Existem milhares do softwares para
Linux rodando pela internet nos mais diversos repositórios das mais diversas distribuições existentes. Algumas empresas de software que desenvolviam para o Windows, também aventuraram e criaram versões para o Linux. Há muitos programas que são desenvolvidos multiplataformas como VLC, WPS, LibreOffice, Opera Browser, o próprio Chrome que não é novidade para ninguém etc.
Durante o meu aprendizado com o Linux, encontrei alguns programas bem conhecidos no Windows só que para Linux. Alguns não vinham recebendo atualizações, ficando assim obsoletos. O motivo é que esses programas não eram tão usados como os programas do próprio Linux, o que fez com que algumas empresas desistissem de desenvolver para o Linux.
LISTA DE PROGRAMAS DO WINDOWS QUE JÁ TIVERAM SUPORTE NO LINUX
Nessa lista, citarei alguns programas que eram desenvolvidos para o Linux e que ainda podem ser encontrados na internet ou, pelo menos ainda se encontra o código fonte. Dois deles ainda pude instalar no Slackware para utilização.
1. ADOBE READER
Usei esse programa pela primeira vez no Linux Mint 17.2 KDE 32 Bit. No princípio, não era muito difícil encontra-lo para baixar na internet em outras fontes que não fosse na página oficial, pois perdeu o suporte em 2013. Quando eu comecei a usa-lo, ele já não recebia mais atualizações e nem estava mais disponível no site da Adobe.
Após migrar para o Slackware 14.1 i486, comecei a usá-lo nesse sistema também. Seu uso é bem simples. Ele tem um recurso que não se encontrava em muitos dos leitores para o Linux. O recurso dele de tirar um instantâneo e facilidade em copiar textos do documento o fizeram insubstituível para mim.
Mas como alternativa, é possível baixar as versões mais atualizadas do WPS que inclui o WPS PDF, que é o que estou usando atualmente, abandonando assim o Adobe Reader.
Mas para quem quiser, o Adobe Reader ainda pode ser encontrado nesses locais:
Fonte: do Autor
2. NERO 4 LINUX
É isso mesmo, até o
Nero entrou nessa. Esse eu não cheguei a usar no Slackware. Mas já cheguei a instalar no Mint 17. Só para deixar claro, comecei minha experiência com o Linux usando o Linux Mint 17.
O Nero 4 Linux era na verdade o Nero Burning Rom e era mais limitado que as versões para o Windows. Sua ultima versão estável é de 2010. De fato, não é difícil saber porque esse programa não deu certo, eu preferia usar o k3b, o Brasero e o xfBurn do que usar ele, pois eram mais eficientes. Além disso, por que alguém iria pagar uma licença para usar um programa no Linux sendo que tinha programas mais sofisticados e gratuitos?
Enfim, até no Windows não venho mais usando ele com tanta frequência, optei por outra alternativa, o Ashampoo Burning Studio.
Aqui você encontra vários pacotes do Nero 4 Linux que ainda são instaláveis:
Fonte:
https://download.softwsp.com/sites/10/2015/05/linux4-4.jpg
3. PICASA
O
Picasa nunca teve um código fonte para o Linux, então porque ele entrou na lista? Bom, no começo eu achava que se tratava de uma versão do Picasa para o Linux quando eu baixei esse programa DIRETAMENTE do repositório do Linux Mint 17.2, o que eu usava a princípio.
Eu gostava do visualizador que vinha com ele e não o Picasa propriamente dito. O visualizador tinha uma aparência diferente dos demais visualizadores de imagem, pois era semitransparente. Ao migrar para o Slackware, conheci uma alternativa ao Visualizador de Imagem do Picasa, o PhotoQT. Pronto, abandonei o programa.
Depois foi que eu abri em um compactador o pacote DEB do Picasa que eu tinha baixado do repositório e vi que o pacote era improvisado com elementos do Wine. Enfim, seu suporte foi descontinuado pela equipe do google em 2019 mesmo para o Windows, graças a nova plataforma deles definida como Google Fotos.
Fonte: do Autor
Aqui você encontra os pacotes que eu mencionei do Linux Mint:
Fonte:
https://2.bp.blogspot.com/-FtZyt3sVnTQ/TwMEghYiQJI/AAAAAAAAHLs/ePZJlCeKdJk/s1600/picasa3.9-linux-share-google-plus.png
4. QUICKTIME 4 LINUX
Nem a Apple ficou de fora. Achei o source desse programa ainda quando usava o Mint 17 e estava testando distribuições como CentOS e Elementary. Esse eu não consegui instalar. E não foi para menos, pois se trata de uma versão bem "antigona" do QuickTime, só que para Linux.
O QuickTime vem sendo desenvolvido para o Apple. Diferente de outros reprodutores, ele vem com uma série de recursos extras para quem quiser comprar o Pro, mas isso nas últimas versões. Essa versão para o Linux nunca vi ninguém instalar na internet, se bem que até tentavam, dava de ver pelos fóruns.
Informações e o código do QuickTime 4 Linux podem ser encontradas nesses locais:
Fonte:
https://photos2.insidercdn.com/leopard-preview-media-8.jpg
5. XARA EXTREME
Bom, esse foi o último que eu achei e o que eu ainda uso hoje em dia. No Windows, ele é uma versão paga e leva o nome de Xara Photo & Graphics Designer. No entanto, a versão para o Linux é obsoleta desde 2006 e por isso não é tão completo quanto a versão para o Windows. Na verdade não deve de chegar nem perto, além disso, a versão que eu vinha usando era de 2013.
Ele é um editor de imagem vetorial e essa versão para o Linux possui o básico para se ter uma noção da facilidade do uso do programa. Na versão para o Windows, criei até umas imagens 3D com ele, só com os recursos que ele tinha sem usar colagem de outras imagens, só usando objetos 3D criados no próprio programa. A versão Para o Linux, por ser obsoleto, só consegui instalar a versão para o uso no Slackware 14.2 x64_86 com o uso do MultiLIB.
As versões para Linux ainda se encontram no próprio site:
Fonte: do Autor
CONCLUSÃO
É interessante fazer um levantamento de programas de empresas que já chegaram a desenvolver alguma coisa para o Linux. Note as empresas de software que estamos nos referindo, Adobe, Nero, Apple e Xara. São empresas que trabalham com produtos Pro e Premium, e que disponibilizam versões de avaliação de seus produtos no qual é necessário comprar suas licenças. Ainda assim, chegaram a investir parte de seus esforços, afim de conquistar usuários do mundo Linux também.
Concluindo, cada uma dessas empresas tiveram seus motivos para descontinuarem seus projetos para o Linux. Só nos resta buscar alternativas caso um desses programas de fato tinha utilidade para alguém e sempre esperar que melhores alternativas surgirão.