Quando criamos uma página para ser exibida na web, usamos uma linguagem de definição de formatação de texto chamada HTML (Hyper Text Markup Language). Essa linguagem contém definições padronizadas sobre como um texto/página deve ser exibido na tela do usuário e baseado nessa definição¹ os desenvolvedores de browsers implementam as funções de interpretação de comandos em seus respectivos softwares.

1. O padrão das linguagens usadas na WEB é distribuído pela W3C (www.w3c.org).

Fazendo uma analogia aos browsers web, vamos supor que escrevi uma poesia e a distribuí para 5 pessoas. Cada uma delas interpretará o significado da poesia de uma forma diferente, mas é claro, mantendo sua essência original, compreendendo a idéia geral que tentei passar por meio de palavras. Para alguns a poesia pode soar mais bonita, para outros mais dramática e por aí vai. É devido a essa liberdade de interpretação que as vezes nós, desenvolvedores web, enfrentamos problemas de incompatibilidade de sites quando o visualizamos em diferentes browsers. Na telefonia celular esse problema também há de vos acompanhar, não se animem muito! :)

Quando estamos navegando pela internet via celular, usamos um mini-browser para interpretar o conteúdo das páginas acessadas. Cada fabricante de celular possui sua própria implementação de mini-browser baseada na definição da W3C... hum... sentiu o drama? Isso te lembra alguma coisa? Microsoft? Netscape? Ok.

Da mesma forma que o HTML é usado para definir páginas acessíveis pelos web browsers, a WML (Wireless Markup Language) é a linguagem usada para definir as páginas acessíveis pelos WAP browsers.

A WML é rigorosamente baseada em XML, o que torna sua definição bem mais robusta que o HTML. Originalmente o HTML foi projetado para ser o que é hoje o XML, mas pela má definição do que realmente seria o HTML na época de seu surgimento, ele acabou tendendo para ser uma linguagem de "formatação" de documentos e não de definição de estrutura de documento.