Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 09/10/2011 - 09:06h
Geraldo, suas palavras e seus argumentos são sempre benvindos.
Obrigado pela música.
E acho que devo complementar algo a respeito de meu post mais recente:
Não concordo com a legalização
pura e simples de qualquer droga, pois isso apenas substituiria
provisoriamente um problema e criaria mais outro.
A midia, os lobbies e os governos mundiais sempre influenciarão bastante a opinião popular e farão praticamente quase tudo o que bem entenderem.
Porém o povo ainda tem algum controle sobre esse "quase".
Mas para poder exercer tal controle, o povo tem de ser povo e não apenas massa de manobra, tem de saber o que quer, por que quer, como quer.
É muito engraçado eleger o "Rinoceronte Cacareco" (Zoo de São Paulo), o "Macaco Tião" (Zoo do Rio), o Tiririca (comediante).
É uma forma de protesto? Claro que é.
Mas com a legislação atual, "votar no Tiririca" (ou afins) significa que estaremos também votando indiretamente numa corja de indesejáveis que jamais seria eleita pelos processos "normais".
O povo tem de ter educação de qualidade.
Tendo educação (não apenas sendo alfabetizado) entenderá de política - e não de politicagem - pelo menos para saber quem faz o que no governo, e não ficar reclamando que "depois que o Lula foi eleito as ruas do meu bairro estão cheias de buracos" e outras asneiras de igual teor.
O povo sabendo o que faz, terá condições de saber o que realmente quer, e finalmente escolher entre ser empreendedor e conseguir um bom emprego.
E também saberá que usar drogas conduz apenas a um estado de euforia passageiro, que com a continuidade trará graves consequências, entre as quais a improdutividade funcional e a morte.
Quanto à população GLBT (especificamente os gays), essa questão tem muitos outros aspectos.
A lei afirma que ser GLBT é uma "opção sexual", mas no entanto os reais interessados - o povo GLBT - afirma que é uma questão de "genética" e não de "opção", no que são apoiados por boa parte da ciência médica.
Contudo, existem outros aspectos a serem considerados, embora a lei e a ciência se tenham fechado hermeticamente em suas posições e não admitam sequer a hipótese de existirem outras faces nesse mesmo prisma.
Alguns GLBT não se enquadram nessa questão de simples "opção" ou de "genética" e chegam a apresentar quadros de grande sofrimento que mereceriam um melhor acompanhamento. O que lhes é taxativamente negado, pois agora é proibido ao pessoal da saúde tratar um gay como "doente", e isso generaliza a situação, de forma que àqueles que precisam lhes é negada a devida atenção, o carinho, o respeito como cidadão.
Ora, isso não é de forma alguma acabar com o preconceito, e sim alimentá-lo mais ainda.
O que estou dizendo é que algumas atitudes que parecem ser soluções, na verdade não o são.
A Holanda legalizou parcialmente a venda de drogas em Amsterdam, porém ainda existem ali graves problemas nesse sentido, e que estão fugindo ao controle estatal.
Uma nação corroída pelas drogas, simplesmente morre. Deixa de ser um "povo" para ser "um bando de gente".
Uma sociedade que viva angustiada ou sobressaltada não tem a mínima condição de ser feliz.
O que não podemos é entrar pessoalmente no esquema que certos grupos nos impõem, na ilusão de que tais esquemas possam nutrir o nosso corpo e - por que não dizer - a nossa própria alma.
Então, nossa reação tem de ser pessoal e constante, não deixando que "o mal" tome conta de nossos atos e até mesmo de nossos pensamentos.
Precisamos estar mentalmente produtivos durante todo o tempo, alimentando a nossa "máquina" - não com utopias - mas com valores morais e éticos elevados, praticando "o bem" e procurando aprender sempre um pouco mais sobre todas as coisas ao nosso redor.
Ora, cada um tem seu próprio conceito do que seja "o bem" e do que seja "o mal", e em geral não é necessário que ninguém venha nos explicar isso através de sua própria ótica (por exemplo, através da religião).
Podemos não concordar individualmente com certos posicionamentos morais, éticos e religiosos à nossa volta, porém temos obrigação de pegar os valores positivos que já temos e exercitá-los em todo o tempo.
Obs. Quando falo em "alma", isso pode ser interpretado tanto como sendo o "psichos" (a mente) quanto a "psiké" (o princípio de vida) de que fala o Paulo de Tarso em seus escritos.
Tudo que acontece tanto em "psichos" quanto em "psiké" tende a refletir-se de alguma forma no corpo físico, sendo que psiké age subconscientemente e psichos pode ser consciente ou subconsciente.
Se fôssemos um navio, a parte subconsciente de psichos seria a nossa sala de máquinas, e a parte consciente o nosso capitão.
"Exercitar valores morais e éticos elevados" significa simplesmente nos livrarmos de todo o lixo que possamos ter acumulado em nossas mentes - incluindo nesse processo libertarmo-nos da influência das drogas ou de qualquer outra substância, evento ou coisa que nos dê emoções artificialmente.