Minimalismo em ambientes gráficos

Hoje em dia temos ambientes desktop bons. Mas apesar de toda beleza que alguns implementam, será que estamos sabendo analisar de verdade, quando se trata de praticidade aliada a beleza das inovações que os ambientes trazem? E a simplicidade... não conta? Leia o artigo e dê sua opinião.

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Por: Perfil removido em 19/03/2010


Introdução



Este artigo pretende ser um esboço, um resumo da minha ideia. E quero agradecer a todos que venham a criticá-lo futuramente.

No decorrer do artigo não irei dizer como deixar o seu Desktop Environment simples, mas tentarei deixar uma mensagem que possa ajudar a você, analisar de forma concisa.

Agora, vamos ao artigo ;-).

O Minimalismo

A palavra minimalismo se refere a uma série de movimentos artísticos e culturais que percorreram diversos momentos do século XX e que preocuparam-se em se exprimir através de seus mais fundamentais elementos, especialmente nas artes visuais, no design, na música e na própria tecnologia.

- Wikipédia, a enciclopédia livre.

Bom, não pretendo dar uma aula de artes e muito menos de filosofia, mas quero expressar a minha opinião ao ponto de trazer um pouco da minha visão.

Hoje em dia vemos grandes avanços na área de informática. Se você pensou que em hardware e software, está certo, mas só um manteve a simplicidade no decorrer da sua história. O hardware, apesar das mudanças que sofreu no último século, mudou muito pouco.

Da válvula até os chips miniaturizados, mudou bastante coisa. Mas foi uma mudança gradual e importante que teve, que se você pegar uma placa mãe ATX atual e pegar uma placa mãe feita nos anos 80, vai notar que há uma diferença de tamanho ou até mesmo de arquitetura, mas o minimalismo sempre esteve ali.

A maneira de se escrever software também não mudou muito. Mas houveram mudanças em GUI (Graphic User Interface) que fizeram com que isso despertasse bastante ideias nas cabeças de desenvolvedores e atraísse usuários para o ramo de informática.

As mudanças de alguma forma também trouxeram a negligência, quando se trata de performance* e usabilidade.

Como o minimalismo pode ajudar nas interfaces gráficas?

Fazendo temas, menus, layouts e entre outras coisas que possa tornar a usabilidade mais agradável tanto ao usuário guru*, como também ao usuário que vem do Windows ou do Mac Os X.

Quanto mais organizado, objetivo e simples for o software, mais amigável e usável ele será.

Tamanha a importância que se deve ao fazer uma interface gráfica que ontem eu estava lendo uma matéria na revista Galileu de novembro de 1998 sobre inteligência artificial, e a matéria diz que o ser humano gasta menos de 1% da capacidade cerebral quando se trata de jogar Xadrez. Mas que por incrível que pareça, a atividade que gasta para processar a visão chega um terço do cérebro humano.

Tamanha a importância da visão para o ser humano que é uma dos problemas mais intrigantes da inteligência artificial, que na própria matéria conta que um carro estava sendo montado para trafegar sem motorista e um dos problemas principais é que antes ele devia aprender o que é uma estrada e o que não é.

Em alguns testes o carro se saiu muito bem sem sair da estrada, mas em um belo dia ensolarado ele se chocou contra uma árvore, então os engenheiros responsáveis pelo projeto descobriram que o carro não tinha aprendido "o que é uma estrada" e sim "o que é escuro". Assim quando eles faziam o teste de tarde, havia sombra na pista e nesse dia somente havia sombra na árvore. Então, o carro foi direto para árvore. ;-)

Depois que eu li o artigo, pude constatar que tamanha importância a nossa visão tem... e ainda mais quando se trata de software.

E para utilizar o software de uma maneira mais prática, nada mais que aplicando um pouco de minimalismo.

* Com a evolução do hardware, não há mal algum o software usar toda potência que o hardware possa oferecer, mas a maioria dos desenvolvedores de interfaces gráficas estão esquecendo de coisas importantes como a performance e a usabilidade.

* Guru é um termo quando se trata de usuários avançado.

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Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. Ambientes gráficos
   3. Aplicando um pouco de simplicidade em nosso desktop
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Comentários
[1] Comentário enviado por eldermarco em 19/03/2010 - 11:59h

E que se entenda que quando se fala em simples, não está se falando em fácil. Usar um fluxbox, por exemplo, não é fácil para um usuário não habituado com uma linha de comando. Além do mais, demora até o usuário deixar os menus bem organizados, entender como funcionam os arquivos de configuração e até mesmo se acostumar com outros emuladores de terminal. Nem sempre é interessante ficar chamando programas por terminal. Eu mesmo me incomodo com algunas programas chatos que ficam enviando saídas para o terminal e atrapalhando a minhas outras tarefas! =)

Eu passei um tempo usando o fluxbox, mas acabei voltando para o GNOME por achar que me faltavam algumas ferramentas que o GNOME proporcionava (agora não me lembro mais o que era... :s) . De qualquer maneira, sinto saudades de voltar para esse ambiente pela leveza do mesmo. Não tanto pela aparência porque acho o GNOME mais bonito ;)

Assim que tiver um tempo, irei ver isso.

