Boa tarde, caros amigos do Viva o
Linux,
Nos últimos meses tenho participado muito do Fórum, onde percebi que muitos usuários sentiam-se obrigados a formatar o seu disco, por conta de uma má configuração na criação de partições durante ou após a instalação da distribuição Linux.
Vi casos onde foi criada uma partição raiz ocupando todo o espaço do disco, e depois desejava-se criar uma partição SWAP, /home, ou até mesmo uma partição estendida, para disponibilizar o uso de outros discos de armazenamento ou uma nova partição de arquivos, por exemplo.
Nesta perspectiva, pretendo criar um artigo onde seja abrangida a forma com que acho recomendada para particionar-se um disco rígido, evitando futuros problemas imprevistos.
Como se diz por aí... "Cada caso é um caso", por isso não posso ser muito específico em números, já que existem disco rígidos de várias capacidades e diversos tipos de fins para a distribuição, como o uso doméstico, corporativo e para configuração de servidores.
Como a maioria dos discos rígidos possuem uma capacidade divisível por 5, isto é, 200 GB, 250 GB, 500 GB, 1 TB (1000)... Recomendo que você imagine o HD como um dispositivo composto por cinco partes (não precisamente 5 partições), vamos supor que você possui um disco de 1 TB, imagine que ele possua 5 partes, cada uma com 200 GB.
Pense, eu vou instalar apenas um sistema operacional, ou vou desenvolver um mecanismo dual-boot? Caso for instalar apenas um sistema, você pode criar uma partição raiz de 598 GB, mais uma partição /home de 200 GB e uma partição SWAP de 2 GB, totalizando, quatro quintos do seu disco. Peço que me pergunte, mas e os 200 GB que sobraram? Estes, você deixa não-alocado, caso um dia queira criar uma nova partição.
Esta é a minha teoria, independentemente do sistema que você vai instalar, sempre deixe uma parte do disco não-alocada, se um dia você desejar modificar o disco, talvez não seja necessário apagar o sistema instalado (dependendo do que você queira fazer).
Complemento meu tópico com mais uma situação: imagine que você possui um disco de 500 GB para instalar dois sistemas (Windows e Ubuntu, por exemplo), instale o Windows usando 200 GB, o Ubuntu com mais 200 GB, crie uma SWAP de 2 GB e deixe o restante do disco não-alocado.
Também é interessante lembrar que muita SWAP não é sinônimo de uma super-máquina, por isso é recomendável utilizar 4 GB de área de troca em máquinas modestas e 2 GB de SWAP em máquinas mais potentes
Espero ajudar alguns usuários com este esquema, que, embora não muito simples, seja a melhor maneira, no meu ponto de vista, de se particionar um disco. Logicamente, cabe a cada usuário determinar o que é melhor para sua máquina, assim, pretendo incentivar quem não se interessou muito pelo meu esquema, a colocar na ponta do lápis o que será, para ele, a melhor alternativa.
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Atenciosamente, Lucas Leonardi
Técnico em TI - Usuário de Debian, Linux Mint, Metamorphose e Android