Já esteve em uma casa na praia em pleno dia de chuva deitado numa rede localizada na varanda ou sacada onde o silêncio local lhe permitia apenas escutar o som da chuva gotejando sobre o solo, árvores e plantas?
O sentimento que se instalou em mim foi de pura liberdade, onde o único limite imposto fora a chuva, mesmo assim ainda podia escolher continuar deitado descansando o corpo e a mente, observando as maravilhas da criação, respirando o ar da chuva, que enquanto caia cortando o tempo emitia um limpo oxigênio, ou encarar aquelas gotas de chuva que no cair em quantidade reproduzia o som de uma linda sinfonia.
Após essa introdução você deve estar pensando: "lá vem o fulllinux com mais um de seus artigos ideológicos".
Bom, talvez seja realmente e me proponho a explicar explicitamente toda essa introdução, até porque é assim que me sinto ao operar
Linux e prometo que desta vez não irei me alongar.
GNU/Linux, ou simplesmente Linux como diz Linus Torvalds (erroneamente, pois existe um outro personagem nessa história), não parece ser apenas um sistema operacional como outros que conhecemos por ser um sistema com uma grande história envolvendo seu nome, mas sim por sua liberdade, não digo isso apenas pelo fato de ser um sistema operacional livre, mas também por ser aberto.
Quem quer aprender a fundo como funciona um sistema operacional tem sua chance como o Linux. Basta fazer aquilo que o mestre Cabelo sempre nos lembra a fazer, "Leia os fontes", para mergulhar nas entranhas do pinguim, não há plataforma melhor para esse aprendizado e isso levando em consideração a maioria dos aplicativos.
Outro ponto muito forte que me deixou apaixonado pelo Linux é a Liberdade de escolha.
No Linux, o usuário não fica preso às decisões de um único desenvolvedor, há sempre mais de uma opção para cada componente do sistema, um exemplo muito nítido disso é a quantidade de ambientes gráficos que ele dispõe, há muitos para escolher e se mesmo assim não gostou do resultado, pode abusar de recursos como Compiz e Beryl ou que tal a fusão dos dois no Compiz-fuzion. E para que fique bem claro já empregavam transparência e gráfico 3D muito antes do novo e tão rejeitado "OS" da Microsoft.
Mas tenho certeza que uma das coisas que mais apaixona o usuário do Linux é o seu suporte comunitário.
O Linux tem uma comunidade muito ativa onde é fácil conseguir informações e ajuda, assim como o VOL ao qual escrevo, há uma infinidade de fóruns e listas de discussões na internet que tratam do nosso querido pinguim.
Em consequência dessa natureza aberta do Linux e da troca de informação nas comunidades aonde o assunto é Linux é que os Linuxers adquirem muito mais conhecimento técnico que usuários de outras plataformas. Compilar programas, resolver dependências e editar arquivos de configuração são tarefas que raros usuários de Windows ou MacOS se arriscam a encarar, mas nós apaixonados por Linux tiramos de letra e temos o prazer de ensinar.
E o que dizer das empresas? É claro, empresas também podem contratar um serviço de suporte profissional se preferirem. Há centenas de empresas que trabalham nessa área no Brasil.
Portanto não perca tempo, assim como sentir-se livre em um dia de chuva e com seu total livre arbítrio, respirando ar puro lhe trazendo o mais puro conforto, a estrela mais brilhante do mundo Open Source, não é só uma plataforma sólida para servidores, como também manda muito bem nos desktops.
Faça como agente, Viva o Linux e viva a liberdade!
Rafael Santana
Codinome: Fulllinux
Distribuição: Slackware
santanaig@gmail.com.br