Conhecimento x Soberba

Quem trabalha com informática, sabe que encontrará pela frente profissionais com soberba e arrogância que beira o insuportável. Em outras profissões, há demonstração desnecessária de força por meio da arrogância, mas no ramo da informática, isto parece ser mais comum. Porém, tal atitude vai contra os princípios do Open Source, no qual o compartilhamento do conhecimento alicerça toda uma filosofia.

[ Hits: 8.401 ]

Por: Djair Dutra C. Jr. em 02/08/2012


Abertura do conhecimento X Soberba



Os profissionais de tecnologia sabem o quanto é comum encontrar, e ter que conviver, com a soberba neste meio, e numa proporção bem maior do que em outras profissões. Acredito que isto aconteça em tamanha escala no meio tecnológico porque esta profissão dá mais igualdade de condições para aprendizado do que as outras.

Afinal, diferentemente de um médico, um profissional com formação acadêmica em análise de sistemas, por exemplo, não tem garantido um maior conhecimento técnico do que um garoto de 18 anos na Indonésia - a história tem provado isso.

Por ser tão abrangente e tão documentada, a informática permite a "entrada" dos mais diversos tipos de profissionais, muitas vezes despreparados. Por ser também um ramo do qual muita gente desconhece, há quem valha-se disso para alimentar sua soberba e transformar-se em um deus: "O senhor de todo o conhecimento".

Geralmente, é aquele "carinha" da empresa que todo mundo acha que é inteligente porque conhece tudo sobre informática, tida como difícil por quem não a domina.

O erro desta pessoa é que conhecimento não traz a inteligência. Inteligência é como você aplica o conhecimento que tem. Além disso, "arrotar" conhecimento já é ridículo quando é feito entre profissionais, mas com quem não é do ramo é pior ainda.

O Open Source é, acima de tudo, uma filosofia, que baseia-se na livre distribuição de conhecimento, sem restrição de opiniões, conceitos e formatos.

O GNU/Linux, os softwares gratuitos e abertos à modificação, a farta documentação e a livre contribuição, são apenas alguns componentes desta filosofia, mas sua base está apoiada na liberdade e no compartilhamento.

Como defensor do Open Source, sempre acreditei que é imperdoável e ridículo valer-se do seu conhecimento técnico para demonstração de força (se é que isso é possível).

Depois de alguns anos trabalhando neste ramo, a gente acaba descobrindo que por mais que você domine um assunto, SEMPRE haverá alguém que o conheça mais.

Aqui mesmo, no Viva o Linux, quando alguém escreve um artigo, por mais completo que possa parecer, sempre aparece outro alguém com uma dica interessante para acrescentar ao assunto, ou uma crítica para corrigir, que de uma forma ou de outra, enriquece o artigo.

Portanto, a retenção do conhecimento em benefício próprio é uma prática egoísta, que acaba não beneficiando nem quem o faz, nem aos outros. A retenção do conhecimento só mostra o quanto este tipo de profissional é limitado.

Linus Torvalds foi visionário ao enxergar isso antes de todo mundo em 1991. Ele teve uma grande ideia e vislumbrou um novo sistema operacional, porém, ao invés de criar o tal sistema e enriquecer ganhando todos os méritos e reconhecimentos, resolveu iniciar o projeto e disponibilizá-lo na Internet, para que programadores do mundo inteiro pudessem contribuir com suas ideias.

Com esta filosofia, nasceu o Linux e a revolução causada por este sistema não seria tão grande se não fosse a visão de que "compartilhando chegamos mais longe". O Linux é grande e forte porque "todos" contribuem em igualdade de condições.

Se Torvalds tivesse tomado outra decisão, talvez tivesse ganhado um bom dinheiro tornando seu sistema proprietário. Talvez tivesse seu nome ligado a alguma lista de profissionais importantes para a informática, mas o GNU/Linux não passaria de mais um sistema operacional, que hoje, com certeza estaria fadado ao fracasso.

A história foi escrita de uma maneira muito mais bela, onde nós podemos participar e contribuir.

A consequência da sua decisão foi um sistema que revolucionou a computação que conhecemos hoje como um sistema robusto, expansível, moderno e acima de tudo, muito seguro; e seu criador é considerado um guru.

