SystemRescueCd - Corrigindo o sistema e recuperando dados

SystemRescueCd é um LiveCD Linux para reparos em sistemas e recuperação de dados perdidos com a proposta de ser fácil em realizar tarefas administrativas, como criar e editar partições no disco rígido. Pode salvar sua pele na hora certa!

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Por: Juliao Junior em 28/09/2008


Brinde: usando um DVD+R(W)



Esta página é um tipo de "brinde", algo extra: vamos mostrar como usar um DVD+R(W) no SystemRescueCd. Isto por vezes pode ser necessário, pois o SystemRescueCd é um sistema voltado para recuperação/restauração. Portanto, tarefas como backup podem ser comuns.

Aqui veremos como queimar um DVD de dentro do livecd. Isto permite queimar o DVD sem fazer primeiro uma cópia dos dados no disco rígido. Isto será preciso, por exemplo, se usarmos o Partimage, pois ele não grava no CD/DVD: é preciso primeiro salvar uma imagem no disco rígido para depois gravar a imagem na mídia. Mas usando o que veremos aqui, não será preciso usar espaço livre no hd. O procedimento funcionará com mídias DVD+RW.

Primeiro Passo: boot correto

Muitos computadores possuem apenas um drive de CD/DVD. Se é o seu caso, você provavelmente fará o boot da máquina usando esse drive e terá um problema para queimar o disco. Portanto, para contornar esse problema, use a opção de boot "docache". Isso fará que o SystemRescueCd vá para a memória - é preciso no mínimo 256 Mb. Após o boot com essa opção, podemos ejetar o CD e o drive ficará livre.

Segundo Passo: formatar a mídia

Antes de prosseguirmos, precisamos saber onde está o drive em nosso sistema. Se você não faz a mínima idéia, use o comando l -l /dev/cd*:

ls -l /dev/cd*
lrwxrwxrwx 1 root root 5 Aug 21 2008 /dev/cdrom1 -> hdc
lrwxrwxrwx 1 root root 5 Aug 21 2008 /dev/cdrw1 -> hdc

A saída acima mostra que devemos usar /dev/hdc como o dispositivo para o CD/DVD.

Para formatar o disco, use o comando abaixo:

# dvd+rw-format -force=full /dev/hdc

Aqui tenha um pouco de paciência... esse passo pode demorar um pouco.

Passo 3: Preparar o sistema de arquivos

Depois de formatado, vamos preparar o sistema de arquivos no disco:

# mkudffs --lvid="dvd-backup" --udfrev=0x0150 /dev/hdc

Você pode adicionar suas próprias opções, mas tenha certeza do que está fazendo.

Passo 4: montando o disco e copiando os arquivos

Agora que a mídia está formatada corretamente, podemos tentar montar no modo leitura-escrita. Claro, devemos criar um ponto de montagem antes:

# mkdir -p /mnt/disc
# mount -t udf -o rw,noatime /dev/hdd /mnt/disc


Já podemos gravar nossos arquivos em /mnt/disc como gravaríamos em uma partição do disco rígido, apenas tomando o cuidado de não ultrapassar o espaço disponível no disco (algo em torno de 4.7 Gb para um disco simples). A gravação dos dados será lenta: lembre que não estaremos trabalhando com o disco rígido, e sim com uma mídia portátil.

Veja como isso pode ser útil: se quisermos usar o Partimage para salvar uma partição do disco, podemos usar o simples comando:

# partimage -z1 save /dev/sda1 /mnt/disc/image-do-sda1.pi

Quando terminar de copiar o que quiser, devemos desmontar o disco e rodar sync para forçar os dados serem escritos fisicamente:

# umount /mnt/disc
# sync


Conclusão

É isso aí pessoal apaixonado por Linux! Mais um artigo. Qualquer informação sobre tópicos avançados no uso do SystemRescueCd, visite o site oficial do projeto SystemRescueCd. Lá há muitas instruções extremamente úteis no uso dessa incrível distribuição.

