hrcerq
(usa Outra)
Enviado em 26/02/2018 - 19:14h
raserafim escreveu:
hrcerq escreveu:
raserafim escreveu:
hrcerq escreveu:
Agora, acrescento também o seguinte: decidir se vale a pena ou não seguir determinada filosofia é algo muito pessoal. Não se pode tentar impor a sua filosofia a outros. [...].
de certa forma, concordo também...
Ainda que, na maioria das vezes pelo que vejo de comentários por aqui, a defesa do software proprietário ou a indiferença quanto ao Software Livre está fundamentado na incompreensão da relação que há entre Software Livre e todo ecossistema baseado no Kernel Linux. [...]
Acho que entendi o que você quis dizer e, se entendi, eu traduziria da seguinte forma:
"Há também uma filosofia da indiferença, isto é, aqueles que pregam a indiferença em relação à licença de software, a tal ponto que se você é alguém que leva esse fator (licença) em consideração, então você é quem deve ser considerado fanático. Existe uma inversão de valores nessa filosofia, pois critica-se que o outro se importe e não a imposição daquilo que é importante para o outro."
Apenas quis dizer que as pessoas que se dizem indiferentes, geralmente, é porque não conseguem perceber a relação entre os aspectos filosóficos-políticos e os aspectos técnicos!
No entanto, essa sua citação nos permite avançar na reflexão...
Verdade, extrapolei na intepretação, até porque é mais ou menos o que eu penso que acontece. Sem generalizar, claro. Não acho que quem é indiferente necessariamente faz essa inversão.
Além das diferenças em virtude da incompreensão há, também, a indiferença em virtude da defensa de uma posição que é maioria ou é hegemônica -- ainda que indiretamente ou inconscientemente. Isto é, quem tem a posição da maioria ou a posição hegemônica pode se dar o privilégio e não precisar defender a sua posição: visto que permeia também o senso comum.
Porém, por outro lado, quando se defende uma outra posição, neste caso, costuma ser necessário a sua afirmação cotidianamente -- o que faz com que apareça aos olhos dos outros como alguém fanático.
Essa afirmação, como você diz não é em palavras, certo? Eu pelo menos não afirmo nada no meu dia a dia, em palavras. Não vejo porquê. Tenho minhas crenças e meus valores, e me baseio por eles, mas não preciso ficar afirmando essas crenças e valores por aí. Basta vivê-los.
Isso por si só atiça muita gente. Já fui por vezes acusado de radical e extremista apenas pelo fato de alguém ver uma tela preta no meu computador (nada mais do que isso). Não é preciso dizer uma única palavra para gerar desconforto (não que esse seja o objetivo, pelo contrário, esse é um efeito indesejado).
Enfim, são coisas da vida, não se pode agradar a todos, então é melhor agradar a si mesmo, pelo menos. O resto é consequência. Como eu disse, acredito nos exemplos. Se meu exemplo é bom para os outros, seguirão. Se não é, não seguirão. Afirmações, em palavras, são inúteis. Cada um que siga aquilo que acredita ser o melhor pra si e deixe que os outros façam o mesmo.
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Atenciosamente,
Hugo Cerqueira