Esta "historinha" ilustra como a filosofia do compartilhamento não é só uma mera teoria.

O Linux nasceu assim, foi construído e fortalecido assim, permanece assim e sempre será assim.

   

Páginas do artigo
   1. Abertura do conhecimento X Soberba
Outros artigos deste autor

Software Livre - Muito mais que somente tecnologia

Controle de clientes e acessos no Squid

Cópia completa do HD - cluster por cluster

Por que eu pago por 10 megas, mas só faço download a 1 mega?

Dando uma "enfeitada" no Ubuntu com o gDesklets

Leitura recomendada

Sucata - Que SO usar em PCs antigos?

Ansible, Puppet e Chef

AFT : Tecnologia para Formatação Avançada - Conceitos básicos

Karl Marx e a concorrência individual no Viva o Linux

Sejamos todos filhos da p***

  
Comentários
[1] Comentário enviado por removido em 02/08/2012 - 10:28h

gostei do artigo!!

[2] Comentário enviado por jarlisson em 02/08/2012 - 11:02h

"Quem sabe, não quer ensinar. Quem não sabe, não quer aprender."

O mais engraçado é que os que sabem um pouco são os que mais se exibem. Já vi muito carinha pagando de fodão porque formata e passa o anti-vírus (sim, já contratei esses serviços, quando comecei a usar computadores).

E aqui na comunidade, muita gente sabe muito, muito mesmo e nem mesmo é da área de TI, ou demonstram seus conhecimentos sem ao menos divulgar seu nome...é bem comum usarem nicks.

Aqui é realmente um refúgio.

[3] Comentário enviado por albfneto em 02/08/2012 - 11:40h

a Ciência é como a computação..... até a Medicina é assim...

Quem arrota conhecimento, que fala que é Gênio,é pq sabe que não é, e precisa se afirmar.

Ninguém vê prêmios Nobel, sumidades,gênios, falando na Net
e pro Mundo que são gênios!

Vou dar um exemplo de Informática, de Linux... Se vc nunca usou gentoo, e pedir no Forum
do gentoo de qualquer país,incluisve do nosso, e Perguntar "como instalo o gentoo", provável, encontrará
gentoístas que acham que são gênios, hackers, super-nerds....pq usam Gentoo,o Linux mais difícil do Mundo!

e vão te mandar ler o handobook do gentoo, e vão mandar vc usar Ubuntu! Maltratam o Noob!

O Daniel Robbins é o inventor do Gentoo e do Portage, è um programador brilhante! Ele sobressaiu
na Fundação Gentoo e foi acusado de ser "um gênio ditador", pq? Porque seu conhecimento superava todos os outros!
ele sobressaiu naturamente, pr é melhor que os outros mesmo.

o que aconteceu? ele foi escorraçado da Fundação Gentoo!

ele que tinha inventado aquele tipo de linux!

Para onde ele foi? Para Microsoft, e lá trabalhou um ano, programando windows! O Tio Bill viu o programador brilhante que ele é!
Depois de um ano, ele se cansou de software proprietário e saiu da MS.

Por dois anos após a saída doi Robbins da Fundação Gentoo, a galera do Gentoo não conseguia nem manter o Portage sózinha!
o gentoo entrou em crise... enquanto isso, SOZINHO, o Robbins fez o Funtoo,Gentoo melhorado.

Não é um tapa de luva de pelica, é de luva de box, mesmo. é como se disesse: Vejam, sózinho eu faço mais e melhor que vocês...

e o Noob? Nunca ví o Daniel Robbins maltratar um Noob... Ele me ensinou a instalar Funtoo por email, me passou os comandos, na boa...

Vejam como são as coisas.... os melhores... Torvalds, Robbins, Stallmann, não precisam dizer pro Mundo que são os melhores..., sobressaem sózinhos,pq são criativos muito acima da média.

Aqui no VOL também acontece, tem gente aqui muito boa, que ajuda todo mundo, mas o VOL também já perdeu alguns dos melhores.


[4] Comentário enviado por sacioz em 02/08/2012 - 12:23h

Parabens pelo artigo . Infelizmente sempre será assim . Sempre haverão os " eu sei tudo e mais um pouco " da vida .
Apto tambem o comentario do albfneto , que está bem de acordo com o artigo . Estou esperando que alguem faça uma serie (so um não daria)tipo xerxes lins ,ou talvez ele mesmo , sobre as redes sociais no Brasil , se possivel começando com o mIRC . Abriria muitos outros caminhos e trariam mais leitores para este site.
Valeu ! ! !

