Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 14/08/2010 - 11:30h
Estamos cercados de pessoas que "não gostam" disso ou daquilo, mas que jamais se deram ao trabalho de sequer experimentar.
É a mesma coisa dizer que não gostamos de "doce de pétalas de rosas com calda de limão". Tem gente que é capaz de fazer careta e torcer a cara, de tanto preconceito.
(Mas também acho que nenhum de nós já comeu desse doce, se é que existe).
A simples menção do nome Linux já faz certas pessoas viajarem na maionese e inventarem uma porção de estórias e argumentos contrários que "já ouviram falar" não se sabe onde.
Fui usuário Windows durante vários anos e agora migrei para o Linux depois de verificar cuidadosamente se valia a pena ou não.
Se tivesse de trabalhar com MacOS ou Solaris, ou BSD, para mim não haveria problema algum.
Apenas eu teria que me esforçar um pouco para me adaptar às novidades.
Aprendi a dirigir em jipe de 3 marchas à frente (câmbio não-sincronizado), e dentre os veículos terrestres mais estranhos estava um furgão Ford inglês onde o pedal do acelerador fica no meio, e um altíssimo ônibus International cuja 5a. marcha a gente tinha quase que descer as escadas para poder engrenar... Também um caminhão Mercedes "cara chata" a óleo com câmbio não-sincronizado (o terror dos motoristas iniciantes) e um fusca 61 "caixa seca".
Não precisa ser nenhum gênio ou "expert" para dirigir um veículo desses, porém a adaptação é necessária e obrigatória.
Claro que para um iniciante é muito mais fácil dirigir um carrinho 1.0 de qualquer marca que enfrentar certos brutamontes como aqueles caminhões FNM, Euclid, Mack ou REO (Acho que ainda existem REOs em alguns quartéis).
Assim como um motorista profissional precisa adquirir intimidade com o veículo com o qual trabalha, também um profissional de informática precisa conhecer um pouco de tudo que existe no mercado, sem ficar restrito a um só produto, a uma só marca.
Hoje quando uma pessoa afirma que Linux não presta (ou coisas assim), eu pergunto qual distribuição essa pessoa usa ou aprendeu a usar.
Não entro em detalhes.
E se me der na telha, eu explico que na qualidade de usuário de Windows, sempre reclamei de certos detalhes incômodos daquele sistema operacional e das coisas que o cercam, exatamente porque conheço o suficiente sobre o assunto e que no final das contas gostaria mesmo era de não ter tantas reclamações - e por isso migrei.
Já escutei muita abobrinha, principalmente (o que é pior) de gente que está terminando (?!!) o curso de TI na Faculdade.
Acho que o "leigo" tem direito de falar besteira, mas o "técnico" não.
O leigo tem o benefício do total desconhecimento de causa, enquanto o técnico tem é a responsabilidade sobre seus atos, seu falar e seu proceder.
Um "professor" que fala coisas desse tipo, dá um péssimo testemunho a respeito da escola que o contratou e também daquela que lhe transmitiu esses "ensinamentos".
Então ele passa a não ser incompetente sozinho, é uma incompetência grupal, por assim dizer. Quase uma formação de quadrilha...