PCs com Linux embarcado

lekegf
(usa Ubuntu)

Enviado em 09/10/2009 - 20:28h

Olá!

As lojas e mercado que vendem máquinas com sistemas baseados em Linux embarcado nunca fazem distinção de com qual SO vem a máquina. Só colocam "Linux", contudo, no ShopTime já vi os caras falarem "Linux 3D", e vi um vídeo do WallMart agora onde falava Linux 3D também. Eu acho que é um Ubuntu (só tinha uma barra, a inferior, mas não com o menu padrão do Gnome, só a logo do Ubuntu - tem um menu assim para adicionar no painel) com o CompizFusion já instalado, aliás quando falam Linux 3D deve ser qualquer SO baseado em Linux com os efeitos "3D" do CompizFusion instalado, e quando colocam só Linux é porque o SO não tem uma placa de vídeo 3D boa para rodar o programa já citado (ou não, dependendo do caso). Alguém sabe confirmar se é isso, porque até onde sei não existe um SO chamado Linux 3D.

E o que vocês acham? Os vendedores deviam dar mais informações técnicas sobre o SO, ou só colocar Linux para não confundir a cabeça do consumidor?
Eu acho que não deviam colocar Linux, e sim a distro que vem no pc, pois isso só faz as pessoas pensarem que Linux é um SO, quando todos aqui sabem que Linux é o kernel, usando quem sabe uma distro ruim e degradando todos os outros sistemas. Ou a pessoa tem um Linux na casa dela, vai na casa do amigo e vê que o Linux é diferente, dai sim a cabeça do coitado vai ficar confuso, achando (exemplo) que o Mandriva é a nova versão do Ubuntu que ele usa, tenta instalar o amns do Mandriva lá no Ubuntu dele, dae já viu. Aliás, se quando o pc vem com Windows eles falam a versão, porque com Linux os caras não falam a distro? A versão não precisa falar, porque como os SO baseados em Linux estão sempre em desenvolvimento, a versão instalada no pc seria a versão corrente.

Deixem suas opiniões.
Grato pela atenção; Alex.

liota
(usa Mandriva)

Enviado em 09/10/2009 - 20:38h

Concordo plenamente, eu acho que deveria ser disponibilizado mais informações sobre o SO, quando se trata de linux,e acho que isso não é feito porque quem elabora essas divulgações deve provavelmente utilizar o ruindows, por isso não o descrevem direito.

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 10/10/2009 - 01:53h

a culpa nao eh do mercado, muito menos do vendedor, e sim do distribuidor

um dia eu foi ver uns notebook, e comecei a perguntar as configuraçoes dele, o vendedor soh sabia que era um dual core, e a quantidade de ram e de HD, e mais nada, eu queria um note p jogar tbm, e precisava de uma placa de video boa, e o vendedor nao sabia nem oq fazer, ele ateh chamou o superio dele, mas nao deu em nada

outro dia tava no walmart, ai vi um casal olhando uns notebook, ai o vendedor falou que vinha linux, o casal nem sabia oq era isso, e queria um com windows, ai o vendedor começo a falar que linux era gratuito e deixava o note mais barato, que depois de comprar era soh tirar o linux e colocar o windows

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muita gente tbm ve o linux nos notebook, como um SO genérico para nao ter que pagar uns R$300,00 em um windows original, e depois da compra colocar o "windows piratao"

meu irmao fez isso, comprou um da itautec com librix, e colocou o xp piratao que tenho aki, nao chegou nem a brincar com o linux

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Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 10/10/2009 - 02:34h

Concordo com sua opinião.
Apenas gostaria de fazer uma correção:
O Linux que acompanha o Pc nesses condições não é exatamente "embarcado".
Esse termo se usa por exemplo quando o sistema roda em regime exclusivo (como em CMOS, por exemplo) em um dispositivo qualquer, seja um Pc, um computador de bordo, um robô, etc.
É o caso dos Pcs que vem com o Linux em uma ROM dispensando assim a sua instalação.

