Apreendendo a utilizar o GNU Debugger (parte 2)

Neste artigo falarei de backtrace. O que é? Como usar? Pra que serve? Também explorei um pouco mais sobre breakpoints e alguns comandos para controlar o fluxo do programa em execução. Tudo isso no nosso depurador favorito, o GNU Debugger.

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Por: Ricardo Rodrigues Lucca em 24/09/2004 | Blog: http://aventurasdeumdevop.blogspot.com.br/


Backtrace, indo e vindo de funções



Bom, estamos chegando já no final do nosso conteúdo. Mas vamos dar uma olhada se temos algum "breakpoint" esquecido já criado.

(gdb) i b
Num Type           Disp Enb Address    What
3   breakpoint     keep y   0x080483ca in bla at teste.c:7
        breakpoint already hit 1 time

Opa! Temos um na linha 7, perfeito! Vamos deixá-lo aí para nossa explicação... reinicie a execução do programa com o comando "run" e confirme.

(gdb) run
The program being debugged has been started already.
Start it from the beginning? (y or n) y
Starting program: /home/rlucca/C/t/a.out

Breakpoint 3, bla () at teste.c:7
7               scanf(" %d", &x);

Ótimo, antes de iniciar a expôr o "backtrace", vamos falar do seu conceito. Conforme seu código vai chamando funções em funções, estas são postas em algum lugar que informa que a função tal chamou a X na linha Z. Do mesmo modo, se função X chamar a função Y na linha S esses dados também terão que ser guardados de um jeito que a maquina possa resgata-los sempre na ordem correta. Para isso, é utilizado uma pilha para guardar essas informações (origem, linha e destino digamos) e essa pilha é chamada de "backtrace"! Vejamos o exemplo:

(gdb) backtrace
#0 bla () at teste.c:7
#1 0x0804840e in main () at teste.c:14

Como havia explicado, o "backtrace" funciona como uma pilha. O conceito de funcionamento de uma pilha é "O ultimo que entra é o primeiro a sai". Por isto que a nossa "main()" é a última da lista, pois foi a primeira a ser chamada e, assim, deve ser sempre.

Do mesmo modo, que podemos abreviar comandos o "backtrace" pode ser abreviado para "bt". O "backtrace" também é conhecido como o comando "where" (abreviação: "whe"), pois informa a função que estamos atualmente como "#0".

Agora que já sabemos onde estamos no nosso programa podemos utilizar as funções "up" e "down" para ir e vir pelo "backtrace".

Vejamos um exemplo:

(gdb) p x
$1 = -1073743948
(gdb) up
#1  0x0804840e in main () at teste.c:14
14              bla();
(gdb) p x
No symbol "x" in current context.
(gdb) down
#0  bla () at teste.c:7
7               scanf(" %d", &x);
(gdb) p x
$2 = -1073743948
(gdb)

Antes do "up" estamos na função "bla" e, assim, conseguimos ter acesso a variável local "x" para imprimí-la. Mas quando realizamos o "up" passamos para a função "main" onde não existe "x". Por fim, voltamos para a função "bla" utilizando o comando "down" onde conseguimos imprimir o valor de "x".

Isso pode ser muito útil, pois em programas uma função chama outra com parâmetros específicos. Não pensando no pior, podemos voltar dá função com possível problema e ver se os parâmetros passados para ela estão corretos. Se estiverem começamos a depurar a função com problema realmente. :)

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Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. Fonte
   3. Continue e finish
   4. Mais breakpoints
   5. (un)display
   6. Backtrace, indo e vindo de funções
   7. Conclusão
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Comentários
[1] Comentário enviado por y2h4ck em 24/09/2004 - 10:30h

Como diram certos programadores, debbugar e uma arte que eu prefiro deixar a parte :D

Mas eu gosto de debbug ehehe sempre se encontra doces surpresas em cada
dissassemble :D

Maneiro o Artigo Jlluca..

abraços

[2] Comentário enviado por engos em 24/09/2004 - 13:13h

Nem da pra acreditar que foi você mesmo que fez o primeiro, esse ficou muito melhor! Nota 10!

Só uma coisa, segui seu artigo passo a passo e o "winheight" não funcionou comigo, onde digito isso e em que momento?

Ah, não achei que foi muita coisa para ser absorvida de uma única forma, até que achei o "básico", levando em consideração o assunto.

Parabéns pelo artigo!

[3] Comentário enviado por jllucca em 24/09/2004 - 13:23h

Aew, 'brigado pelos elogios y2h4ck e engos!

Sobre o "winheight" tava falando com o y2h4ck que em algumas maquinas que utilizo não achei ele(gdb 5.4). Deve ser porcausa das versões desatualizadas... Verifica se voce está com a versão 6.1.1, pois foi nessa que fiz o artigo :)

[]'s

[4] Comentário enviado por engos em 24/09/2004 - 17:20h

Infelizmente minha versão é a 5.3... :(

Mas é bom saber que atualizando tenho essa opção.

Valeu!

PS.: Não faço elogios, só falo a verdade como a vejo... :)

[5] Comentário enviado por macroney em 27/09/2004 - 14:40h

parabéns !
muito bom !!!

embora nem li tudo .......
mas vale ...

pô !, alguém conhece algum livro ou tem alguma apostila sobre Assembly , encontrei um em pt_BR , é novo, mas é muito superficial... eu acho ( embora nem programo em assembly) , Pois peguei uma apostila e me parece boa...

valeuz!

[6] Comentário enviado por wildtux em 16/01/2014 - 11:39h

Sei que o tópico é antigo. Mas mesmo assim parabéns pela iniciativa, está me ajudando muito a tirar algumas dúvidas, uso linux e gosto de usar também o cygwin.

Dica1: Pra quem ainda não se aventurou em Assembly, existem vários sites que ensinam sobre alguma coisa. Existem também alguns livros do autor Jon Erickson é só dar uma pesquisada.

Dica2: Pra quem quer debugar arquivos .exe no cygwin é só seguir o mesmo procedimento trocando o a.out pelo a.exe gerado no cygwin full.

Abraço ao jllucca, valeu cara! =D. Viva a comunidade, viva ao Linux!!!


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