Análise de projetos de instituições públicas que adotaram o uso do Software Livre e suas vantagens

Neste artigo serão analisados os projetos de implantação do Software Livre em Instituições Públicas através de estudos em diversos segmentos do cenário mundial, como países, órgãos públicos e privados, mostrando exemplos e explicações sobre o por quê, quando e como se pode utilizar o Software Livre.

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Por: Fabricio Paulo dos Santos em 14/01/2007


Software livre



2. Software livre

A algumas décadas a informática se resumia praticamente no hardware, fazendo com que as empresas disponibilizassem seus códigos fontes entre si, mas com a evolução da informática, ouve a separação de hardware e software, fazendo com que as empresas começassem a fechar seus códigos-fontes, criando assim softwares fechados ou proprietários.

Com o fechamento dos códigos-fontes, muitas empresas passaram a desenvolver o software e os vendiam de maneira que outras empresas que não detinham, eram obrigadas a ficar dependentes pelas empresas que desenvolviam, através de licenças de uso e atualizações do software.

Dependências de softwares como essas, motivaram Richard Stallman a abandonar o Institute Tecnology of Massachusetts (MIT), e fundar a Free Software Foundation, objetivando a criação de softwares que pudessem ser utilizados em computadores sem a necessidade de utilizar uma licença de uso.

O Projeto GNU foi criado para mudar tudo isso. Sua primeira meta: desenvolver um sistema operacional portátil, compatível com o Unix que fosse um software 100% livre. Não 95% livre, nem 99,5%, mas 100%, de forma que os usuários estivessem livres para redistribuir o sistema inteiro, e livres para mudá-lo e para contribuir para qualquer parte do sistema. O nome do sistema, GNU, é um acrônimo que significa "GNU não é Unix" - uma forma de pagar tributo ao Unix e de, ao mesmo tempo, dizer que o GNU é algo diferente. Tecnicamente, o GNU é igual ao Unix. Mas, diferentemente do Unix, o GNU dá liberdade a seus usuários. (Richard Stallman, 2003).

A filosofia do Software Livre seguiu 3 liberdades que são:
  • A liberdade de estudar o funcionamento do programa e adaptá-lo para as suas necessidades. Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade;
  • A liberdade de redistribuir cópias de modo que possam ajudar ao seu próximo;
  • A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie. Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.

Um programa é software livre se os usuários tiverem essas liberdades. Por isso, deve ser livre para redistribuir cópias, seja com ou sem modificações, gratuitamente ou cobrando uma taxa pela distribuição, para qualquer um em qualquer lugar.

Em meados dos anos 90, os Softwares livres começaram a chamar a atenção da indústria de software. A Netscape em 1998, foi primeira empresa a transformar seu software proprietário em Software Livre. Nesta época empresas como IBM começaram a apoiar intensamente o Software Livre.

Surgiram assim diversos grupos que iniciaram o desenvolvimento de diversos aplicativos livres fazendo com que o software Livre se torne mais robusto, igualando assim com softwares proprietários já existentes.

Para garantir que nenhuma empresa utilizasse o código-fonte aberto e transformasse-o proprietário, foram desenvolvidas licenças pela Free Software Fundation, de maneira que assegura-se que nenhuma empresa ou indivíduo pegue um código-fonte aberto e o feche.

Atualmente a comunidade Livre conta com diversas licenças afim de que se utilize aquela que se adequa melhor a seus interesses, podendo viabilizar diversos projetos individualmente, porém, todos em um mesmo objetivo comum.

Foram criados diversos tipos de software para as mais diversas áreas, formando alternativas Livres para a não dependência do uso de software proprietário e suas licenças, que acaba tornando necessário a dependência pelo uso de seu software.

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Páginas do artigo
   1. Resumo
   2. Introdução
   3. Software livre
   4. Software livre no mundo
   5. Software livre no mundo
   6. Software livre nos meios corporativos
   7. Software livre nos meios corporativos
   8. Software livre, uma realidade nacional
   9. Software livre, uma realidade nacional
   10. Software livre em governos brasileiros
   11. Software livre, uma realidade nacional
   12. O software livre viabilizando prefeituras de Santa Catarina
   13. Considerações finais
   14. Referências
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Comentários
[1] Comentário enviado por lord_roxton em 15/01/2007 - 10:26h

Muito boa análise sobre a utilização de software livre em órgãos públicos!
São os que deveriam dar o exemplo, pois é dinheiro público dos impostos que está sendo gasto com software proprietário onde muitas vezes existem alternativas de softwares livres!

