Como já dito, a distribuição está disponível em live CD, não é obrigatório instalá-lo para poder utilizá-lo. No entanto o
BackTrack 3.0 tem vários softwares que se o usuário pode utilizar sem ser para fazer segurança. Existem softwares multimídia, office e pode-se instalar nele qualquer programa que necessite. Ou seja, pode-se fazer com ele as coisas normais que se pode fazer com uma distribuição normal, embora exija maior conhecimento de
Linux para isso.
O artigo, nesta parte, vai tratar da instalação da distribuição no HD (Hard Drive), para eliminar o uso de um CD para boot.
PS.: Antes de iniciarmos com a instalação, acho relevante informar que existe uma versão do BackTrack para
Slackware, que é instalada dentro da distribuição Slack. No entanto considero melhor solução instalar o BackTrack, ganha-se em vários aspectos, principalmente na performance e eficiência.
Adquirindo o Live CD
O Live CD do BackTrack pode ser baixado em:
download BackTrack
Faça boot a partir do Live CD.
Se for apenas utilizar para tirar as primeiras impressões do BT3, aconselho escolher o modo KDE Vesa, 3ª opção.
E se assim for, poderá saltar o resto deste capítulo e passar para o último.
Se pretende instalar o BT3 no seu computador, então vamos começar! ;)
A instalação do BT3 é feita de forma manual, não existe o escolher pacotes e deixar instalar. Ela é feita a partir da criação de uma imagem do CD-R que contém o Live CD para o disco. Ou seja, é como copiar o conteúdo do live CD para o disco.
Então vamos começar. No boot, a opção que deve escolher é o modo FLUX.
Ao chegar ao prompt do BackTrack para login, digite "root" (username) e "toor" (password).
Logo estará dentro do BT3 e podemos assim começar.
O primeiro passo será a criação das partições:
# fdisk /dev/sda
Pode ser que o nosso HD não seja sda, mas sim hda. Se for o caso, devera ser então:
# fdisk /dev/sda
Aqui foi feita a abertura do disco para podermos manusear as partições. A partir daqui o prompt é command (m for help:).
A seguir vamos criar as partições:
command (m for help:)
n
Ao digitar n e pressionar enter é pedido para escolher entre uma partição estendida e uma primária. Escolha p:
e extended
p primary partition (1-4):
p
Ao escolher p, será perguntado o número da partição. Vamos criar 3 partições, digite 1 e enter:
partition number (1-4):
1
A seguir é perguntado o tamanho da partição. Escolha 50MB. Os valores podem não ser iguais, mas não faz mal, escolha um tamanho qualquer.
Last cylinder or +size or +sizeM or +sizeK (1-456, default 456):
+50M
E pronto, criamos nossa primeira partição. Agora vamos criar as outras duas, não se esqueça, todas são primárias, os outros terão como partition number 2 e 3 respectivamente. O tamanho da segunda partição que é a nossa partição SWAP é de +512M. A última será o nosso root (/), que é a partição onde o sistema será instalado, deve ter pelo menos 5GB. Convém dar mais, e se quiser, não precisa especificar nada, assim o sistema vai usar todo o espaço restante.
Depois de seguir o passo acima por duas vezes mais para criar as três partições, agora vamos especificar a partição SWAP. Ao escolher t é pedido o número da partição que deseja especificar o tipo.
command (m for help:)
t
partition number (1-4):
2
O comando t serve para especificar o tipo de partição. A partição SWAP é 82. Para ter a certeza digite L e depois enter.
Por fim digite w. Isso serve para guardar as alterações no disco, ou seja, escrever no disco.
command (m for help:)
w
The partition table has been altered!
Calling ioctl() to re-read partition table.
Syncing disks.
OK, a primeira tarefa já foi concluída. Agora a tarefa é formatar o disco para que possamos colocar coisas dentro dele. Eu acho o formato ReiserFS o melhor, por isso é o que vou indicar aqui.
Então vamos formatar a partição que será o root (/).