[5] Comentário enviado por removido em 02/08/2012 - 15:15h

Gostei muito do artigo e esse tipo de artigo mais filosófico, distanciado dos técnicos tendem a permanecer mais.
Sendo que em assuntos técnicos, por exemplo, o mundo dos softwares pagos renova-se a cada lançamento.
É o que acontece com Win e no Open Source aparecem sinais.

Software livre representa revolução cultural, social, política, assim como o foi a invenção da imprensa, a revolução francesa, a revolução russa.
É como um livro escrito relatando a solução de um problema, que todos passam uns aos outros para cada um escrever um pedaço de sua história.
Ainda que a história do livro fique ultrapassada para a moda, alguém poderá consultá-la para elaborar uma nova.
Assim devem ser todas as ciências em interdisciplinaridade.

Por exemplo, fui conferir o protótipo das funções da biblioteca Qt e parecem já possuir disparidades das versões antigas.
Não consegui testar um exemplo antigo com bibliotecas novas e o compilador me mostrou protótipos totalmente diferentes do meu exemplo.
Ou seja, um KDE velho não compilaria. Por outro lado, um dos primeiros Window Maker, que usam outra coisa, compilou e funcionou sem problemas.

Quer dizer, a tecnologia passa e a filosofia fica.
Mesmo que pareça estar morta há algo que se possa aprender com ela, mesmo que não gere lucro.

Independente de quão teórica seja a filosofia, terá a acrescentar a todo o conjunto de ideias que vierem.
Não moldando tecnicamnete, mas em outros aspectos de como o conjunto pode ser trabalhado.
Sejam artigos de comparação ou não. Win existe mesmo que se ignore segundo uma estatística de 95% de um nicho do mundo.

"There are three kinds of lies: lies, damn lies, and statistics."
Benjamin Disraeli


[0] Artigo enviado por malacker em 02/08/2012:

Aqui mesmo, no Viva o Linux, quando alguém escreve um artigo, por mais completo que possa parecer, sempre aparece outro alguém com uma dica interessante para acrescentar ao assunto, ou uma crítica para corrigir, que de uma forma ou de outra, enriquece o artigo.




Tudo tem dois lados.

Pessoalmente eu tenho o estigma de dominar ****a nenhuma, se não sei ou se esqueci dá tudo na mesma; chegar perante o trabalho de alguém e comentar "assim, assim", ou "fica melhor se", ou "tem isso aqui", ou "nesse caso como seria?" ficarão com a ideia de "quem é esse ****a desse ****a prá 'achar' alguma coisa?". Justamente pela ideia de que sempre existe alguém que sabe algo a mais, não importa quanto se saiba.

Tanto faz o rótulo que se rotule o comentário, por técnico, estilístico, argumentativo, inter-qualquer-coisa, não importa o exagero, mesmo que não existe outro nome para tal, seja lá o que for. A ideia deve se sobrepor ao interlocutor, não importando o tamanho. Agora vejamos se há alguma a partir daqui.

Não sei se foi aqui que li, esqueço-me das referências facilmente, mas prá uma pessoa dominar um conhecimento, uma arte e produzir em alto nível requer muita prática diária e por muito tempo. Igual a uns 15 anos que Mozart levou para compôr algo realmente de bom.

Nas histórias desta categoria de pessoas, temos também a do verão de Torvalds no computador do avô e também de Stallman ao 16 na IBM programando. Daí se diria: e se eles não estivessem lidando com informática? Provavelmente aprenderiam a fazer outras coisas. Ora, todos fazem outras coisas.

Cabe a pergunta; o que condicionou a vaidade dos outros, alguns dos que fazem as outras coisas, que arrumam links de documentos de word no desktop de alguém "inferior" clicando com mouse de joaninha? (algumas das outras pessoas detestam esses mouses ...).

Ele também pode ser o típico funcionário "bombril", que pela polivalência acaba sendo ou se sentindo desvalorizado. Daí tenta alguma garantia antes que peguem outro novo num currículo da prateleira. Cultural.