ótimo artigo! =]

[2] Comentário enviado por demoncyber em 19/03/2010 - 12:15h

Olá,

Primeiramente parabéns pelo artigo ficou muito bom!!!

Eu atualmente uso fluxbox em casa e kde 4 no trabalho, na verdade não faz muita diferença o ambiente que uso :) pois nem barra de tarefas apareci ela sempre está oculta, e basicamente só uso alt+f2 e mando abrir os programas que gosto, os quais são personalizados com o minimo de botões na tela para que ela não fique poluida. E no fim de contas usamos mais os programas não os ambientes gráficos. Muitas vezes são gastos muito tempo com flame wars ... eu gosto de tal time de futebol a o outro gosta do outro e o eterno blah blah q não leva a lugar nenhum, o imrpotante é lembrar que todos jogam o mesmo jogo .

Eu pessoalmente tenho uma grande preferência por simplicidade e não sou muito fã de minimalismo, mas cada um tem seu gosto ...

Abraços

[3] Comentário enviado por albfneto em 19/03/2010 - 13:58h

olha, eu gosto de todos os ambientes gráficos, e uso todos.

mas quando atualizo o sistema ou faço muito cálculo, uso um fluxbox muito simples...

Mas tenho um artigo aqui no VOL, sôbre todos os ambientes gráficos menos comuns

mas as distros minimalistas, são muito úteis em micros pequenos, ou quando quer ter muito processamento.
alguns ambientes intermediários, como LXDE e XFCE são leves, também....
tudo depende do que quer...

por exemplo, KDE 4 é pesadão e bonito, mas para o trabalho, o GNOME é mais PRÀTICO, porque mais intuitivo, não necessáriamente mais SIMPLES... O GNOME é o ambiente gráfico onde acho mais fácil achar as coisas. GNOME é o que prá mim, tem maior usabilidade, e não necessáriamente é simples...

Porque usabilidade é facilidade também, por exemplo, uma coisa e copiar 3 arquivos com comandos... outra é copiar 75 arquivos, pra fazer isso sem usar gerenciador de arquivos dá um trabalhão!
portanto recursos gráficos, também podem ser usabilidade!

Por isso Linux é legal, vc pode usar tudo o que quiser! os Win, não, são todos iguais!

o que acontece é que... se vc tem uma belíssima NVIDIA poderosa, por que não usar Compiz, Looking Glass, E17 e tudo o que tem direito?

os ambientes gráficos do Linux são tão bonitos e sofisticados, que é pena não usar.

[4] Comentário enviado por removido em 19/03/2010 - 14:01h

Há muitas maneiras de trabalhar, de estudar e se divertir. Os ambientes ou interfaces escolhidas pelos usuários devem ser baseadas no hardware que cada um possui. Máquinas antigas e novas, potentes ou não, seu proprietário deve ter discernimento para obter eficiência de seu equipamento, busque ele trabalho, estudo ou diversão.

Meu hard, por exemplo, adquiri-o pensando em adequar tudo isso junto. Rodo aplicativos pesados, toco música ao mesmo tempo, vários desks abertos, downloads e não contente, ainda tenho interface incrementada com monitores de sistema, compiz ativo e lá vai.
E tudo sem o menor problema, sem travamentos. Observem meus screenshots postados.

Sem perder tempo com flame wars, se eu fosse executar tudo isso num windows, já sabem no que daria né?
É bom conhecermos os limites de nossas máquinas. Como saberíamos escolher, decidir?
Deve haver prazer em frente ao desk. Jean, você citou que houve pouca evolução na arquitetura dos equipamentos, você reparou no designer desses equipamentos? Não tenho todo o conhecimento por você demonstrado, suas pesquisas e seu cabedelo, mas as diferenças de escolha é que move os criadores da comunidade, engenheiros e designers.

Todos devemos aprender, discenir e ser realista com o que temos.

Parabéns, é um bom artigo!

[5] Comentário enviado por removido em 19/03/2010 - 22:24h

Obrigado, pelos comentários e me desculpem por não proporcionar um artigo melhor a comunidade.