# mkfs.reiserfs /dev/sda2
ou
# mkfs.reiserfs /dev/hda2
Este é o comando que precisa digitar para formatar a partição com formato reiserfs.
Pronto! Agora vamos as cópias. O que vamos fazer é quase copiar o Live CD para o disco.
Primeiro criamos um diretório (pasta) onde vamos colocar esses arquivos:
# mkdir /mnt/bt3
Acabamos de criar um diretório de nome bt3 dentro de /mnt.
Agora vamos montar, criar um diretório dentro de bt3 chamado boot e montar a partição SWAP lá.
# mount /dev/sda3 /mnt/bt3
# mkdir /mnt/bt3/boot/
Agora vamos copiar os diretórios para o disco. Não pode dar nenhum erro, copie igualzinho.
# cp --preserve -R /{bin,dev,home,pentest,root,usr,etc,lib,opt,sbin,var} /mnt/bt3/
É tudo na mesma linha.
Vamos criar mais uns diretórios que são necessários:
# mkdir /mnt/bt3/{mnt,proc,sys,tmp}
Depois vamos fazer umas coisas que são necessárias:
# mount --bind /dev/ /mnt/bt3/dev/
# mount -t proc proc /mnt/bt3/proc/
Agora vamos copiar o kernel para o diretório boot que tínhamos criado anteriormente:
# cp /boot/vmlinuz /mnt/bt3/boot/
No fim vamos configurar e instalar o LILO (LInux Loder) para servir de gerenciador de boot.
Vou fazer isto sem pensar em dual boot, depois vou fazer para dual boot, caso alguém tenha Windows ou outro Linux no computador.
Executa os seguintes comandos:
# chroot /mnt/bt3/ /bin/bash
# nano /etc/lilo.conf
Normalmente eu uso o editor joe, mas ele não vem no bt3, por isso uso o nano. Se se sentir mais a vontade use o vi.
O seu lilo deve parecer com isso:
PS: As linhas que tem # a frente não oferecem problemas, pois estão comentadas.
# Este é um LILO para computadores com apenas um SO
lba32
boot /dev/sda
prompt
timeout=60
change-rules
reset
vga=791 # isto não deve ser mudado, deve deixar o seu
image = /boot/vmlinuz
root = /dev/sda3
label = BackTrack3
Agora um LILO para sistema que tem Windows instalado:
lba32
boot /dev/sda
prompt
timeout=60
change-rules
reset
vga=791 # isto não deve ser mudado, deve deixar o seu
image = /boot/vmlinuz
root = /dev/hda3
label = BackTrack3
other = /dev/hda4
label = Windows
table = /dev/hda
Pronto! Se ocorrer algum problema com o nome dos discos, ou mesmo que não ocorra, verifique se o nome das partições estão como devem ser:
# fdisk -l
Pronto! Já está. Agora vamos instalar o LILO para que o computador possa reconhecê-lo no arranque.
# lilo -v
Agora digite exit para sair do modo chroot.
# exit
Uhh. Já está. Agora vamos reiniciar o sistema e esperar que ele inicie com sucesso. Ele vai ejetar o CD automaticamente. Tire o CD e deixe que ele reinicie, e reze... :()
# reboot
Considerações finais
O BackTrack3 Linux é muito útil para questões de segurança, tanto para defender quanto para atacar. O interessante do BackTrack é que ele não exige muita configuração e os softwares são ótimos. Por exemplo, para configurar a rede com IP fixo em Slackware, que é a distribuição que uso, edita-se o arquivo /etc/rc.d/rc.inet1.conf e depois inicia-se o serviço:
# /etc/rc.d/rc.inet1
Como o BT é muito parecido com o Slackware, pensei que funcionasse assim, mas aqui o arquivo a editar é o próprio rc.inet1.
Aconselho sinceramente que todos experimentem esta distribuição. Numa próxima oportunidade escreverei uma segunda edição deste artigo, mostrando algumas configurações e dando dicas de como utilizar os softwares do BackTrack.
Thanks a lot.
;)