Boot Linux - o que acontece quando ligamos o computador

O artigo tem como objetivo principal mostrar as particularidades que envolvem o processo de boot (inicialização) do sistema operacional GNU/Linux.

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Por: Luiz Vieira em 13/07/2009 | Blog: http://hackproofing.blogspot.com/


O Boot no Linux - Conclusão



Agora que o BIOS fez a inicialização dos dispositivos de hardware do computador, esse programa continuará em execução auxiliando o Kernel a gerenciar os recursos do computador. No sistema operacional Linux o Kernel é a base do sistema. Ele controla o acesso à memória, ao HD e aos demais componentes do micro e divide esses recursos disponíveis entre todos os programas que forem executados. Todos os programas, desde os aplicativos de linha de comando, até os aplicativos gráficos rodam sobre o comando do Kernel.

Naturalmente uma SB Live e uma placa AC'97 onboard por exemplo oferecem conjuntos diferentes de recursos e se comunicam com o sistema de uma forma particular, ou seja, falam línguas diferentes. Por isso o Kernel inclui vários intérpretes: os módulos de dispositivos.

Podemos dizer que os módulos são as partes do Kernel mais intimamente ligadas ao hardware. Os módulos são as partes do Kernel que mudam de máquina para máquina. Temos também um bloco principal, "genérico" do Kernel.

Você pode instalar módulos para diversos dispositivos, esses módulos em geral são arquivos pequenos que não ocupam tanto espaço no seu HD e são ativados apenas quando solicitado, o que evita lentidão no sistema por uso desnecessário dos recursos do processador.

Um exemplo de como carregar um módulo manualmente, você poderia carregar o módulo para a SoundBlaster 16 (do seu velho 486), com os seguintes comandos:

# modprobe sb

E descarregá-lo com um:

# modprobe -r sb

O kernel, bloco principal: "genérico", somente é alterado quando você o recompila manualmente ou instala uma nova versão, o Kernel apresenta-se como um arquivo compactado e de somente-leitura, gravado em: /boot/vmlinuz. Ao ser chamado pelo gerenciador de boot esse arquivo é descompactado em uma área reservada da memória RAM e roda a partir deste local. Esse processo de transferência para memória é importante para que se obtenha um melhor desempenho na execução dos processos, pode ser aproveitando o fato de que a memória RAM é muito mais rápida que o HD.

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Páginas do artigo
   1. O Boot
   2. Os gerenciadores do boot
   3. Organização do Boot do Linux
   4. O Boot no Linux - Conclusão
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Comentários
[1] Comentário enviado por darkhscosta em 15/07/2009 - 22:38h

Muito bom o artigo Luiz. Apesar de não haver entrenós intimidades ou familiaridades, venho com certa liberdade lhe dizer q se trata - dentro de meu leigo conhecimento - de um material de referência muito claro e eficiente, tanto para leigos como também acho que os mais experientes também o podem colocar num "post-it" para eventual consulta.

Parabéns!

[2] Comentário enviado por BrunoEstevao em 03/05/2010 - 11:22h

Opa... Muito legal seu artigo. Simples e explica bem
Valeu,

Bruno Estevao
www.sempihost.com.br

[3] Comentário enviado por nicolo em 27/01/2011 - 07:45h

Apenas curiosidade:
O dicionário americano de etmologia define o termo boot como muito antigo (middle english). Basicamente significa botas ou sapatos curtos em contraste com a s botas longas.
Foi utilizado em 1944 para inicialização de recrutas "boot camp", como gíria para colocar as botas pela primeira vez.
Segundo o dicionário de etmologia (origem das palavras) o termo original pode ter vindo do germânico ou norse (escandinavo antigo), também do grupo germânico.

Quando utilizado em informática o termo já existia.


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