Os fabricantes tradicionais (Itautec, CCE e outros) usam distros específicas, porém praticamente desconhecidas da maioria de nós, habituados que estamos com Ubuntu, Slackware, openSUSE, etc.
Alguns fabricantes declaram o nome de suas distros, porém a maioria não. E em alguns casos, vem um Linux "deportado" ou mal configurado, o que depõe grandemente contra esse S.O.

lekegf
(usa Ubuntu)

Enviado em 10/10/2009 - 22:34h

Vendedor sem noção, comprar um Windows "embarcado" (será que dessa vez o termo serve? xP) é mais barato que comprar um avuso depois, a não ser que seja pirata mesmo... Em alguns casos talvez Linux seja sim um "SO genérico" (quando vinda de fabricantes menores talvez, onde as causas de um problema podem variar), mas as distros famosas são melhores que Windows (falo mesmo). Se eu fosse vendedor não ia sair máquina com Windows da loja, iam até me demitir... huahua. flw.

pinduvoz
(usa Debian)

Enviado em 11/10/2009 - 00:00h

O termo que vc quer usar é este:

OEM = Original Equipament Manufacturer

Windows OEM, instalado pelo fabricante, em versão "original", adquirida do "produtor" (Microsoft), e pronto para uso;

Linux OEM = a mesma coisa, só diferindo do Windows em relação à licença, pois alguns são pagos, como o Linpus, usado pela ACER; outros são gratuitos, mas o fabricante paga por "suporte" ao usuário por prazo certo; outros são "criados" pelo fabricante (se não me engano, a Itautec usa um tal de Librix, criado por ela).

pinduvoz
(usa Debian)

Enviado em 11/10/2009 - 00:04h

Um detalhe interessante:

- desde que os fabricantes optaram por vender Linux OEM, a MS baixou muito, mas muito mesmo, o preço do Windows OEM;

- veja-se o caso do EEEPC, que hoje só vem com Windows, já que a MS vende XP Home para a Asus (e também para a Acer/AA1) a preço de banana.

annakamilla
(usa Manjaro Linux)

Enviado em 11/10/2009 - 00:09h

para isso existe PROCON

os fabricantes tem o dever de colocar descrições mais detalhadas de seus produtos.

pinduvoz
(usa Debian)

Enviado em 11/10/2009 - 00:25h

O PROCON serve para proteger o consumidor, mas não profere decisões "coercitivas". Ele é um órgão administrativo que, no máximo, aplica multas aos produtores e fornecedores que desrespeitam a legislação consumerista, o que obriga os consumidores lesados a buscarem o Judiciário para a satisfação de direitos, geralmente através de indenizações.

Nos casos de concorrência desleal, formação de monopólios e de práticas prejudiciais à livre-concorrência, temos o CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica, mas não me lembro de ter visto a Microsoft, condenada em outros países por tais práticas, processada por aqui (Brasil).

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 11/10/2009 - 11:59h

Já que tocaram no assunto, o consumidor tem o direito de comprar o computador SEM o sistema operacional e obter o abatimento correspondente a esse software no preço total.

(Sob o ponto de vista fiscal não seria "desconto" nem "abatimento" mas simplesmente a "supressão da cobrança" por esse ítem, que não faria parte integrante da base da cálculo para tributos, uma vez que não houve a sua venda e portanto não seria mencionado no documento fiscal).

NINGUÉM É OBRIGADO A COMPRAR O QUE NÃO QUER, APENAS PORQUE O FABRICANTE OU O VENDEDOR FORMARAM UM PACOTE CASADO PARA FORÇAR A VENDA DE ALGUM ITEM.

No entanto, tem sido um tanto difícil fazer valer esse direito, pois existe pouca ou nenhuma informação nesse sentido, e retirar o S.O. do equipamento iria exigir trabalho adicional, o que poderia eventualmente gerar uma certa polêmica quanto a responsabilidade sobre a remuneração desse serviço.

Trata-se porém de flagrante venda casada, que é terminantemente proibida pelo Código de Defesa do Consumidor.
No entanto, advogados teriam uma certa facilidade de interpor recursos, dependendo simplesmente de como (em que ordem) apresentariam os fatos: Primeiro o Código do Consumidor ou primeiro a prestação de serviços.

Embora para nós seja mais que óbvio que deva prevalecer o CDC (assim como é óbvio que de todo não é necessária a intervenção de um provedor de internet para autenticar os acessos a banda larga), os juizados geralmente não são especializados nesse mérito, e por enquanto ainda dependem da instrução que é dada ao processo, até que surja jurisprudência a respeito.

