Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 28/01/2009 - 17:00h
Tudo é relativo.
Trabalhei numa empresa onde havia vários programadores Cobol e alguns analistas, tudo macaco-velho e escolado.
Mas tinha também o nosso "mascote" com apenas 17 anos e que sabia muito mais de certos macetes e how-to´s do que todos os mais velhos.
Tudo aquilo que não era documentado nos manuais, ele saía fuçando, descobrindo os porquês, anotando, desenvolvendo em cima, etc.
Os programas que ele escrevia quase não tinham erros. E olha que em CObol se escreve MUITO.
E o danado do cara era o rei das "keystrokes".
Detalhe: Era autodidata.
Há nisso algumas diferenças:
- A menina e o menino têm respectivamente 9 e 8 anos; Ele tinha 17, portanto muito mais.
- A menina tem um "Certificado" que lhe foi outorgado por alguém; O rapaz, não. Até a minha saída da empresa, ele era um autodidata, por vezes até chamado de "curioso" pelas pessoas menos avisadas.
- O fato de ter um Certificado aos 9 anos de idade é apenas folclore. Não serve de nada na prática. Serve mais para os pais saírem por aí "desfilando" a filhotinha.
O rapaz de 17 anos hoje deve estar muito mais velho (se estiver vivo), e se seguiu a carreira como profissional de TI, certamente estará hoje fazendo muito mais pela humanidade do que a menininha com seu certificado.
Mas estou falando desta forma porque os produtos da MS (e da indústria formal) têm um ciclo de vida muito curto.
Imaginem sõ alguém hoje com um certificado de usuário do Windows 3.1...
Tenho guardados na gaveta meus certificados de programador Assembly SL3, SL5, LT/AE.
Como "Certificados" eles jamais me serviram de nada (o conhecimento, sim).
Descobri que fazer programa em Assembly sairia muito caro para a empresa(*), e portanto, me virei e aprendi LM para fazer TODOS os programas necessários (Sistema de Pessoal, Sistema de Faturamento, Estoque com PCP)
Fui autodidata em Z80 e ganhei algum dinheiro com isso.
(*) Tinha de chamar o técnico do fabricante para desproteger o firmware, aguardar a carga e depuração dos programas, recarregar o firmware e retestar o hardware. Isso tinha um custo um tanto alto. Escrevendo em LM eu apenas modificava o conteúdo da memória, e não precisava da presença do técnico.