Quem gosta de Linux é chamado de comunista cibernético, porém quem gosta da Microsoft é apenas mais um comum. A discussão costuma ser quase religiosa, mas e o COMERCIAL e o SOCIAL onde entram nisso?
O que manda na escolha dos ambientes ainda são as grandes corporações
e estas ainda estão com seus windows nos desktops e contra isso não
podemos lutar, visto que elas pagaram por licenças de uso e querem tirar
o maior proveito disso. Existem algumas iniciativas solitárias de migração
para Open Office ou Linux, porém não podemos obrigar estas grandes empresas
que mandam no mercado a migrar de plataforma.
Devemos admitir que o conceito windows revolucionou o mercado de software e
se pararmos prá pensar isso cresceu de forma extremamente acelerada e
desordenada. Vocês devem se lembrar da época em que quando se comprava um
software se fazia a pergunta "Mas, este software roda em windows?". Bom, esse
crescimento descontrolado fez do windows uma grande colcha de retalhos, mas
justamente por ser user friendly ele conseguiu ganhar os computadores das
pessoas que possuem o conhecimento mínimo de informática. Quem tiver mais de
trinta anos com certeza já foi considerado um gênio, pois trabalhava com
informática e todo mundo sempre teve essa vontade de ser gênio. E exatamente
neste ponto o windows ganhou essas pessoas.
Hoje em dia os softwares já são produzidos e testados em laboratórios de
usabilidade, pois o comutador já faz parte da nossa realidade e as crianças
crescem usando computadores movidos por sistemas de janelas.
Eu gosto muito do Linux, e entendo que ele é um sistema que valoriza mais o
computador, isto é, podemos rodá-lo com uma boa performance em um P233 e
também concordo que a Microsoft quer ganhar e prá isso precisa vender e por
sua vez precisa do apoio dos fabricantes de hardware que querem sempre lançar
novidades e todos nós sabemos que novidades custam caro.
Agora vamos analisar a plataforma de servidor. Nos data centers a situação é
diferente, pois as grandes corporações enxergaram no Linux uma solução perfeita
para soluções Internet, tendo em visto o custo x benefício x desempenho, sendo
assim podemos considerar que todas as grandes empresas já possuem pelo menos
um servidor Linux.
Enquanto visitava um cliente na semana passada, uma grande seguradora, pude
observar que lá o Linux já avançou a barreira do servidor web e também está
tomando o lugar dos File Servers com o samba. Se utilizarmos a regra do
custo x benefício x desempenho o Linux é excelente também como um file
server.
Poxa, eu escrevi um monte de coisas prá justificar a péssima divisão de mercado
falando do windows, e tão pouco sobre o Linux... Eu quero chegar no seguinte
ponto: O Linux esta ganhando força dentro dos data centers, então nós
programadores e fuçadores que gostamos do Linux temos que apoiar esta iniciativa
natural, pois se os data centers forem linux, quem produz softwares para servidores
também precisará do linux e ai se criará um novo ciclo de reciclagem de sistemas
operacionais e plataformas de desenvolvimento.
Tenho um conhecido que participa de um projeto chamado Meta Reciclagem, é uma
iniciativa para reclicar computadores antigos com Linux e doá-los à pessoas
carentes, tá ai uma forma de desenvolvermos uma nova geração de "Linuxers", que
podem se tornar desenvolvedores e usuários do Linux. Talvez o maior trunfo do
Linux seja o fator [inclusão digital] e a discussão devesse tomar este ponto de
vista e não o de qual tem mais bugs, vulnerabilidades, um é pago, outro é free.
[2] Comentário enviado por pprado em 24/04/2003 - 11:50h
Concordo com a visao do celso,Mas nao podemos esquecer que foi o bom e velho Windows que fez a informatizacao chegar aos niveis de hoje.
( criando uma forma de trabalho/diversao como se fosse um aparelho de tv. liga,clica e consegue fazer algo)
Mas acho que o FREE e o futuro. Aplicativos sempre sendo modernizados
e tecnologia ao alcance de TODOS.
