2. Software livre
A algumas décadas a informática se resumia praticamente no hardware, fazendo com que as empresas disponibilizassem seus códigos fontes entre si, mas com a evolução da informática, ouve a separação de hardware e software, fazendo com que as empresas começassem a fechar seus códigos-fontes, criando assim softwares fechados ou proprietários.
Com o fechamento dos códigos-fontes, muitas empresas passaram a desenvolver o software e os vendiam de maneira que outras empresas que não detinham, eram obrigadas a ficar dependentes pelas empresas que desenvolviam, através de licenças de uso e atualizações do software.
Dependências de softwares como essas, motivaram Richard Stallman a abandonar o Institute Tecnology of Massachusetts (MIT), e fundar a Free Software Foundation, objetivando a criação de softwares que pudessem ser utilizados em computadores sem a necessidade de utilizar uma licença de uso.
O Projeto GNU foi criado para mudar tudo isso. Sua primeira meta: desenvolver um sistema operacional portátil, compatível com o Unix que fosse um software 100% livre. Não 95% livre, nem 99,5%, mas 100%, de forma que os usuários estivessem livres para redistribuir o sistema inteiro, e livres para mudá-lo e para contribuir para qualquer parte do sistema. O nome do sistema, GNU, é um acrônimo que significa "GNU não é Unix" - uma forma de pagar tributo ao Unix e de, ao mesmo tempo, dizer que o GNU é algo diferente. Tecnicamente, o GNU é igual ao Unix. Mas, diferentemente do Unix, o GNU dá liberdade a seus usuários. (Richard Stallman, 2003).
A filosofia do Software Livre seguiu 3 liberdades que são:
- A liberdade de estudar o funcionamento do programa e adaptá-lo para as suas necessidades. Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade;
- A liberdade de redistribuir cópias de modo que possam ajudar ao seu próximo;
- A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie. Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.
Um programa é software livre se os usuários tiverem essas liberdades. Por isso, deve ser livre para redistribuir cópias, seja com ou sem modificações, gratuitamente ou cobrando uma taxa pela distribuição, para qualquer um em qualquer lugar.
Em meados dos anos 90, os Softwares livres começaram a chamar a atenção da indústria de software. A Netscape em 1998, foi primeira empresa a transformar seu software proprietário em Software Livre. Nesta época empresas como IBM começaram a apoiar intensamente o Software Livre.
Surgiram assim diversos grupos que iniciaram o desenvolvimento de diversos aplicativos livres fazendo com que o software Livre se torne mais robusto, igualando assim com softwares proprietários já existentes.
Para garantir que nenhuma empresa utilizasse o código-fonte aberto e transformasse-o proprietário, foram desenvolvidas licenças pela Free Software Fundation, de maneira que assegura-se que nenhuma empresa ou indivíduo pegue um código-fonte aberto e o feche.
Atualmente a comunidade Livre conta com diversas licenças afim de que se utilize aquela que se adequa melhor a seus interesses, podendo viabilizar diversos projetos individualmente, porém, todos em um mesmo objetivo comum.
Foram criados diversos tipos de software para as mais diversas áreas, formando alternativas Livres para a não dependência do uso de software proprietário e suas licenças, que acaba tornando necessário a dependência pelo uso de seu software.