É aquele mesmo equilíbrio entre a sobrevivência na cooperação e a definição de papeis sociais baseado no poder pessoal de cada um. Se o "estranho" é arrogante, é reflexo do meio. Se não é e trata-se de uma "projeção" no outro, então é pior do que poderia ser.

Há um fundamento estatístico em se dizer que é uma excessão aquele que opta por não fazer as outras coisas, seja lá o que venha a se fazer. Então acaba sendo diferenciado no grupo e pelo grupo. Se for necessário, algum outro arrogante presente no convívio tratará de passar por osmose esse modo de ser. É comportamento aprendido. Começou em algum lugar, não interessa quando ou onde.

O que leva uma pessoa a se destacar no que faz? É a natureza da tarefa, o que faz ou a pessoa? Quantos trabalhadores braçais apareceram em algum tipo de premiação? Daqui "de cima" até seria um abuso dizer o motivo de alguns prêmios "funcionário do mês" oferecido por certas empresas. Como será que as pessoas que trabalham com o premiado funcionam em seu pensar? Motivação, inveja, ambição, orgulho, simpatia, companheirismo, essa coisa do trabalho em equipe ...

Essa coisa do cara simbolizada no "oráculo local" ou num contexto maior também possui algum papel. Como assimilá-lo? Seria a ideia de que a maioria que sente-se inferior ou ameaçado acaba por "destruir" em seu íntimo e perpetua a negativa. O mundo é feito de estereótipos iguais que permeiam a mente de todos sem nem se conhecê-los. Basta não ir com a cara do sujeito e ele vai pro "coletivo".

As pessoas que conseguem o verdadeiro destaque conseguem por se desligar de todo o resto, muitas vezes de si mesmas, mas acima de tudo dos outros. O que causa muitas vezes dificuldades sociais. Elas não ligam para elogios, status, se será considerada arrogante, se haverá concorrência, se lhe puxarão o tapete. Nas melhores palavras, é "apenas por diversão". Onde sua mente estiver, é la que se está. Quem pensa visualiza a perfeição, quem sente contempla a criação. Uma versão do conhecido "ligue o ***a-se". Lá não existirão ícones empesteando o papel de parede ou qualquer outra estética duvidosa. É melhor que Pasárgada. Quem chega lá torna-se Rei.

Aqui começou-se com Informática, mas quantas outras aplicações ela possui, além de aplicar-se a si mesma ou transformar as demais áreas do conhecimento? O simples fato de focar-se em um único saber e tê-lo por excelência, do garantir-se apenas naquilo, tira a visão de uma série de outros conhecimentos e objetos que seriam úteis se combinados entre si, criando uma nova linguagem, uma nova ciência, um novo paradigma, não apenas resolvendo um problema de um modo simples ou do melhor modo, mas conjuntamente todos os problemas possíveis daquele modelo de ideias, inclusive um monte de outros problemas que nem sequer existiam e ao mesmo tempo a criação de outros muito mais difíceis que o primeiro. Isso incluiria trabalhar em conjunto com pessoas de áreas completamente avessas à própria, não arrumando ícones. Isto pode ser um exemplo do que *poderia ser* (não é ideia absoluta) a tão *mitnificada* genialidade.

Mas o tempo é curto e deve-se voltar logo. Lembrando que a humanidade caminhará como sempre, mantendo a mesma "aurea mediocritas", que nem todos precisam saber falar marciano e que não há nada de errado em se preocupar apenas com o preço do quilo de carne, mesmo entendendo bulhufas do noticiário. E que nem por isto esses merecem desrespeito.

Talvez seja isso que o carinha do exemplo viesse a ser, se não se acomodasse com a parca informação que obteve. Talvez pensasse ser o tal "saber muito". Ele e todos os outros à sua volta.



Fora isso, parece que Gentoo deu uma grande encolhida, não vejo muita gente falando de Funtoo e o que está cada vez mais forte mesmo parece ser Sabayon. O preço dos alimentos subiu de novo, mas nem sei que "praga" foi dessa vez...

[6] Comentário enviado por julio_hoffimann em 02/08/2012 - 19:34h

Ótimo artigo Djair! Parabéns!

Abraço!

[7] Comentário enviado por jarlisson em 02/08/2012 - 19:54h

Muito bom também o seu artigo, Listeiro.

