Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 05/03/2012 - 11:50h
Quanto menos pontos de contato você tiver numa rede, melhor.
Pontos de contato são geralmente os conectores e quaisquer outros lugares por onde entram - e saem - ruídos, interferências, e ocorrem as perdas e deteriorações do sinal.
Quanto menor a metragem obsoleta de cabos, melhor.
Cabos próximos ao limite de sua metragem-limite certamente dão problemas.
E essa metragem depende principalmente da qualidade do cabo: Para alguns isso é coisa de 100 metros, para outros, pouco mais de 80 metros, e para outros ainda a coisa já começa a dar "zebra séria" com 40 ou 50 metros.
Na prática, a colocação ideal de um switch seria no meio do cabo, a igual distância de suas extremidades.
Mas também na prática, isso nem sempre é possível.
Cabos de grande extensão, quando enrolados em espiral, produzem um fenômeno chamado "indutância", e passam a funcionar como bobinas elétricas, captando ou transmitindo dados, ruídos, etc.
Para quem também usa wireless, isso vira um verdadeiro "inferno digital"...
Não é vantagem alguma cascatear switches, embora em alguns casos haja algum sucesso nisso.
Mas não podemos ter a exceção como regra, especialmente quando se tratar de uma instalação corporativa - ou seja, em uma empresa.
Aqui em casa uso um switch de 4 portas (65 Reais, novo) e que de vez em quando a gente tem de "fazer uma revisão nos contatos", mas no escritório há nada menos que um Cisco "antigão" de 24 portas (pouco mais de 400 Reais, usado), e que fica há vários anos quietinho em seu canto e a gente nem sequer olha para ele.
Consideremos que 20 máquinas cascateadas "em regime de gambiarra" irão dar muito mais dor de cabeça que 200 máquinas interligadas através de um sistema inteligente, bem estudado, equilibrado e de qualidade.
Existem switches profissionais que realmente são muito mais caros que os "xing ling de 30 reais" porém que não dão dores de cabeça.
Por sinal, seriam necessários nada menos que 67 "switches de 30 reais" para atender a uma rede de 200 máquinas, o que incidiria em um custo de R$ 2.010,00.
Cada switch desses consumiria cerca de 200mA, portanto nada menos que 13.400mA.
Em termos de refrigeração, quantos BTU seriam gerados por causa disso?
Estou fazendo meus cálculos "na base do chute", sem me preocupar se estão corretos ou não. Portanto os colegas fiquem à vontade para me corrigir.
Na minha humilde opinião, acho que não vale a pena fazer esse tipo de "economia", a não ser que todos os switches tenham sido doados "zero quilômetro" e por algum milagre, estejam todos perfeitos.
[grande interrogação on]
?
[grande interrogação off]
"A Economia é a base da prosperidade", mas a "economia" é a base da porcaria...
(Palavras de Confúsio e de Rui Babosa)
Em condições ideais utópicas (cabos de boa qualidade, bem crimpados, do mesmo tamanho, etc,), sob boa ambientação (refrigeração, qualidade da energia elétrica fornecida no local), e em teoria, dá para ir cascateando infinitamente, não havendo um limite físico para isso.
Que tal colocar 10.000 switches?
O problema começará a ocorrer no momento em que houver a primeira deterioração, a primeira interferência.
Uma rede de 10.000 switches xing-ling, porém, teria nada menos que 40.000 portas para dar zebra...
Isso tudo sem falar no próprio ambiente de propagação, que é a área afetada pelo somatório das interferências e de suas realimentações.
Acho que as gambiarras de uma forma geral devem ser feitas apenas a título de curiosidade, "para ver como é que fica", "o que acontece", etc., mas jamais como "solução", especialmente a nivel corporativo.