Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 16/11/2008 - 08:29h
Flopz, o que acontece é que existem programas que foram desenvolvidos especificamente para UMA das versões do Windows, alguns que rodam em ALGUMAS versões do Windows mas em outras não;
Tem programas que rodam apenas no Vista;
Outros rodavam desde o 3.1 até o 98;
Outros rodavam no 95 mas não mais no 98, e por aí vai.
Existem programas que foram desenvolvidos especificamente para o MacIntosh (Apple) e não rodam em nenhum outro sistema operacional.
Os programas desenvolvidos para Linux e para Windows não rodam no Mac, pelo menos em modo nativo, natural.
Da mesma forma, programas desenvolvidos para Windows e MAc não rodam necessariamente no Linux.
Ou seja, "cada um no seu quadrado".
No entanto, existem formas inteligentes de "quebrar um galho" e fazer com que programas de um sistema operacional possam rodar debaixo de outro - ou "através" de outro.
O programa que acessa o serviço MSN no windows é específico para Windows, no entanto o MSN em si é baseado na rede mundial de computadores, que é praticamente sinônimo do sistema operacional que pode ser considerado o "avô" do Linux (o Unix).
Portanto, o ambiente da internet é a coisa mais natural do mundo para o sistema Linux (e não é nada natural para o Windows).
Desenvolveu-se portanto um programa chamado aMSN, que podemos dizer que é uma forma de acessar os serviços do MSN através do Linux.
Você usará sua conta normal que já tenha no MSN.
Quanto aos jogos, o fato de rodar "normal" ou não, irá depender da natureza do software.
Existem excelentes jogos desenvolvidos para Linux, outros desenvolvidos para o Windows.
Esses últimos poderão rodar no Linux seja através de emuladores ou de máquinas virtuais, etc. (Sempre tem um jeito).
Alguns rodam muito bem, outros mais ou menos, enquanto outros ainda deixam muito a desejar quanto ao desempenho.
Tudo depende da forma como foram programados. Alguns utilizam recursos da máquina de uma forma tão específica que não dá para fazer uma emulação.
Hoje em dia, porém, dá-se ênfase ao desenvolvimento de software multi-plataforma, que pode rodar diretamente (ou mediante alguma modificação menos trabalhosa) em vários sistemas operacionais, ou em vários tipos de máquina (alguns antigos jogos para PC já chegaram ao celular!).
Acho que sua primeira pergunta já foi respondida:
Os tais "softwares copiados" poderão na verdade rodar ou não, dependendo da forma como foram implementados.
Mas se forem específicos de qualquer outro sistema operacional, teremos que usar algum recurso extra que torne isso possível.
Por exemplo, o SAMBA permite que Linux e Windows se comuniquem de forma a que alguns programas Windows possam rodar.
O WINE permite que aplicativos Windows (mesmo SEM o Windows) possam rodar no Linux.
Se vai funcionar ou não, repetimos, depende de COMO foi feito o programa (da habilidade e conhecimentos do programador), e não se o sistema operacional tal (ou a linguagem de programação tal) é "bom" ou "ruim".
De qualquer forma, no Linux a chance das coisas funcionarem como queremos é quase infinita, dependendo às vezes de muito trabelho, pesquisa e dedicação.
Quanto ao que se afirma, que é "dificil de mexer", eu gostaria de fazer uma comparação.
Os automóveis da Ferrari, Lamborghini, Aston Martin, etc. têm características esportivas bastante calcadas na mecênica e na aerodinâmica. Carros assim não deveriam ter câmbios automáticos (segundo alguns), pois o câmbio mecânico permite "sentir" melhor o carro, e pilotar de uma forma mais "esportiva".
Num carro desses, passamos as marchas de olho no conta-giros (se não, detonamos a máquina em poucos segundos).
Dirigir um carro com câmbio automático é mais prazeiroso para dar uma voltinha, ir até a casa da sogra com a mulher e as crianças.
Agora, numa viagem a turismo, dirigindo em plena Floresta Negra, nenhum conhecedor de automobilismo em sã consciência abrirá mão de pilotar "de verdade".
Por isso afirmo que, um pouquinho mais de "trabalho" que possa dar, os linuxistas irão querer SEMPRE "passar suas marchas" manualmente, tendo perfeito controle sobre tudo que acontece com sua "máquina".
Mas mesmo no Linux, tem-se a opção de um "câmbio automático".
Com uma diferença: Nós mesmo podemos fazê-lo, SE apenas quisermos.
Ok?