Não acredito em dom. Pra mim é desculpa de gente preguiçosa pra nao se sentir inferior perante ao outro:
'ah, ele tem facilidade com informática'
'ah, ele nasceu pra matemática'
'deus deu o dom da música pra ele'

As pessoas mais geniais que conheci e ja ouvi falar nao tinham dom, tinham se dedicado de maneira quase exclusiva por longos anos de sua vida, inclusive Mozart, Linus e Stallman. Não liguem pra idade em que produziram algo, o segredo tá no tempo que eles estudaram e quanto se dedicavam todos os dias.

[8] Comentário enviado por removido em 02/08/2012 - 21:53h


[7] Comentário enviado por jarlisson em 02/08/2012 - 19:54h:

Muito bom também o seu artigo, Listeiro.

Não acredito em dom. Pra mim é desculpa de gente preguiçosa pra nao se sentir inferior perante ao outro:
'ah, ele tem facilidade com informática'
'ah, ele nasceu pra matemática'
'deus deu o dom da música pra ele'

As pessoas mais geniais que conheci e ja ouvi falar nao tinham dom, tinham se dedicado de maneira quase exclusiva por longos anos de sua vida, inclusive Mozart, Linus e Stallman. Não liguem pra idade em que produziram algo, o segredo tá no tempo que eles estudaram e quanto se dedicavam todos os dias.


Obrigado por perceber aqui um artigo. Acabou virando mesmo e meio que por escrever demais.

Existe algo sim, como nascer com um dom, mas não dá prá dizer exatamente o que seria e como funciona, seja divino, metafísico, entrópico ou anomalia mesmo.

Existem (até onde sei) apenas três atividades onde o ser humano demonstrou precocidade: Música, Matemática e Xadrez.

Mozart compunha com três anos. Gauss orgulhava-se de ter aprendido a contar antes de aprender a escrever. Não me lembro de um personagem fácil na história do Xadrez para citar.

Não é correto idealizar essas pessoas pela sorte de terem encontrado seus destinos (poderiam fazer outras coisas).

Essa coisa de dizer que "o outro tem facilidade" acaba por sabotar este outro e destruir qualquer coisa que ele possua, se é que ele possui mesmo.

Fica como a "destruição" do objeto que não se pode ter. Vingancinha pela preguiça.

Quando Gauss tinha 16 anos ele conseguiu dividir uma circunferência em 17 partes iguais. Algo que demorou 2000 anos para aparecer uma novidade nesse assunto. Foi aí que ele escolheu no queria seguir carreira. Seja lá o que tenha feito antes dessa época para conseguir esse feito não deve ter tido muito tempo.

Há um limite tênue entre o acreditar em si mesmo e o de dominar-se por essa emoção. Esquecer-se da dedicação contínua e focar-se no conformismo e no "eu mesmo".

Se você tem um dom ou não tem o tal dom, não importa, acreditem em si mesmos e principalmente conhecendo-se bem a si mesmos.Sem pôr o umbigo adiante. Aniquilar o ego, deixando a beleza da criação acima de qualquer mérito devido a si mesmo.

Sabendo-se onde é desejado chegar. Podem levar dez ou vinte anos, ou até mesmo um único dia. Não importa, em algum momento a Odisseia será concluída.

Não haverá soberba que derrube esse dom, o único legítimo e incontestável.

[9] Comentário enviado por marcocouto em 02/08/2012 - 23:13h

mas como cantou Charlie Brown Junior...
"Quem é de verdade conhece quem é de mentira"
só uma correção amigo
o Richard Stallman pensou nisso ainda antes do Linus Torvalds pois foi ele (não creio que sozinho) que iniciou com o que hoje conhecemos como software livre e o Linux é na verdade o fruto talvez hoje mais saboroso dessa iniciativa chama GNU

[10] Comentário enviado por clickbr em 02/08/2012 - 23:21h

@alberto vc tirou um raio-x da comunidde agora. A comunidade linux no Brasil, não todos, é exatamente o que você planteia. Da nojo muitas vezes de participar da comunidades linux. A soberba distancia o noob do linux.


[3] Comentário enviado por albfneto em 02/08/2012 - 11:40h:

a Ciência é como a computação..... até a Medicina é assim...