[2] Comentário enviado por jr_vasc em 15/01/2007 - 12:02h

Muito interessante, trabalho na Bahia com um programa que é o maior da América Latina em inclusão digital todo baseado em software livre.
Faço parte da equipe de Suporte, me sinto feliz por ver que o governo investe, mesmo que muito pouco ainda, nessa nova realidade, muito dinheiro que seria gasto com a implementação de softwares proprietarios pode ser alocado para outras camadas carentes da sociedade em geral, muito interessante mesmo.
Parabéns.

[3] Comentário enviado por jr_vasc em 15/01/2007 - 12:04h

Ah...
o site que fala sobre este programa de inclusão digital é:

http://www.identidadedigital.ba.gov.br/

Obrigado

[4] Comentário enviado por removido em 15/01/2007 - 13:20h

Muito bom mesmo!

[5] Comentário enviado por komodo em 16/01/2007 - 10:49h

Estão vendo! é possível!

[]'s

Silésio Gabriel

[6] Comentário enviado por lennon.jesus em 16/01/2007 - 13:04h

Não só é possível como é o futuro!

[7] Comentário enviado por fralda em 17/01/2007 - 16:58h

mt bom mesmo o artigo, tb acredito que o software livre vai ser o dominante daqui alguns anos..

[8] Comentário enviado por fhespanhol em 26/01/2007 - 07:27h

Eu acho que para o software livre ser implementado com seriedade os pensamentos radicais e excludentes devem ser deixados de lado. Substituir um S.O como o Windows que tem grande carisma entre usuários comuns devido a sua facilidade de operação leva tempo, ainda mais em um pais onde encontramos programas a R$5,00 em cada esquina e a fiscalização é praticamente inexistente.
Porém várias empresas já estão acordando para o fato de que é bem mais prático ter um S.O gratuito que executa as mesmas funções do Windows, bastando para isto dar treinamento a seus funcionários e ir substituindo os S.Os gradativamente.
Contudo no ambiente doméstico só os Linux baseados no Knopix e em Debian garatem um ambiente amigável o suficiente para garantir a migração, para o processo ser completo desenvolvedores deviam criar um modo de jogos para Windows rodarem também em Linux com facilidade e criar um modo de periféricos se comunicarem com o micro automaticamente, afinal não era esta a proposta inicial do Java? Fazer com que todos os equipamentos domésticos conversassem entre sí?


[9] Comentário enviado por fernandoamador em 04/10/2007 - 17:30h

Ótimo artigo!!!
Parabésn...

[10] Comentário enviado por jlmc1 em 17/09/2010 - 19:55h

Sou militar e trabalho na seção de informática do meu Batalhão, e em cumprimento ao plano de migração do Exercito Brasileiro, em 1 (um) ano foi migrada todas as maquinas de Windows para Linux Ubuntu. Esse processo se deu primeiramente com a substituição das ferramentas offices ( msoffice para broffice) e depois a substituição do sistema de Windows XP para primeiramente para a distribuição Kurumin 7 e depois para Ubuntu sendo uma distribuição mais amigável que permite ate a utilização de temas parecidos com o Windows facilitando uma maior aceitação do usuário. Tudo foi planejado para que a migração acorresse de uma forma suave e tranqüila com inicialmente problemas de resistência dos usuários, mas superadas pelas facilidades que a ambiente desktop Linux trás na atualidade nos tornando uma das poucas unidades do Exercito Brasileiro a migra 100% para Linux sendo que a seção de informática já teria migrado a mais de 5 (cinco) anos utilizando a distribuição Debian. Resultado disto:
0 (ZERO) problemas de vírus perda de arquivos formatação de computadores queda se serviços da rede sendo os servidores Linux mais leves e robustos.


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