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(usa Nenhuma)
Enviado em 26/08/2013 - 04:00h
Olá Maklei,
Vou responder suas dúvidas por aqui, de modo que os colegas que estejam acompanhando o tópico, também possam participar da discussão.
Primeiro, temos que saber o que exatamente, o seu orientador quer dizer com "distro Linux feita do zero".
Hoje, ninguém, repito, ninguém no mundo é capaz de fazer (sozinho) uma nova distro totalmente funcional completamente do zero, muito menos uma distro toda acabadinha com foco em iniciantes, pois essas costumam ser distros bem mais inchadas de recursos (perfumaria) do que uma distro pra usuários avançados como o Slackware, o Arch, o Gentoo ou o Exherbo (se formos radicalizar mesmo).
Por exemplo, se tomarmos o Ubuntu como referência, não há dúvidas na comunidade, de que ele é uma distro, mas sabemos que ele também não é feito do zero, mas sim aproveita a maior parte da base do Debian (e olha que o Ubuntu é desenvolvido, parte pela comunidade, parte por dezenas, talvez até centenas de profissionais que ganham muito bem para isso). Mesmo assim, ele é uma distro Linux.
O problema é justamente este, você até pode, com alguns meses de muito estudo e dedicação, construir uma nova distro do zero, com o LFS, mas ela não terá utilidade nenhuma e pelo que me parece, o seu objetivo é que a sua distro seja utilizada por iniciantes. Desse modo, o LFS é uma excelente fonte de pesquisa, mas jamais servirá como base para o seu projeto.
Se o seu orientador aceitar, que você faça a sua distro, aproveitando outra como base, tenho certeza de que, levando em consideração o foco da sua distro, o Ubuntu 12.04 é a melhor base pra você.
Recomendo que você baixe o Ubuntu minimal, que é uma ISO do Ubuntu que possui apenas 30 MB de tamanho e que possui apenas o necessário pra você arrancá-la em um CD ou pendrive.
Ao final da instalação, você terá apenas um sistema em modo texto, de modo que você precisará instalar e configurar a maior parte dos componentes que a farão um distro usável para um iniciante em Linux.
Aí você escolhe se quer ir aprendendo na base da tentativa e erro (o que é necessário fazer, quais pacotes instalar, como configurá-los) ou se você desejaria uma orientação para isso.
Eu sou mantenedor do UbuntUCA, um projeto que eu insisto em dizer que não é uma distro, mas sim apenas uma remasterização. Mas se tomarmos como parâmetro, muitas “distros” que encontramos no mercado, o UbuntUCA passa a ser, com uma larga margem, uma distribuição Linux, completamente funcional e adaptada aos laptops educativos do Governo Federal. Logo, posso ajudá-lo com o que aprendi ao longo desses dois anos e meio em minha luta diária pra manter meu projeto em pé.
Assim sendo, o seu projeto será uma distro ou uma remasterização, de acordo com o nível de personalização que você der a ele. Se você só instalar os pacotes, definir um tema e fechar a ISO, será só um remaster, mas quanto mais a fundo você for nas suas configurações, quanto mais você modificar as entranhas do seu projeto, mais ele poderá ser chamado de Distro.
Note que a linha que separa uma distribuição de uma remasterização é muito tênue, sendo que até mesmo a comunidade não consegue chegar a um consenso. Por exemplo, pegando uma projeto que está na crista da onda no momento, o Elementary é chamado de distro pelos seus entusiastas, mas sabemos que pelo menos no momento, ele está mais para algo um pouco acima de uma remasterização, pois nada mais é do que o Ubuntu com um tema e com uma coleção de aplicativos diferente, ainda que alguns desses aplicativos sejam escritos, pelos seus próprios desenvolvedores, especificamente pra ele.
Pois bem, se você quiser, eu lhe passo um pequeno documento que tenho aqui, que define o roteiro que eu uso, pra transformar o Ubuntu minimal, em UbuntUCA. Ele não diz como fazer as coisas, diz apenas o que é necessário fazer, mas acho que pode lhe orientar um pouco no seu trabalho.
Ficaria grato também, se pudesse ter acesso ao seu projeto, pois acho que isso facilitaria o meu entendimento dos seus objetivos.
Abraço