Particionamento recomendado para usuários Linux

Publicado por Lucas Leonardi em 22/02/2016

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Particionamento recomendado para usuários Linux



Boa tarde, caros amigos do Viva o Linux,

Nos últimos meses tenho participado muito do Fórum, onde percebi que muitos usuários sentiam-se obrigados a formatar o seu disco, por conta de uma má configuração na criação de partições durante ou após a instalação da distribuição Linux.

Vi casos onde foi criada uma partição raiz ocupando todo o espaço do disco, e depois desejava-se criar uma partição SWAP, /home, ou até mesmo uma partição estendida, para disponibilizar o uso de outros discos de armazenamento ou uma nova partição de arquivos, por exemplo.

Nesta perspectiva, pretendo criar um artigo onde seja abrangida a forma com que acho recomendada para particionar-se um disco rígido, evitando futuros problemas imprevistos.

Como se diz por aí... "Cada caso é um caso", por isso não posso ser muito específico em números, já que existem disco rígidos de várias capacidades e diversos tipos de fins para a distribuição, como o uso doméstico, corporativo e para configuração de servidores.

Como a maioria dos discos rígidos possuem uma capacidade divisível por 5, isto é, 200 GB, 250 GB, 500 GB, 1 TB (1000)... Recomendo que você imagine o HD como um dispositivo composto por cinco partes (não precisamente 5 partições), vamos supor que você possui um disco de 1 TB, imagine que ele possua 5 partes, cada uma com 200 GB.

Pense, eu vou instalar apenas um sistema operacional, ou vou desenvolver um mecanismo dual-boot? Caso for instalar apenas um sistema, você pode criar uma partição raiz de 598 GB, mais uma partição /home de 200 GB e uma partição SWAP de 2 GB, totalizando, quatro quintos do seu disco. Peço que me pergunte, mas e os 200 GB que sobraram? Estes, você deixa não-alocado, caso um dia queira criar uma nova partição.

Esta é a minha teoria, independentemente do sistema que você vai instalar, sempre deixe uma parte do disco não-alocada, se um dia você desejar modificar o disco, talvez não seja necessário apagar o sistema instalado (dependendo do que você queira fazer).

Complemento meu tópico com mais uma situação: imagine que você possui um disco de 500 GB para instalar dois sistemas (Windows e Ubuntu, por exemplo), instale o Windows usando 200 GB, o Ubuntu com mais 200 GB, crie uma SWAP de 2 GB e deixe o restante do disco não-alocado.

Também é interessante lembrar que muita SWAP não é sinônimo de uma super-máquina, por isso é recomendável utilizar 4 GB de área de troca em máquinas modestas e 2 GB de SWAP em máquinas mais potentes

Espero ajudar alguns usuários com este esquema, que, embora não muito simples, seja a melhor maneira, no meu ponto de vista, de se particionar um disco. Logicamente, cabe a cada usuário determinar o que é melhor para sua máquina, assim, pretendo incentivar quem não se interessou muito pelo meu esquema, a colocar na ponta do lápis o que será, para ele, a melhor alternativa.

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Atenciosamente, Lucas Leonardi
Técnico em TI - Usuário de Debian, Linux Mint, Metamorphose e Android

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Comentários
[1] Comentário enviado por removido em 22/02/2016 - 14:49h

Eu uso o básico c/ 3 partições nas minha máquinas sem uefi:
sda1... ext4... / ... 30-50gb
sda2... swap... 4gb
sda3... ext4... /home ou arquivos/bkp ... restante HD

Simples, fácil, rápido e indolor! ;)
http://i.imgur.com/wOoQoFo.png

[2] Comentário enviado por Fellype em 22/02/2016 - 16:39h

Bom... Cada caso é um caso mesmo. Porém, como, de uma maneira geral, tudo o que o usuário baixa fica no /home, eu deixaria o sistema com uma partição de apenas 100GB, que é mais do que suficiente para usuários domésticos. Teria 696GB para /home, 4GB para swap e o resto ficaria não-alocado. Se o usuário tem muitos jogos e filmes no pc, quanto mais espaço no /home, melhor.
A propósito, sua dica é boa para evitar problemas depois de tudo instalado.

[3] Comentário enviado por removido em 22/02/2016 - 18:15h

Uma possibilidade é usar LVM2 a partir do momento da instalação.

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http://24.media.tumblr.com/tumblr_m62bwpSi291qdlh1io1_250.gif

# apt-get purge systemd (não é prá digitar isso!)

Encryption works. Properly implemented strong crypto systems are one of the few things that you can rely on. Unfortunately, endpoint security is so terrifically weak that NSA can frequently find ways around it. — Edward Snowden

[4] Comentário enviado por oswatanabe em 28/02/2016 - 11:40h

Mas nada que um gparted não resolva para redimencionar as partições.

[5] Comentário enviado por lcavalheiro em 28/02/2016 - 21:31h

Dica excelente. Porém, a questão mais confusa pra um usuário iniciante hoje quando o assunto é particionamento continua sendo a mesma de 1996, quando eu iniciei em GNU/Linux. A maldita da swap. A gente vê tutoriais por aí que recomendam valores fixos, e em alguns casos sugerem até mesmo a não criação de uma swap. Enfim. A regra clássica diz que o tamanho da swap deve ser o dobro da RAM instalada no computador, pois caso o sistema hiberne ou suspenda ele pode fazer o dump de tudo que estiver na RAM pra swap mais as rotinas necessárias para acordar o computador. É possível também compilar usando a swap, o que reduz consideravelmente a velocidade da compilação mas deixa a RAM disponível pra outras coisas.
Enfim, dica excelente, chapinha.
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Dino®
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Só Slackware é GNU/Linux e Patrick Volkerding é o seu Profeta



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