Hipervisor
Num contexto básico, o
hipervisor é um mediador de interrupção de código de um hóspede a uma ISA, mas a pergunta é como ele faz isso. Quando um hóspede utiliza um sistema operacional diferente do hospedeiro, como ele traduz para entendimento do hospedeiro? Uma das soluções encontradas pelo
VMware por exemplo é o
prescan, diminuição prévia de todo o código que uma máquina virtual planeja executar, com isso você acaba perdendo um pouco o desempenho, a não ser que utilize uma solução como o
XEN, o qual necessita de um sistema operacional totalmente modificável, o que descarta o uso do Windows.
Outra solução que já está sendo buscada pelos fabricantes é tornar o hardware quanto mais compatível com essa tecnologia, fazendo o hipervisor capaz de controlar o acesso a dispositivos requisitados pelos hospedeiros, o IINTEL VT e o AMD V já possuem essa tecnologia que reconhece a hierarquia de virtualização nas suas operações (SIQUEIRA, Luciano, BRENDEL, Jens-Christoph, 2007).
Ferramenta Xen
O XEN foi originalmente desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa de Sistemas no Laboratório de Computação da Universidade de Cambridge, como parte do projeto XenoServers, fundado pelo UK-EPSRC.
Segundo
Jeans Christoph Brendel, O projeto XenoServer almeja proporcionar uma infra-estrutura global para computação distribuída. O Xen desempenha uma função chave nesse escopo, permitindo que uma única máquina seja eficientemente dividida para permitir que clientes independentes executem seus sistemas operacionais e aplicações dentro de um ambiente, este oferece proteção e isolamento de recursos.
Diferencial do Xen
Além de trabalhar com o sistema de hipervisor e para-virtualização, o XEN possui algumas características próprias que o diferenciam de outros sistemas de virtualização, são eles:
- Agendador - ele divide a carga entre os processadores existente.
- Proteção de carga de trabalho - é a transferência de hóspedes ativos de um host para outro sem interrupção do sistema (live migration).
- Perfil melhorado - o xenoprof, uma ferramenta especializada em gerenciamento de perfis para melhor visualização de evento no host.
- Virtualização de memória - um driver para-virtualizado faz o controle de acesso ao endereçamento de memória, o que diminui a carga do hipervisor tendo um ganho de desempenho.
- Novos discos rígidos virtuais - o Xen utiliza o driver Blktap para fazer a gravação dos dados e também o formato do arquivo raw file, que oferece uma vantagem, já que grava somente as alterações e junto com sistema de arquivo de cluster, o OCFS2 da Oracle torna possível um sistema de arquivos compartilhado mais veloz entre diferentes DomUs.
- Alta disponibilidade - um dos maiores desafios, tanto para servidores físicos quanto para máquinas virtualizadas. Normalmente a alta disponibilidade vem também com um custo muito elevado, pois teríamos que ter um servidor preparado para isso, ou seja, hardware preparado para isso e com isso agregava-se um valor muito alto. Com o Xen e o SuSE Entreprise Server 10 já podemos trabalhar em cluster com alta disponibilidade, pois se um nó falhar, passamos a outro, como mostra a figura abaixo.
Baseado no modelo do livro CARMONA, Tadeu. Virtualização, 2008
Conclusão
Existem vários tipos de virtualização e todos são excelentes para a alta disponibilidade, cabe a cada caso uma solução. É uma tecnologia que está em pleno desenvolvimento e a cada dia mais presente, cabe a cada interessado se interar do que se trata essa tecnologia e cabe a nós a divulgação do mesmo.