xerxeslins
(usa openSUSE)
Enviado em 12/10/2013 - 19:28h
fiz uma leitura, um tanto rápida, dos artigos recomendados. Interessantes. Gostei de lê-los e acho que lerei outros desse site! :)
sinto-me impelido a fazer alguns comentários.
Somos oprimidos pela tecnologia? -
o autor cita apenas três tipos de pessoas que se relacionam com as novas tecnologias: a) as pessoas que acompanham as últimas tecnologias (compram os mais novos smartphones, e coisas novas), b) os que aceitam a tecnologia, mas tardiamente, após resistirem por um tempo acabam se rendendo e c) os que evitam as novidades tecnológicas, citando inclusive uma pessoa que se recusa a ter e-mail, etc.
Além disso, o autor dá apenas UMA justificativa para as pessoas terem acesso a tecnologia tardiamente ou recusarem-na completamente: isso seria o desconforto em aprender a usar novos recursos.
Por fim o autor diz que a melhor opção é sempre adquirir mais e mais produtos novos e ser o tipo de pessoa que aceita a tecnologia sem pestanejar.
Acho que o autor foi raso nesse ponto. A coisa é mais complexa. porque ele EXCLUIU completamente as pessoas que querem ter acesso a novas tecnologias, mas não podem por falta de dinheiro. E não por falta de vontade em aprender a "mexer" em algo novo.
Além disso, há pessoas que tem prioridades como pagar escola e comida para os filhos ao invés de gastar 2 mil e 800 num smartphone de ponta.
a questão que o autor levanta "Somos oprimidos pela tecnologia?", como ponto de partida é confusa porque ele não chega a explicar em que sentido ocorre essa "opressão". Por exemplo, eu conheço pessoas que usam celular antigo porque atende as necessidades dela, não sente falta de um smartphone, não quer um smartphone, não é prioridade, mas que já recebeu críticas por usar um modelo tão antigo. Isso seria uma forma de opressão sim - se for para levar em conta o conteúdo do primeiro vídeo (obsolescência perceptiva).
No entanto o autor diz que a tecnologia tem aproximado as pessoas ao invés de separá-las, como alguns críticos insistem em dizer. Concordo com o autor. A tecnologia hoje está conectada com os meios de comunicação e por isso as pessoas podem se comunicar mais facilmente. Beleza. Mas se alguém diz que a tecnologia está afastando as pessoas, em que contexto diz isso? o autor não diz! Porque junto com a facilidade da comunicação, hoje, muitos deixam de dar a devida atenção a quem está na sua frente conversando, para ficar navegando no smartphone, e isso seria uma forma de afastar as pessoas.
Outra coisa, o autor coloca no mesmo balaio inovações tecnológicas sutis e puramente consumistas como ipad2 para ipad3, com evoluções tecnológicas essenciais como o uso da eletricidade... como se o fato de eu rejeitar comprar o ipad3, por ter o ipad2, significa que eu rejeitaria qualquer outra forma de avanço tecnológico, o que é claramente FALSO. Usando um recurso exagerado, para isso, uma falácia disfarçada de argumento irônico.
Concluo que o texto foi bem elaborado, mas autor foi um pouco injusto em não apresentar o contexto da "opressão" e do "afastamento" das pessoas antes de apresentar as respostas para essas questões. o que deu a impressão de ele estar manipulando o leitor, para defender um outro ponto... mas nçao vou entrar nesse mérito só fiz uma leitura por cima.
aff acabei escrevendo mais do que pensei que escreveria. vou acelerar e resumir.
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Os ambientalistas e sua agenda anti-humana nos fazem de idiotas -
gostei do texto por mostrar o erro em se desesperar com previsões ambientalistas infundadas, e suas consequências. Mas não podemos, com isso, generalizar e repudiar qualquer preocupação com o meio ambiente, pois é fato que os recursos são finitos. Se o leitor não acabar caindo nesse raciocínio, o texto se mostra bem mais útil.
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O eco-socialismo, o socialismo real e o capitalismo - quem realmente protege o ambiente? -
Interessante, pois mostra o erro em culpar o capitalismo pelo prejuízo no meio ambiente. Faz uma correta distinção entre capitalismo e produtivismo! A china comunista super detona os recursos naturais e polui que é uma beleza, por exemplo. O autor também culpa sistemas capitalistas. Muito bom. Não nega danos ao ambiente que são causados pelo produtivismo também. Porém, ele se esforça para, a partir de uma comparação histórica, dizer que o capitalismo é melhor que o comunismo em preservar o meio ambiente. Mas essa discussão é meio inútil, pois como o próprio autor definiu bem, é o produtivismo e não o modelo político de governo que define o que é menos prejudicial para a natureza, mesmo que na história humana, até hoje, o modelo comunista tenha se mostrado mais "rígido" em permitir as mudanças necessárias para proteger a natureza - seria uma falácia pegar esse ponto e a partir daí declarar que sempre e com certeza o capitalismo é melhor em proteger a natureza que o comunismo, sendo que o X da questão é o produtivismo.
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ok é isso