Cabe a nós particularmente pressionar urbanamente os vendedores a exibir as características do produto DO LADO DE FORA DA EMBALAGEM (EM PORTUGUÊS CLARO E INSOFISMÁVEL), e não ficar "inventando" argumentos para a venda.
Muitas vezes compra-se um produto que vem lacrado e somente após rompermos a embalagem e lermos algum manual (geralmente em inglês) é que constatamos que aquele produto não era exatamente aquilo que desejaríamos.

Como sugestão, acho que o fabricante que instala o Linux em regime de OEM deveria preparar uma espécie de folder para informar aos consumidores as características do software, o que se pode realmente fazer com ele, com o que ele é compatível, qual o tipo de hardware que ele reconhece, informações assim.

Já vi CPU em uma loja (uma papelaria de grande porte) com 512MB de memória e HD de 40GB, custando 449,00 e com um linux "qualquerix".
Ninguém sabe dar informação nenhuma a respeito daquela CPU, porquanto além de tudo até o gabinete é de marca desconhecida. É literalmente uma caixa preta...
Até o tratamento que lhe é dispensado pelos vendedores é diferenciado: "Esse é o XPTO, vem com 2 giga e tem o Windows Vista (e nem explica que é Starter Edition); Esse outro é o RALISKRIFTS, vem com 4 giga e também tem o Windows Vista; 'AQUELE LÁ' (o tal de 449,00) vem com um tal de 'LINÚX' e só tem 512 de memória. É fraquinho!"

lekegf
(usa Ubuntu)

Enviado em 04/12/2009 - 21:40h

"NINGUÉM É OBRIGADO A COMPRAR O QUE NÃO QUER, APENAS PORQUE O FABRICANTE OU O VENDEDOR FORMARAM UM PACOTE CASADO PARA FORÇAR A VENDA DE ALGUM ITEM."

Quanto a esse negócio de venda casada...

(Li por ai...) É verdade que quando a gente compra um pc com Windows a gente tem que aceitar um termo lá na primeira vez que liga o pc, e se a gente não aceitar esse termo e desligarmos o pc, o fabricante do hardware é obrigado a devolver o dinheiro do SO que veio com a máquina? Se sim, no caso de vir com Windows + MS Office + Sei lá o que, eles teriam que devolver o dinheiro do SO + dos softwares licenciados que já vem com o pc?

Eu não estava lá, mas minha mãe disse que quando comprou o Notbook que eu estou usando agora ele já veio do jeito que era (Windows na cabeça). Ligou e: "turum rum rum", lá estava o desktop.

Mas na real qual é? Aparece mensagem advertendo às pessoas que ela tem o direito de não usar o SO e receber o dinheiro de volta, ou não? Se é para aparecer mas não aparece, como recorrer?

Porque não da para falar para o vendedor: eu quero esse PC mas sem esse sistema, e me recuso a pagar por algo que não vou usar. Ele vai dizer: "nós só temos computadores com Windows, ele vem junto com o computador, não da para tirar. Se quiser comprar vai ter que ser assim!", ou algo bem tosco do tipo.

Como fica isso? Quero saber pra quando comprar um pc novo, eu não ficar com um hardware inferior só porque não quero Windows (pelo que eu percebi acontece, 2 pcs iguais, o que vem com Linux vem com menos HD ou RAM, por exemplo). Alguem poderia me dar detalhes desse tipo de situação com detalhes? Não adianta muito defender o pinguim e comprar um PC com Windows pra colocar Linux, vou estar enriquecendo o tio bill do mesmo jeito (além de ser prejudicado financeiramente).

Queria comprar um pc com Windows só para poder esfregar na cara de quem decidiu que aquele pc ia ser com Windows que eu não uso essa ***** e vou instalar um SL no lugar, além de ter que fazer eles devolverem o dinheiro do SO que eu paguei quando comprei a máquina, ia ser irado... huahua

Valeu de novo pela atenção, se alguém souber tirar minhas dúvidas agradeço, só tenho 18 anos e nunca comprei um pc, mas quando comprar quero estar ciente de meus direitos. Flw.

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 05/12/2009 - 13:45h

Na verdade, não há nenhum texto explicando seus direitos de consumidor e sim a tal de EULA da Microsoft que entre milhares de outras coisas obscuras e chatas diz claramente que se você acionar o software estará concordando com tudo aquilo que eles estão enfiando por sua goela abaixo.
E para chegar até esse texto o usuário já rodou o sistema operacional.
Muito conveniente, não?