Eu mesmo uso o GNOME no Arch, mas eu deixei ele bem simples. Somente com uma barra.

Mas eu comecei a perceber de que alguma forma o GNOME não foi feito para ter somente uma barra (e ainda mais inferior). Então eu estou pensando deixa-lo como ele por padrão ;-).

Abraço. :D

[6] Comentário enviado por removido em 19/03/2010 - 22:34h

Ultimamente eu tenho testados alguns DEs (Desktop Environment) e WM (Window Managers) e percebi que apesar de uma customização, eles tem de alguma forma
um look and feel, próprio.

Exemplo:

O GNOME (o DE que eu uso) por padrão vem com os 2 paineis (um superior e outro inferior). E quase impossivel imaginar ele de outra forma, tanto que eu estou usando
somente uma barra (inferior) e vejo de que alguma forma não "encaixa".

Assim acontece com o KDE, é quase impossivel ver ele igual ao GNOME (Com um painel superior e outra inferior - eu ao menos não consigo imaginar).

É lógico que o DE foi concebido para ser de uma maneira, mas será que eles não são um pouco limitados quando se trata de uma certa customização?


[7] Comentário enviado por removido em 19/03/2010 - 23:15h

Tem procedência sua indagação. Particularmente, não gosto de dois painéis, padrão do Gnome, então oque fiz? Como a barra do Gnome não alarga sem alargar também os ícones, acrescentei duas barras, duas inferiores, veja: http://www.vivaolinux.com.br/screenshot/Gnome-Black-Ubuntu-1/, eu não conheço, no Gnome, outra maneira de agrupar os ícones de meus usuais aplicativos, sem deixá-los muitos grandes ao alargar a barra. Se houver, por favor, me ensine.

Taí cara! Você me despertou uma dúvida interessante: como é o comportamento do Gnome e do KDE em diferentes distros?

Você usa o Gnome no Arch, eu no Ubuntu (desktop). Como poderíamos comparar?
Uma vez instalei o KDE no Ubuntu e não percebi diferença de performance. Só desinstalei por gosto mesmo, prefiro o Gnome.


Até mais!!!

[8] Comentário enviado por elvanineto em 20/03/2010 - 08:34h

Primeiramente parabéns pelo artigo!

Você abordou de forma bem clara a teoria do assunto e citou exemplos de forma que possa levar a pessoa a pensar melhor sobre o uso de seus desktops. Eu particularmente também adoto essa idéia de minimalismo. Em casa sempre usei Fluxbox bem configurado pra deixar de forma simples o acesso apenas das ferramentas que eu mais utilizo.

No trabalho não uso interface gráfica pro Linux. Trabalho em uma estação rWindows e acesso via ssh os servidores. Vejo o uso de interfaces gráficas como o uso de roupas. É bem pessoal. Cada um gosta de uma cor, de um detalhe ou um estilo de moda diferente. No linux isso é possível, você personaliza sua distribuição da forma que você desejar.

É por isso que eu gosto desse pinguim! :)

[9] Comentário enviado por removido em 20/03/2010 - 18:22h

@Izaias, seu screenshot tá muito legal. O GNOME no Arch, não é tão cheia como no Ubuntu... pelo menos esse é o meu ponto de vista.

[10] Comentário enviado por Teixeira em 20/03/2010 - 19:24h

O colega ENeto definiu bem: Uma interface gráfica é como uma "roupa".
E como gosto não se discute, cada um de nós usuários GNU/Linux veste seu desktop segundo sua vontade, e não segundo a vontade de terceiros.
No tocante ao Basic Linux, o Busybox + JWM propiciam um ambiente que pode ir do mais discreto possível ao mais tropicalista imaginável.
A ausência de ícones é substituída por um bom menu principal. No entanto, no Big Linux acho que uns iconezinhos vão muito bem.
Mas acho que cada um deve ter cuidado para não usar roupas que lembrem as do comediante Falcão...


[11] Comentário enviado por joaocagnoni em 22/03/2010 - 09:59h

O Linux pra mim é como uma linda estrada que possui um grande buraco no seu centro. Ela é linda, boa de trafegar, mas quando você mais precisa acaba ficando na mão.

[12] Comentário enviado por removido em 22/03/2010 - 22:43h

??

[13] Comentário enviado por removido em 27/03/2010 - 18:32h

Acho que uma solução extremamente viável para manter um certo simplismo nos DE mais comuns é aumentar suas modularidades, à exemplo do que o Arch faz. Assim, o usuário pode facilmente costumizar seu DE preferido, tendo apenas aquilo que ele quer e precisa, sem gastar memória e HD com serviços e aplicativos desnecessários.


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