RLFontan
(usa elementary OS)
Enviado em 25/06/2017 - 20:40h
listeiro_037 escreveu:
Até onde é saudável liberar softwares com bugs para que o público indique os mesmos? Será que estávamos mal-acostumados com os cuidados da equipe de projeto? De agora em diante será assim?
Eu sempre me perguntei se o que o Volkerding fez foi mais correto ao adotar a filosofia do ''Vanilla Package'' para o Slackware e designar a distribuição para cuidar apenas dos pacotes do
core do sistema. No Slackware essas coisas são muito mais simples de entender, embora talvez mais árduas de se lidar.
O Linus uma vez reclamou disso em uma DebConf. Ele disse que os mantenedores deveriam se preocupar em manter o core do sistema, que já possuía muito pacotes, e não ficar focando em manter 1 milhão de pacotes, se eu não me engano ele chegou a falar com os desenvolvedores ''vocês tem coisas melhores para fazer com suas vidas''.
Eu sempre tive um respeito pelo Debian e a grandiosidade do seu projeto, mas não vou negar, sempre achei uma distro confusa. A documentação diz que a comunidade deve ser agradável, e na prática ela está entre as mais ácidas. O gerenciador de pacotes deveria ser a melhor coisa do mundo, mas se você vacilar ele detona seu sistema. Os upgrades não deveriam falhar nunca, mas a gente observa um probleminha aqui e outro lá. O sistema prega uma universalidade, mas na prática você observa que é difícil ser o melhor em várias coisas ao mesmo tempo. É uma distro que deveria ser supostamente bastante organizada, na prática os cara modificam nomes tradicionais de diretórios e pacotes e até hoje eu não entendi porque eles fazem isso. E por fim, os próprios desenvolvedores parecem não saber o que querem, a um tempo já, conforme vem sendo denunciado pelo Dino aqui no fórum, o Debian vem se despedaçando.
Meu querido pai vem me amostrando que na vida há um preço a ser pago quando você aposta em dois cavalos ao mesmo tempo. Talvez o dia do pagamento desse preço não chegue para todos, talvez alguns realmente se beneficiem desse modus operandi. Mas eu não tenho dúvida: as vezes quebra-se a cara lindamente, ao não tomar-se decisões firmemente.