Buckminster
(usa Debian)
Enviado em 23/02/2018 - 13:13h
LinuxWalker:
Vamos por partes. Começaremos com o conceito de prova, segundo o dicionário:
"substantivo feminino
1 aquilo que demonstra que uma afirmação ou um fato são verdadeiros; evidência, comprovação
2 ato que dá uma demonstração cabal (de afeto, fidelidade etc.); manifestação, sinal"
Vê-se que "prova" é o que a palavra diz.
No momento que uma coisa resta provada, não é generalização.
Quando tu diz: "Acho uma certeza muito forte.", acredito tu está confundindo.
Existem coisas que são provadas, por exemplo, nós estamos conversando aqui pelo VOL, isto é fato, as provas estão aí gravadas. Nunca eu ou tu poderíamos dizer que essa conversa não existiu.
Mesmo que as conversas fossem apagadas, ainda assim a conversa existiu. Caso, depois que as conversas fossem apagadas, eu ou tu negássemos que essa conversa tenha existido, ainda assim não mudaria o fato de que ela existiu.
Acredito que quando tu diz "Acho uma certeza muito forte." está confundindo com desonestidade, mentira. Ou está confundindo coisas objetivas com coisas subjetivas.
Veja bem, o fato de você negar que uma coisa aconteceu, não muda o fato de que essa coisa aconteceu. Isto é óbvio.
Dizer "Acho uma certeza muito forte." é relativizar que não existem certezas e, por conseguinte, nada é real, mas sabemos que somos reais, existimos, estamos aqui.
Quando eu disse "Uma prova NUNCA é enganosa e tendenciosa." é porque é verdade. No momento que ainda existe uma tendência ao engano em relação a um fato, é porque esse fato ainda não foi provado ou é porque a pessoa que o está negando não tem conhecimento da prova. Mas quando existir uma prova desse fato e alguém, tendo conhecimento desta prova, negá-lo depois, esse alguém estará sendo desonesto.
É preciso muito cuidado com a máxima "Não existem certezas absolutas" posto que existem certezas absolutas. O fato de que a nossa conversa aqui existiu e está existindo é uma certeza absoluta, mesmo que a nossa conversa venha a ser negada depois.
Aliás, o termo "certeza absoluta" é uma redundância, quase uma licença poética para reforçar a certeza. Não precisamos dizer "temos certeza absoluta", basta dizer "temos certeza".
Com relação ao tema do tópico, por exemplo, que os átomos e as partículas possam ter um nível próprio de pensamento ou mesmo de vida, isto ainda não restou provado, então, até existir uma prova sobre isto, tudo o que falarmos desse assunto serão somente conjecturas, elucubrações, etc.
A não ser que exista uma prova disso, e se existir tal prova, nós não temos conhecimento (nós aqui participantes do tópico), mas ainda assim o fato de não termos conhecimento dessa prova não invalida que tal fato existe.
Como tu mesmo disse, primeiro é preciso definir o que é pensamento. Se pensamento, da forma como o conhecemos, é restrito ao ser humano, então os átomos não pensam, pois não temos como nos comunicarmos com um átomo da mesma forma que nos comunicamos com outro ser humano. Ou alguém já viu alguém "batendo um papo" com um átomo"?
Mas, se pensamento é uma outra coisa que valide que os átomos pensam, então os átomos pensam, mas daí seria uma outra categoria de pensamento.
O pensamento, como o conhecemos, se manifesta através da linguagem (palavras faladas e escritas, gestos, atitudes, etc.), sendo que a linguagem é tudo isso não podendo ser dissociada uma coisa da outra. Um átomo existe e se manifesta através do movimento, mas um átomo não fala nem escreve.
Eu poderia até negar a existência do átomo, pois nunca vi um átomo, mas confio que existe porque os cientistas tem essa certeza.