Voltando da prisão de Mitnick e do "mau uso do termo Hacker" por parte da imprensa em filmes como Swordfish (A senha), Hacker's, entre outros, vamos para o ano de 1984, onde um cidadão chamado Richard Stallman (um hacker clássico, que faz jus ao termo original), deu início a batalha contra a então atual indústria de software proprietário, com a criação do projeto GNU.

A idéia de Stallman era produzir um sistema operacional completo e livre, com seu código fonte disponibilizado para que qualquer pessoa pudesse, alterar, melhorar, agregar funcionalidades, criar programas entre outras infinidades de funções que, fugia totalmente dos padrões da indústria de software fechado. Como não é nenhuma novidade, o Linux é, sem dúvida nenhuma, o principal exemplo deste projeto, e tornou-se rapidamente o ícone contra o monopólio imposto pela Micro$oft.

O jornalista brasileiro Teixeira Carvalho tem uma temática das mais lúcidas que já pude ler nos livros sobre o assunto. No livro "Hackers entre a ética e a criminalização" de Assis Medeiros, este jornalista tem a seguinte descrição sobre o tema:

"... Os Hackers e o movimento Hacker surgiram nas universidades americanas, faziam parte da contra-cultura que combatia o "establishment" em informática e computadores, o domínio das grandes corporações, a falta de alternativas. Richard Sttalman, o fundador e principal articulador do atual movimento pelo software livre, origina-se da comunidade Hacker do Massachussets Institute of Technology - MIT. Richard Stallman tem a mesma estatura que Steve Jobs (Apple), Bill Gates (Micro$oft), tanto como gênio tecnológico, quanto como empresário. Não deve nada. Ouvindo sua pregação pelo Software Livre, você está ouvindo a contestação do "establishment".

Nela, ele aborda que os três grandes gênios da informática (sim, infelizmente temos de admitir que o Windows foi uma jogada de mestre, entretanto, muito mais para Esqueleto do que para He-Man), tem o mesmo cacife e genialidade, entretanto, são três éticas bem distintas.