Quem arrota conhecimento, que fala que é Gênio,é pq sabe que não é, e precisa se afirmar.

Ninguém vê prêmios Nobel, sumidades,gênios, falando na Net
e pro Mundo que são gênios!

Vou dar um exemplo de Informática, de Linux... Se vc nunca usou gentoo, e pedir no Forum
do gentoo de qualquer país,incluisve do nosso, e Perguntar "como instalo o gentoo", provável, encontrará
gentoístas que acham que são gênios, hackers, super-nerds....pq usam Gentoo,o Linux mais difícil do Mundo!

e vão te mandar ler o handobook do gentoo, e vão mandar vc usar Ubuntu! Maltratam o Noob!

O Daniel Robbins é o inventor do Gentoo e do Portage, è um programador brilhante! Ele sobressaiu
na Fundação Gentoo e foi acusado de ser "um gênio ditador", pq? Porque seu conhecimento superava todos os outros!
ele sobressaiu naturamente, pr é melhor que os outros mesmo.

o que aconteceu? ele foi escorraçado da Fundação Gentoo!

ele que tinha inventado aquele tipo de linux!

Para onde ele foi? Para Microsoft, e lá trabalhou um ano, programando windows! O Tio Bill viu o programador brilhante que ele é!
Depois de um ano, ele se cansou de software proprietário e saiu da MS.

Por dois anos após a saída doi Robbins da Fundação Gentoo, a galera do Gentoo não conseguia nem manter o Portage sózinha!
o gentoo entrou em crise... enquanto isso, SOZINHO, o Robbins fez o Funtoo,Gentoo melhorado.

Não é um tapa de luva de pelica, é de luva de box, mesmo. é como se disesse: Vejam, sózinho eu faço mais e melhor que vocês...

e o Noob? Nunca ví o Daniel Robbins maltratar um Noob... Ele me ensinou a instalar Funtoo por email, me passou os comandos, na boa...

Vejam como são as coisas.... os melhores... Torvalds, Robbins, Stallmann, não precisam dizer pro Mundo que são os melhores..., sobressaem sózinhos,pq são criativos muito acima da média.

Aqui no VOL também acontece, tem gente aqui muito boa, que ajuda todo mundo, mas o VOL também já perdeu alguns dos melhores.




[11] Comentário enviado por albfneto em 03/08/2012 - 01:38h

apenas complementando, dom existe sim... ninguém vira Neymar, Pelé, nasce neymar, pelé...
Mozart tinha Dom sim, nãoe studa nada de musica, ouviu tocar piano dos 4 aos 6 anos e com 6 tocava piano...
isso é dom.

um meu colega de ginásio (antigo primeiro grau), na 5a série estuda cálculo diferencial e integral.

eu comecei mexer com química, tinha sete anos de idade, com 11, fazia análise química de minerais e rochas.

[12] Comentário enviado por jarlisson em 03/08/2012 - 06:24h

acredito que isso não seja dom, e sim gostar muito da coisa e se dedicar mais que todos.
e o mozart estudo sim desde criança. o próprio pai dele o ensinava a tocar e ele simplesmente estudava o dia inteiro, sem medo de exagerar.

de qualquer modo, prefiro chamar de 'gostar e se dedicar' muito do que 'dom'.

E dos seus sete aos 11 anos, o tanto que você estudou de química?
Não te conheço, mas tenho certeza que se dedicou mais que muitos universitários. Dizer que você tem o dom da química, pra mim, meio que tira o mérito de seus estudos na infância.
Prefiro dizer que você conheceu a quiímica, gostou muito e se dedicou mais que a maioria, e mais que o normal.

[13] Comentário enviado por removido em 03/08/2012 - 07:59h

A grande verdade, é que os verdadeiros gênios estão ocupados demais sendo geniais. rsrsrsrsrs

Como eu estou agora, tentado resolver uma simples equação de 2º grau rsrrsrsrs

[14] Comentário enviado por removido em 03/08/2012 - 08:24h

Existem (até onde sei) apenas três atividades onde o ser humano demonstrou precocidade: Música, Matemática e Xadrez.

Mozart compunha com três anos. Gauss orgulhava-se de ter aprendido a contar antes de aprender a escrever. Não me lembro de um personagem fácil na história do Xadrez para citar.