[3] Comentário enviado por Oki em 24/04/2003 - 22:30h
Os fabricantes de hardware não adoram o Linux pelo fato de que o Linux é um tipo de sistema que não necessita de tanta invação quanto a indústria do hardware quer para lançar novos produtos e vender mais, entretanto alguns fabricantes estão optando pelo Linux para poder vender computadores populares. Vale ressaltar que a Metron está vendendo no submarino um computador com Linux que custa 2/3 do mesmo modelo com windows.
[4] Comentário enviado por Oki em 24/04/2003 - 22:33h
pprado,
Não se pode tirar o mérito do windows quanto à inovação, mas o problema é que atualmente a Microsoft precisa lançar um novo modelo de windows a cada dois anos para sustentar a própria Microsoft e também a indústria de hardware que precisa de novos lançamentos. É um ciclo vicioso complicado de ser desfeito ou então remodelado.
[6] Comentário enviado por faiper em 02/12/2003 - 16:18h
As empresas de software proprietario, como a microsoft, não atacam o usuario pirata domestico pois sabe que esse seria o seu fim. Imaginem um processo da Microsoft similar ao que aconteceu com usuarios do Kazaa, que foram processados pelas gravadoras, bastou anunciar que aqui no braZil foram processadas 100 mil pessoas, por uso de windows pirata em casa, teria nego jogando HD pela janela e queimando O Cd pirata para não ser processado.
Mas e ai ? O Computador de 2 mil reais ia ficar paradão ? Negativo, a grande maioria iria adotar Software livre e como ficaria a Microsoft assim ? Pois se o pessoal aprender a usar linux em casa, vai ficar muito mais facil para o empressário diz Adeus Microsoft, adeus milhares de reais em software proprietario, ALO LINUX =], Bonito ne esse negocio de softwaRRe LIvre, hehehe.
Alguem aqui acha que quando da um Update, ou até simplesmente conecta a internet, a Microsoft não sabe que vc é um piratão. Claro que sabe, mas prefere pegar leve ao jogar pesado, como fez a industria da musica.
Só queria dizer isso =]
OKI ficou muito bom seu artigo, pensei até em chutar o pau da barraca e apagar meu XP hehehehe .
[7] Comentário enviado por facundo em 04/03/2004 - 02:30h
Um grande fator para empresas manterem seus windows é que a maioria dos funcionários já vem treinados, muita gente paga pelos cursos de windows, word, excel, isso dar custo zero de treinamento para as empresas. se conseguirmos fazer com que os softwares livres entrem neste patamar, com certeza será dificíl para os softwares proprieários competirem
[8] Comentário enviado por ninoxande em 22/05/2004 - 21:20h
Pessoal, lendo estes comentários eu pensei que os profissionais Linux que também trabalham como professores em escolas onde se ensina Windows, Office, Manutenção, Redes, etc, poderiam oferecer gratuitamente um módulo final sobre Linux. Poderia ser uma introdução, uma visão geral, ou qualquer coisa desse tipo. Seria apenas para dar uma iniciação ao sistema.
[10] Comentário enviado por removido em 18/10/2004 - 17:28h
Parabéns pelo artigo! Somente pra lembrar que onde você usou:
Um é pago o outro é free! Devemos sempre lembrar que é free como em Freedom (liberdade). Evite dizer que é free (grátis). A tradução para o português já corrige isso. Free Software - Software livre.
Lembrem sempre que é livre mas não é grátis...
O linux é um modelo de negócios inovador e até outro dia em um artigo que escrevi para a minha pós-graduação em linux (isso existe) na UFLA eu afirmava que o software livre é um novo tipo de Bem dentro do sistema capitalista. Voce não cobra diretamente por ele mas pela consultoria que fornece ao usuario. Na verdade a licenca microsoft também é isso, mas poucas pessoas sabem!! :)
[11] Comentário enviado por netzero em 03/01/2005 - 00:41h
Eu acho importante, socialmente falando, a utilização do Software Livre, pois o seu foco é a infra-estrutura básica: Sistemas Operacionals, Linguagens de Programação, Editores de texto, planilhas, etc.
Os softwares proprietarios sempre vão existir:
Programas específicos tender a ser proprietários.
