RLFontan
(usa elementary OS)
Enviado em 04/04/2021 - 09:05h
Gente, eu acho a experiência do GNOME 40 e do Pantheon bem diferentes, vou explicar o porque:
- O menu atividades do Pantheon é para procurar aplicações em um pequeno box, o do GNOME 40 faz aparecer as áreas de trabalho, organiza as janelas e faz aparecer o dock. Inclusive, é possível que o menu atividades no GNOME desça para o canto inferior esquerdo da tela no futuro, para ter mais proximidade com a dock que antes era no lado esquerdo da tela;
- A dock do Pantheon fica sempre aparente, a do GNOME é ativada pelo toque no menu atividades;
- O Pantheon é simples, o GNOME é mais entupido de efeitos e de dinâmicas um pouco mais complexas do que a ideia tradicional de "um clique de cada vez";
- O GNOME 40 me passa a sensação de empurrar mais o usuário para usar diferentes áreas de trabalho virtuais, elas o tempo todo aparecem na sua tela, e embora estejam centralizadas, tem um tamanho menor que a do Pantheon, de maneira que uma vez que a tela vai enchendo, você vai sentido vontade realmente de usar a outra área de trabalho... isso na minha opinião foi uma evolução no GNOME, algumas pessoas devem ter odiado, mas
até agora minha sensação em relação a isso foi positiva. No Pantheon, a mudança de áreas de trabalho virtuais é bem elegante e bonita, mas tem todo aquele clima tradicional de estar escondido como um ícone da dock, e você só vai ativar aquilo se realmente lhe der na telha fazê-lo por algum motivo... o sistema não mantém essa possibilidade na sua cabeça, e a área de trabalho virtual se apresenta bem maior para o usuário que no GNOME 40;
- As proporções do GNOME tem todo aquele clima de "adaptatividade", o que incomoda a galera do Solus por exemplo. No elementaryOS você tem realmente um sistema um pouco mais tradicional no que se refere a proporção visual das coisas. No elementaryOS aliás, as vezes algumas coisas tem proporção pequena até demais... me lembro de que antigamente eu achava a letra padrão do elementaryOS muito pequena, pequena ao ponto de representar um problema de acessibilidade para pessoas com problemas de visão (mas eles aparentemente já colocaram uma função para aumentar proporções caso necessário).
Pra não ficar parecendo que o meu comentário foi uma crítica ao GNOME e um elogio ao Pantheon:
- O GNOME é mais inobstrusivo, aliás, para mim o GNOME é a D.E que sacrifica tudo para ser bonita, inobstrusiva e adaptável. O Pantheon já me atrapalhou quando eu testava o Focus Writer por exemplo, porque algumas funções desse programa ficavam na parte de baixo da janela, o que me levava a ativar a dock e as funções do Focus Writer ao mesmo tempo sempre que eu levava o mouse para a parte de baixo da janela. Obviamente, estamos falando de um problema bobo, mas realmente, se você tiver um aplicativo que tiver uma função na parte de baixo da tela, o Pantheon pode te atrapalhar, e até então, o GNOME, com todos os defeitos, deixa você 100% focado. Por isso que digo que o GNOME é realmente bem inobstrusivo, se é que estou usando o conceito de inobstrusividade corretamente.
Agora, a verdade seja dita, tudo tem um preço. A beleza e inobstrusividade do GNOME se harmonizam e formam um desktop cheio de efeitos e dinâmicas visuais que vão te entregar essa experiência bonita e que não atrapalha sua atividade enquanto você estiver 100% focado nela. O preço é que não consigo dizer que há simplicidade nisso... se o usuário por algum motivo tiver de trocar janelas demais em alguma atividade específica que ele está realizando, é bom ele utilizar o alt+tab, ou terá que ver efeito até enjoar.
É isso, acho que o GNOME pode lembrar visualmente o Pantheon, mas vejo ambos como duas criaturas bem diferentes... com princípios trabalhados de maneira diferente, e isso quando não há princípios efetivamente diferentes.