8.1. Antes de começar
É importante destacar, antes de começar esta seção, que todas as opiniões expostas aqui são do autor. Muitos irão discordar do que será dito aqui e outros acharão a inclusão desta seção uma coisa ruim, pois pode influenciar muitos usuários. Apesar disso, o autor acha interessante a inclusão desta seção, pois pode trazer muitos questionamentos a alguns leitores.
8.2. Live-CDs
Como exposto anteriormente neste mesmo artigo, o conceito básico de um Live-CD é que são distros que rodam direto do CD, sem necessidade de instalação. De fato, todas estas distros (como o Kurumin, GoblinX, Knoppix e etc.) são desenvolvidas para serem executadas sem a necessidade de se instalá-las no HD. Contudo, há a possibilidade de se instalá-las no HD e usá-las como uma outra distro qualquer (pelo menos o Kurumin funciona assim).
Caro leitor, estas distros NÃO foram desenvolvidas para se instalar no HD, então não é recomendável que isto seja feito. Há muitas distros que foram desenvolvidas para serem instaladas e estas sim devem ser utilizadas para este fim.
É obvio que há muitas aplicações para os Live-CDs, como utilização para fins de experiência (para se ter um primeiro contato com o
GNU/Linux); para apresentações (uma apresentação feita em GNU/Linux será utilizada em um computador com Windows - leve um Live-CD e utilize-o); manutenção do sistema (o sistema não inicializa mais - dê o boot por um Live-CD e corrija o problema). Enfim, existem várias aplicações para distros deste tipo, sem que haja a necessidade de se instalá-las. Por isso o autor não considera uma boa idéia utilizar um Live-CD como uma distribuição regular.
8.3. Gentoo
Gentoo
Linux é uma distro relativamente nova e com um conceito de gerenciador de pacotes muito diferente das outras distros. Ela vem ganhando muito espaço e sua comunidade contribui bastante para o seu desenvolvimento. A comunidade brasileira do Gentoo não deixa nada a desejar para outras comunidades de distros mais famosas, tendo traduzido grande parte da documentação do Gentoo em um tempo relativamente pequeno.
Quem procura uma distribuição nova, que usa conceitos diferentes; quem gosta de compilar programas e ter controle sobre tudo o que está instalado no sistema pode usar o Gentoo, pois vai gostar. Apesar disso, o autor recomenda o Gentoo para usuários com alguma experiência em GNU/Linux, especificamente na instalação do sistema e na instalação de pacotes.
8.4. Slackware
A Slackware é uma distro um pouco diferente da maioria, no que diz respeito ao seu desenvolvimento. Enquanto que na consagrada Debian a comunidade decide o "caminho" da distro democraticamente, na Slackware quem faz isto é o senhor Patrick. De fato ele mesmo trabalha no desenvolvimento da distro e não cobra nada por isso, mesmo que às vezes convoque algumas pessoas para ajudá-lo; e isto é louvável.
Na opinião do autor, o fato de uma pessoa centralizar as tomadas de decisões em uma distro é prejudicial para a própria distro, que não possui uma comunidade tão ativa e tão forte como as comunidades de outras distros. Esta é uma das razões que levaram a Slackware a ser considerada uma distro onde a compilação é obrigatória. Não existem tantas pessoas, como na Debian, por exemplo, desenvolvendo pacotes para a Slackware, o que obriga os seus usuários a baixar códigos-fonte para compilar. Na verdade, existem sites, como o Linux Packages [LinuxPackages (2006)], que disponibilizam pacotes de muitos programas para a Slackware, mas não são pacotes oficiais da distro, com o seu "selo de garantia".
O autor deste artigo começou no GNU/Linux com a Slackware, e o fato que o levou a deixar esta distro, foi justamente a sua forma de desenvolvimento centrada numa só pessoa.
Quanto à instalação, a Slackware é bastante "cru", não entregando o sistema tão configurado como a SuSE, por exemplo. Por isto, o autor a recomenda para quem está começando com GNU/Linux e quer aprender a configurar o sistema, ou quer um sistema mais parecido com o Unix. A Slackware também é recomendada para computadores mais antigos, justamente pelo fato de não ter tantas configurações especiais por padrão. Assim, fica a cargo do usuário, configurar o sistema.
8.5. Red Hat (Fedora Core)
Um sistema bem tranqüilo. Trabalha bem em desktops, pois possui um ótimo gerenciador de pacotes, tem uma comunidade grande e reconhece grande parte dos hardwares encontrados. Quem quer instalar um GNU/Linux com estas características, pode usar esta distro sem medo.
8.6. Debian
Para a turma da Debian, a palavra Liberdade é tudo. Seu sistema de desenvolvimento é único, democrático e funcional. Isto garante a qualidade desta distro. Sua comunidade é espetacular e já foi, inclusive, tema de mestrado nos EUA.
Possui um excelente gerenciador de pacotes, que é o DPKG e o seu APT garante a facilidade, precisão e agilidade na administração de sistemas (o APT conta, inclusive, com duas interfaces distintas - em modo texto tem-se o Aptitude e em modo gráfico, o Synaptic).
Como Liberdade é tudo para a Debian, esta distro não admite qualquer código proprietário, levando bem a sério o termo Software Livre. Pela grandiosidade de sua comunidade, novos usuários serão sempre bem amparados ao começar nela. Assim, se não conseguir configurar um modem na Debian, por exemplo, basta entrar em alguma comunidade de utilizadores ou em algum site de busca e postar a dúvida, que muito provavelmente alguém ajudará de forma clara e correta.