Para tratar um sinal, ou seja, configurar o que eu quero fazer quando receber este ou aquele sinal, se usa a chamada de sistema signal. Que coisa, um desavisado juraria que signal é para enviar um sinal, nada mais intuitivo! Mas não, kill envia, signal trata.

A chamada signal é até bem simples: eu determino qual função será usada pelo Sistema Operacional para tratar determinado sinal. Agora sim vamos melhorar o nosso código em C. Se possível, faça enquanto lê este artigo. Não dói nada (pelo menos é o que dizem!).

No caso vou determinar o que eu quero que aconteça quando meu programa receber o sinal HUP (1) que deve significar reiniciar.

Este meu simples programa fica incrementando a variável a eternamente e imprimindo ela na tela. Neste contexto, acredito que o "reiniciar" seria tornar a variável a como zero, certo? Veja que o significado depende da aplicação. Serviços geralmente interpretam isto como reler todos os arquivos de configuração.

No meu caso para não entrar em polêmica de passagem de parâmetros, tornei a variável a global para que uma função possa alterar ela (digo sempre aos meus alunos: NÃO USEM GLOBAIS. Espero que eles não leiam isto! Bom, se bem que eu digo que existem poucas situações onde globais é necessário. Creio estar em uma delas).

Chamei o meu código de sinais2.c:


Brinque com ele! Compile, execute e fique enviando sinais 1 para ele:

$ ./sinais1
Meu pid eh 10719
Valor de a = 0
Valor de a = 1
Valor de a = 2
Valor de a = 0

No caso eu abri um novo terminal e nele digitei:

$ kill -1 10719

Foi o kill que fez o a voltar a ser 0 depois de ter sido 2! Tente você!