Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 27/03/2013 - 12:29h
Gostaria de dar uma opinião:
Nenhum governo, seja comunista, socialista, capitalista ou o que for, tem interesse algum em "manter o povo na ignorância e na miséria".
Para qualquer governo é importante haver pessoas que possam representar seu país condignamente, seja na ciência, na cultura, nos desportos, etc. e os governos investem nisso tanto quanto possível.
E se isso não acontece na proporção que seria ideal (sim, existem povos inteiros mergulhados na mais profunda ignorância, miséria e total falta de dignidade), é por causa de lobbies que, visando seus próprios interesses imediatistas, atrapalham a correta governabilidade das nações.
Vejam o caso dos Estados Unidos, tidos por alguns como "algozes da humanidade": Todas as ações ofensivas e repressivas dos Estados Unidos foram provocadas não pelo povo americano, mas por ações lobbistas.
Se dependesse realmente do povo e de seus representantes honestos, o Pentágono não arranjaria verbas tão grandes para operações militares.
Tanto lá quanto aqui, não adianta nem mesmo saber votar bem. Votar o povo vota, mas sempre há "alienígenas" eleitos...
(Há diferenças, pois aqui não se frauda a urna, mas o político indesejável entra pela janela mesmo. aliás, parece até que nós estamos de marcação: Tudo o que nos causa algum mal ou prejuízo, vem através de janelas) (*)...
Acontece que o povo não sabe investir em si, não procura destacar-se em nada.
Um jovem com visíveis pendores matemáticos, científicos, desportistas, etc. é disputado em qualquer parte do mundo como
preciosidade seja nos regimes de Fidel Castro, Hugo Chaves, Dilma Roussef, Barack Obama, etc.
Igualmente ocorre nos Emirados ou nos países socialistas.
Porém a maioria dos países não investe na massa popular, mas apenas no "Jonathan Seagull" ("Fernão Capelo Gaivota"), aquele que se destaca.
Tenho um casal de amigos que se formou em Medicina aqui no Brasil e foi para a Suiça, com a clara intenção de clinicar por lá.
Porém nosso diploma não é válido naquele país, e eles tiveram de fazer um exame de proficiência (foram reprovados no primeiro) que lhes deu direito a ingressar no terceiro ano da Faculdade (Lá, o curso de Medicina dura nada menos que 9 anos).
O governo percebeu o enorme interesse delas e investiu em sua carreira profissional, fornecendo-lhes alojamento, alimentação, aulas intensivas de Alemão e até uma ajuda de custo.
Eles hoje são médicos formados na Suiça, têm um excelente salário, e eu lhes pergunto: O que é que eles vêm fazer mais por aqui, senão passear de vez em quando?
Então o que afirmo é que o investimento existe, quando se percebe que vale a pena, que vai haver um bom retorno.
Claro que no meio desse processo, sempre haverá algum que fique de fora, pois não conseguiu visibilidade suficiente.
Afinal, exceções também existem.
Quanto à China adotar o Ubuntu, em boa parte é por causa da economia com licenças (eles por lá, ao contrário daqui, sabem fazer contas), e em parte pela padronização que para eles é muito necessária.
Os motivos, os colegas já mencionaram.
A propósito, hoje em dia as nações não são mais divididas entre "capitalistas" e "não-capitalistas" pois todos os regimes se tornaram de alguma forma partidários de uma porção tida como benéfica do capitalismo. Embora não se adote o chamado "capitalismo selvagem", mas sim uma forma eclética, onde eles podem continuar com seus antigos regimes socialistas ou comunistas e ao mesmo tempo fazer empreendimentos lucrativos, onde ganham a nação e também a iniciativa privada, mas sempre sob os olhares atentos do governo.
Ocorre que as países declaradamente capitalistas se globalizaram de uma forma, e os do bloco socialista/comunista também se "globalizaram", porém mantendo uma grande individualidade.
Agem como capitalistas perante os demais países, porém internamente não mudam de regime.
Como já foi mencionado pelos colegas, há toda uma cultura, toda uma tradição, que não pode simplesmente ser quebrada de uma hora para outra.
(*) Everything that causes us harm or injury, comes through windows