Eu lembro: Capablanca http://pt.wikipedia.org/wiki/Capablanca

Com quatro anos, aprendeu a jogar apenas observando o pai jogar com amigos.
Na primeira partida que jogou contra o próprio pai, o derrotou para o espanto de todos.

Venceu o campeão de cuba aos doze anos e foi um dos maiores jogadores da história. Ficando vários anos invicto.

Aliás o Xadrez é uma área que faz despontar muitos talentos, que se não são inatos, são precoces.

Samuel Reshevsky, era outro que desde criança fazia exibições de simultâneas por todos os estados unidos.

Pra quem não sabe o que é simultânea:

http://castelodoxadrez.com.br/index.php/curiosidades-e-variedades/20-curiosidades-e-variedades/10-si...

Abs

[15] Comentário enviado por danniel-lara em 03/08/2012 - 11:05h

parabéns pelo artigo

[16] Comentário enviado por Rubens Luccas em 03/08/2012 - 15:07h

Apenas para complementar o comentário muito pertinente do Gedimar.

Capablanca não teve treinamento formal como enxadrista, mas era muito intuitivo conseguindo usar aberturas de forma bastante natural. Inclusive li uma entrevista de Vladimir Kramnik http://pt.wikipedia.org/wiki/Vladimir_Kramnik onde ele diz que Capablanca parecia não ter um motivo específico para jogar qualquer que fosse a abertura que estivesse usando.

Capablanca era um "natural", pois jogou sem preparação e perdeu para Alekhine http://pt.wikipedia.org/wiki/Alekhine que foi o primeiro a usar a preparação como fator primordial no xadrez.

Se alguém quiser complementar ou corrigir algo agradeço!

[17] Comentário enviado por malacker em 03/08/2012 - 15:34h

Obrigado pelas contribuições. Gostaria de me explicar quanto ao comentário que fiz em relação ao Linus Torvalds. Me referi a ele como pioneiro em relação ao sistema operacional Linux, mas em cima de uma filosofia iniciada com Stallman. Se eu fosse me referir ao Stallman, para ser justo com sua história, teria que triplicar o tamanho deste artigo. Para ilustrar a filosofia do software livre, é bem mais "compacto" falar do Linus do que do Stallman. Optei por esta compactação mais "acessível" inclusive para pessoas que não estão habituadas com termos GNU, GPL, Free Software Fundation, etc.
Mais uma vez, obrigado pela contribuição de todos.

[18] Comentário enviado por matiasalexsandro em 04/08/2012 - 03:29h

Sou muito novo aqui. mas percebi que o malacker tem uma tendência de dispertar o nosso senso crítico no mundo da informática. Como esse tipo de pensamento sempre é válido nota 10 irmão

[19] Comentário enviado por Sacioz em 04/08/2012 - 13:05h

@ Gedimar ...
Eu tbm pensei no Sr. Capablanca , de imediato , li tudo o que pude sobre ele...)))

[20] Comentário enviado por Sacioz em 04/08/2012 - 13:09h

@ Rubens Luccas
Parece que ele aprendeu vendo o pai jogar , e logo o derrotou...parece.

[21] Comentário enviado por tn4ehi em 04/08/2012 - 16:32h

@jarlisson Dom e dedicação (em minha opinião) estão ligados. Quando se tem um dom você acaba por atrair sempre mais e mais conhecimento sobre o assunto, mesmo sem querer, como se estivesse predestinado isso a você. Talvez "dom" não seja a palavra e nem a interpretação correta, mas existe.

Quando você gosta de algo você estuda para aprender, quando você tem um dom certas situações simplesmente acontecem e te atrai de uma tal maneira que é impossível ignorar, quase como mágica.

Já ouviu falar em destino?... rsrs Eu não acredito muito nisso, mas as evidencias mostram o contrário.

Essas são coisas complicadas de se chegar a uma conclusão, mas é interessante pensar no que isso possa significar. Eu sei que algo acontece, disso não tenho dúvidas, só não sei exatamente o porquê.

[22] Comentário enviado por removido em 04/08/2012 - 17:26h

Querendo ou não usuários mais experientes em GNU/Linux são ignorantes, existe algumas exceções, mas geralmente é isto que acontece. Sem falar nos Xiitas.

