O Kurumin 4.0 agradou-me pela aparência por ser tão diferente do Windows, mas decepcionava em várias coisas. Uma delas foi a instalação de programas pelo ícone mágico, que aborrecia-me bastante. Mas antes de perder tempo com isso, fui conhecendo o sistema melhor, tudo pela interface gráfica e gostei muito, principalmente pela modificação da aparência sem necessidades de softwares de terceiros.
De fato, confesso que apenas estava gostando do
Linux 10%, pois ainda não satisfazia minhas necessidades. Como o Windows XP estava tudo bonitinho, não pensava em migrar assim tão rápido, pois o Linux precisava amadurecer. Por isso, no Kurumin, fazia apenas trabalhos básicos e modificações de visual.
Tempos depois decidi comprar livro e encontrei na livraria "Kurumin Linux - Desvendando Seus Segredos". Li profundamente e com ânsia de aprender mais, e descobri muitas coisas, principalmente em relação a instalação de programas pelos ícones mágicos que necessitava de internet -, o que não sabia. Decidi mudar para a versão 5.1, e mais coisas fui aprendendo, mas não conseguia configurar a internet discada, pois na época não possuía banda larga. Já quebrei a cabeça por não ter conseguido configurar meu modem LM I56N DA LG pelos drivers que acompanhava no Kurumin, mas só consegui quando soube que um colega estava precisando de dinheiro e necessitava vender seu modem HSF Conexant. Baixei o driver do modem e no Kurumin 5.1 funcionou beleza. Após isso, migrei para a versão 6.0 e o modem continuava funcionando perfeitamente.
Outro dia decidi instalar o Conectiva 10. Neste sistema, o primeiro erro foi devido ao Grub não ter carregado corretamente e reinstalei-o, dando certo em seguida. Gostei também do Conectiva 10 por apresentar melhor aparência e recursos que o Kurumin. Além disso, como estava iniciando no Linux, tive uma tremenda dor de cabeça para retirar o CD no drive quando utilizava o Kurumin e não sabia que o CD ficava preso; fui saber após pesquisa e leitura. No Conectiva 10 foi facilidade -, basta ejetar o CD e nada mais.
Alguns dias depois vi na banca uma revista que falava de Slackware 10. Comprei e instalei. Fiquei surpreso pelo sistema deixar-me na mão, pois no Slackware tudo é feito manualmente -, eu possuía as ferramentas, mas não sabia usá-las. A instalação procedeu sem problemas e o Gerenciador de Boot - Lilo - mostrou o Windows XP, mas não exibiu a partição para que eu pudesse acessar os arquivos como fazia no Kurumin. Decidi reinstalar e o segredo estava em adicionar ao arquivo /etc/fstab a partição hda1, onde o Windows XP estava instalado, durante a instalação; foi desta forma que procedi, a não ser que tenha alguém que saiba fazer isso após a instalação no HD.
Também experimentei o Mandriva 2006 FREE. Muito boa a interface e extremamente simples de trabalhar, além da poderosa ferramenta de detecção de hardware. A instalação procedeu sem a menor dificuldade.
O SuSE Linux 10 foi uma tremenda decepção após instalá-lo no HD. Ao reiniciar o micro, todo o processo de detecção de hardware e habilitação de serviços procedeu da forma normal, mas ao iniciar o X, a tela ficava toda preta com o símbolo de "Hz" flutuando. Após diversas tentativas e nada feito, pela última vez, decidi reinstalar (pois ainda não conhecia o caminho melhor de resolver este problema, na época) e optei pela seleção de um outro monitor no final da instalação, ao invés daquele que foi detectado pelo próprio SuSE -, e funcionou bem, restando ainda corrigir as tarjas pretas nos cantos da tela. Ainda há muito que detalhar todo o processo que passei com as diversas distros, mas preferi resumir para não estender demais este artigo.