Nesta seção serão dados alguns exemplos de interpretação da listagem das permissões de arquivos. Para isso, deve-se levar em consideração a figura 08.
Nesta listagem, por se utilizar o parâmetro -a, são listados, como diretórios, um arquivo chamado "." e outro chamado "..". Respectivamente eles representam o diretório atual e o diretório logo acima dele na árvore de diretórios. Eles serão ignorados nesta análise.
O primeiro arquivo que aparece nesta listagem é o codigoFonte. Note que ele possui o sufixo '*', que significa que é um arquivo comum com permissão de execução. Voltando as atenções para a primeira coluna, da esquerda para a direita, tem-se: -rwxr--r--. O primeiro caractere confirma que este é um arquivo comum. Os três caracteres da seqüência (rwx) mostram que o dono deste arquivo tem permissões totais sobre ele (pode ler, alterar/remover e executar -o que justifica o sufixo '*'-). As duas próximas seqüências de três símbolos são iguais (r--). Isto significa que, tanto os membros do grupo do dono, quanto os outros usuários do sistema podem apenas ler o arquivo, nada mais.
O segundo arquivo da listagem é o codigoFonte.c. Apenas lendo o nome já se pode supor que é um arquivo de código-fonte da linguagem C, por causa da extensão .c. Isto mostra a importância de se colocar extensões nos arquivos -mesmo que o
Linux não obrigue o usuário a fazê-lo-. Na primeira coluna tem-se: -rw-r--r--. Assim, o dono do arquivo pode ler e/ou alterá-lo/removê-lo, mas não pode executá-lo. Como no arquivo anterior, tanto os membros do grupo do dono, quanto os outros usuários do sistema podem apenas ler o arquivo (r--).
O arquivo dir1 é um diretório, pois possui o sufixo '/'. Sua primeira coluna apresenta: drwxr-xr-x. O primeiro caractere comprova que este é um diretório. A seqüência seguinte (rwx) mostra que o dono do arquivo pode listar o conteúdo do diretório, modificá-lo/excluí-lo e entrar dentro dele. Tanto os membros do grupo do dono, quanto os outros usuários podem listar o conteúdo do diretório e entrar dentro dele, mas não podem alterá-lo/excluí-lo (r-x).
O arquivo dir2 também é um diretório e sua primeira coluna apresenta: drwx------. Isto significa que o dono tem permissões totais sobre o diretório (rwx) e que os membros do seu grupo e os outros usuários do sistema não podem exercer nenhuma operação sobre o diretório (---).
Em dir3, temos um diretório onde a primeira coluna apresenta: drwxr-Sr-t. Nesta listagem os atributos especiais estão ativados. O 'S' da sétima posição indica que todos os arquivos criados neste diretório -não importa quem crie- pertencerão ao mesmo grupo do dono deste diretório -bit setgid ativado-. Pelo fato de o 'S' estar em maiúsculo, significa que o 'x' que deveria aparecer ali está desativado -membros do grupo do dono não têm permissão de entrar no diretório. O 't' na última posição mostra que o bit sticky do diretório está ativado e o 'x' daquela posição também -pelo fato de o 't' aparecer em minúsculo-. Assim, os arquivos criados dentro deste diretório podem ser apagados apenas pelo seus donos. Quanto ao restante, o dono tem permissões totais sobre o arquivo (rwx), membros do seu grupo podem apenas listar seu conteúdo (r-S) e os outros usuários podem listar seu conteúdo e entrar nele (r-t).
O arquivo simbólico é um link -após seu nome há a representação do lugar para onde ele aponta-. Sua primeira coluna é: lrwxrwxrwx, o que quer dizer que tanto seu dono, quanto os membros do grupo do dono e outros usuários do sistema têm permissões totais sobre o arquivo.