Todos os programadores que escrevem código livre que conheco sempre programaram e vão continuar programando softwares proprietários paralelamente. Não estão morrendo de fome.
Sobre o aspecto da qualidade do software eu pergunto: quem tem mais bugs? o IIS (proprietário), ou o Apache (free)?
Quem desta enorme lista de comentários usa o office com a devida licença, maquina-a-maquina? Eu pessoalmente não conheco nenhuma grande inovação desde o lançamento do "MS office 97" que justifique pagar quantia tão alta por esse produto: ele continua formatando texto e imprimindo na impressora. Por causa desses absurdos é que temos hoje softwares como Open Office.
[12] Comentário enviado por jsantana em 10/03/2006 - 21:56h
As abordagens sobre o presente e o futuro do Linux e de Software Livre em geral são polêmicas e vastas de opiniões tendênciosas. O software livre ainda é e vai ser durante algum tempo o SO para servidores ou para aplicações impares dentro de um ambiente onde situações especiais e com "custo diferenciado". É notório o crescimento do movimento de software livre, mas ainda em doses homeopáticas se comparadas a base instalada de softwares comerciais. Quando falamos em projetos governamentais, surge a pergunta: "Será que os próximos governantes serão a favor dos projetos vigentes ou serão seduzidos pela indústria de softwares comerciais?". O linux ainda esbarra em outro problema, a diversidade. Ela que é tão aclamada pela possibilidade de moldagem a situações e gosto dos linuxistas, acaba trazendo dificuldades para o usuário final que não conhece o buraco negro das linhas de comando, para compilar pacotes ou configurar scripts e arquivos de configuração na unha, ou até mesmo configurar em ambiente gráfico, já que cada distro adota sua ferramenta de configuração. Como implementar centros de ensino de linux em que você aprende com uma determinada distro, depois chega em casa, na faculdade ou até mesmo no trabalho em meio a processos de migração e as ferramentas para instalar ou configurar um software são completamentes diferentes, ou as pastas são diferentes entre distros e se torna muito mais difícil para as instalações. O LSB está aí andando a passos de tartaruga, engatado por algumas distros tentando rebocar o linux para a terra da coerência. Ela que não é muito vista no mundo dos SO. O linux é conhecido como um sistema livre, e portanto sem custo significativos de aquisição, mas com mão-de-obra com valores assustadores. Enquanto o seu "arque-rival" é mencionado como um sistema com custo de aquisição alto, porém com custo de serviço aceitável já que a concorrência, já que muito conhecem, faz com que seu valor seja maleável ou até mesmo nulo já que existem profissionais em suas corporações que podem realizar. Me despeço com dois ditados:
Windows: "Toda unanimidade é burra".
Linux: "Em panela em que muitos mexem, ou sai salgado ou sem tempero".
[13] Comentário enviado por fernandobatista em 24/06/2006 - 18:14h
Nós, usuário Windows, é que somo muito preguiçosos. Esse negócio de janelas, plug-and-play e outras facilidades no Windows, foram muito importantes para o desenvolvimento da informática. Muitas distribuições Linux são complexas para instalar, não rodam aquele programa que eu uso, e muitas vezes não tem softwares comerciais. Literatura e escolar é complexo (sem falar que moro no interior) e os artigos pela internet muitas vezes não se aprofundam sobre um assunto. Eu mesmo estou engatinhando no Linux, tinha o CL9 e passei para o Mandriva 2006 Free. Sem sombra de dúvida o ambiente gráfico ficou muito melhor o já agradaria até minha mulher (que só uso Windows). O que temos como já falaram nos comentários acima, é mudar a cultura digital das pessoas, mas também os desenvolvedores Linux melhorarem suas distribuições criando opções mais fáceis para os leigos e fornecer mais informações para quem precisa. A criação de centro de ensino Linux é maravilhoso para o desenvoldo da comunidade, mas precisamos de suporte posterior para dar continuidade a essa tendência. Muitos colegas meus nem sabiam que era o Linux, já meu filho de 3 anos quando estou no XP pede para por o jogo do Tux pra ele. Enfim tudo é questão de cultura.
Fernando Vicente Batista
Luis Eduardo Magalhães-BA
Linux é Linux e ponto.