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Páginas do artigo
   1. Download e boot
   2. Trabalhando no terminal e no ambiente gráfico
   3. Brinde: usando um DVD+R(W)
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Comentários
[1] Comentário enviado por paulinholinux em 28/09/2008 - 20:29h

e aí Julião blzzz

cara gostei muito do seu artigo, meus parabéns, o SystemRescueCd com certeza vai ser adotado na instituição onde trabalho.

Parabéns novamente pelo artigo

Até mais!

PaulinhoLinux

[2] Comentário enviado por grandmaster em 28/09/2008 - 21:45h

Valeu pelas dicas :D

--
Renato de Castro Henriques
CobiT Foundation 4.1 Certified ID: 90391725
http://www.renato.henriques.nom.br


[3] Comentário enviado por juliaojunior em 29/09/2008 - 15:51h

Obrigado, rapazes. Vamos continuar contribuindo para o crescimento da comunidade!

[4] Comentário enviado por brunocontin em 30/09/2008 - 13:40h

Amigo show de bola, com certeza muito útil, mais qual o procedimento a fazer quando a HD é SAS ? Geralmente esses servidores parrudos tudo usam, por causa de sua velocidade etc... Ele reconhece essas HDs, já que elas ficam com controladora Raid? Se não reconhecer qual o procedimento para que reconheça?

[5] Comentário enviado por AMMIT em 11/12/2015 - 06:29h

Caro Julião.
MUITO ENRIQUECEDOR ESTE SEU ARTIGO.
MAS ME DIZ: FUNCIONA TAMBÉM COM PEN?

Forte abraço!

[6] Comentário enviado por rogeriofreitas em 03/08/2017 - 15:12h

Ótimo post, segue comentário apenas para contribuir.

Qualquer dispositivo formatado basicamente tem apenas as tabelas de indexação (Ex: $MFT, Tabela FAT dentro outras) dos arquivos apagadas. Os arquivos realmente não são apagados.

Imagine um disco como um livro, que possui o índice que identifica em quais páginas estão os capítulos, títulos e sub-títulos. Os dispositivos de armazenamento de dados, possuem algo muito parecido, conhecido como tabela de indexação.

Quando formatamos ou simplesmente excluímos os arquivos o que é efetivamente apagado é esta tabela, ou seja, os arquivos reais continuam existindo no dispositivo até serem regravados por outros arquivos. A única forma de apagar realmente os arquivos para que os mesmos não possam ser recuperados é utilizar softwares que implementam o conceito de Computer Wipe, Zero Fill ou técnicas similares para sobrescrever o conteúdo do arquivo original com um conteúdo aleatório de bits, procedimento este, que por padrão não é realizado nos processos de formatação e deleção de arquivos pelo sistema operacional, uma vez que o mesmo é um procedimento que leva algum tempo para ser realizado.

Desta forma, é possível utilizar ferramentas específicas para realizar uma varredura em cada cluster/setor do disco para identificar possíveis arquivos conhecidos.

Existem várias ferramentas até gratuitas para recuperação de fotos e arquivos mais comuns, mas nada se compara com ferramentas profissionais de recuperação de dados como PC-3000 e MRT LAB, que possuem um banco de dados de assinatura de diversos tipos de arquivos o que aumenta significativamente as chances de recuperação dos dados.

Para os casos mais graves como problemas no circuito lógico ou falhas na cabeça de leitura e gravação, caso não possua conhecimento e ferramentas especializadas, recomendo sempre a busca de uma empresa especializada no assunto. Estas empresas investem muito em conhecimento e soluções profissionais e podem aumentar significativamente as chances de recuperação de dados.

Dependendo do tipo de problema, como HDs com barulhos anormais, não insista em tentar recuperar se não possuir conhecimento necessário, pois isto pode agravar o problema inviabilizando a recuperação dos dados.

www.slackspace.com.br (Recuperação de Dados e Perícia Computacional)


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