açougue foi ótima ).
Também a do carro esporte que vai de 0 a 100km/h em 3 segundos, mas que não passa jamais dos 10km/h...

Sim, porque além de tudo essa limitação vem sendo usada como "teto", e não como "base" ("stalactos", e não "stalagmos").

E o preço das telecomunicações em nosso país ainda está muito alto, em contrapartida a uma certa falta de investimentos no setor. Digamos que tais investimentos existam, mas ainda são um tanto "tímidos"...

Mas não vou dar palpite quanto ao que o governo deveria ou não deveria investir. É bastante difícil gerir uma azienda desse tamanho. Existem outros setores bastante importantes como a saúde, a educação, a segurança, a empregabilidade, a logística (algo extremamente negligenciado por aqui), etc.

Haja dinheiro, e sobretudo boa vontade e competência!

Esperemos que o Brasil possa levar aos rincões mais distantes uma internet em banda larga por um preço justo, beneficiando a cada um dos brasileiros, das grandes cidades aos pequenos povoados.

Mas que cada um desses brasileiros possa também ter capacidade de usar um computador como verdadeira ferramenta de trabalho e estudos, e não apenas limitado cultural e filosoficamente a jogar "Solitaire" ou ficar plantado em frente a uma telinha em "orcutes" e "eme-esse-enes" da vida.