[23] Comentário enviado por removido em 04/08/2012 - 22:56h


[21] Comentário enviado por tn4ehi em 04/08/2012 - 16:32h:

@jarlisson Dom e dedicação (em minha opinião) estão ligados. Quando se tem um dom você acaba por atrair sempre mais e mais conhecimento sobre o assunto, mesmo sem querer, como se estivesse predestinado isso a você. Talvez "dom" não seja a palavra e nem a interpretação correta, mas existe.

Quando você gosta de algo você estuda para aprender, quando você tem um dom certas situações simplesmente acontecem e te atrai de uma tal maneira que é impossível ignorar, quase como mágica.

Já ouviu falar em destino?... rsrs Eu não acredito muito nisso, mas as evidencias mostram o contrário.

Essas são coisas complicadas de se chegar a uma conclusão, mas é interessante pensar no que isso possa significar. Eu sei que algo acontece, disso não tenho dúvidas, só não sei exatamente o porquê.


Foi o que aconteceu com o músico e o matemático do exemplo e com o enxadrista que surgiu depois. São muitos os exemplos.

[24] Comentário enviado por malacker em 05/08/2012 - 19:37h

(voltando ao assunto do artigo)
A verdade é que a informática é gigantesca, dinâmica e impossível de ser dominada por uma pessoa. Infelizmente existe uma meia dúzia de babacas que decora duas ou três páginas de um livro, aprendem uns cinco ou seis comandos do shell e acham que podem arrotar conhecimento pra todo lado. Não só reconhecer que SEMPRE temos muito a aprender, mas sim viver isso intensamente é fundamental.

[25] Comentário enviado por Teixeira em 06/08/2012 - 08:44h

Se hoje em dia ainda parece assim, imaginem só em uma época em que havia toda uma "elite" de programadores Assembly, mais preocupados em "esconder o leite" do que realmente produzir.
Fazer manutenção de programas Assembly produzidos por terceiros era uma "coisa de louco", pois o que mais se praticava era uma multidão de saltos e desvios desnecessários, para despistar a lógica do programa e dificutar ao máximo a sua compreensão.
Um programador RPG-II (hoje em dia comparado ao Crystal Reports, um mero editor de formulários e não uma linguagem de programação) era considerado um "grande programador" e guardava seus "mistérios" a sete chaves.
"Indexação" era um capítulo à parte na informática, cercado de mistérios impenetráveis e cursos caríssimos, de difícil acesso.
Até mesmo alguns livros considerados didáticos continham informações propositadamente inexatas, para despistar os neófitos.
E como agravante, hoje em dia existem profissionais malformados, limitados a uma parte ínfima do que realmente deveriam saber, e que se consideram - ou são considerados por terceiros - como "os reis da cocada preta".
Falando mais claramente, profissionais limitados ao software da Microsoft mas sem a necessária certificação da Microsoft, que em seu campo profissional não enxergam um palmo adiante do nariz e ainda assim são considerados "grandes".
Segundo matéria em uma revista espanhola, a própria Microsoft declara sofrer com o grande despreparo dos profissionais que ingressam no mercado de trabalho, onde pouquíssimos têm a aptidão necessária para elaborar objetos ou bibliotecas.
A despeito de tudo isso, a arrogância tem acompanhado todos os aspectos das profissões ligadas ao computador e a seu uso. Técnicos de hardware, por exemplo, são em sua maioria "mechânicos" ou "carinhas que mexem com computador" mas não técnicos de verdade, preparados formal e academicamente para tal.

[26] Comentário enviado por felipe_alves em 09/08/2012 - 10:32h

Muito bom o artigo, infelizmente nos deparamos com muitos profissionais assim todos os dias, já trabalhei com excelentes profissionais tanto na humildade quanto no "saber" o que faz, porém ja trabalhei com outros que refazem o seu trabalho para poder mostrar que ele pode fazer melhor... fazer oque? lidamos com seres humanos todos os dias...



[27] Comentário enviado por rodrigocontrib em 07/07/2013 - 22:57h

Belas palavras.


Contribuir com comentário




Patrocínio

Site hospedado pelo provedor RedeHost.
Linux banner

Destaques

Artigos

Dicas

Tópicos

Top 10 do mês

Scripts