4º lugar: openSUSE
A origem do SUSE Linux remonta a 1992, quando entusiastas alemães criaram uma empresa que passou a vender uma versão 'aclimatada' do
Slackware, em tempo (1996) substituída por uma distribuição realmente independente, que acabou por adotar os pacotes RPM e o YaST, uma
poderosa ferramenta de configuração/administração capaz de proporcionar facilidades inigualáveis e fazer com que o novo usuário sinta-se em casa
rapidamente.
Em 2003 a Novell adquiriu a SUSE Linux e decidiu abrir a distribuição sob o nome de openSUSE, seguindo o modelo de desenvolvimento e uso abertos
servindo a um sistema comercial, já que o openSUSE é o campo de provas do SLED e do SLES, respectivamente SUSE Linux Enterprise
Desktop e SUSE Linux Enterprise Server, ambos vendidos.
Este modelo de desenvolvimento privilegia o uso de pacotes recentes, prejudicando a estabilidade algumas vezes, apesar da extrema competência dos
desenvolvedores, destacada aqui pela disponibilização do primeiro KDE 4 realmente utilizável quando do lançamento da versão 11.0, em junho de
2008.
O openSUSE tem uma sólida base de usuários na Europa e nos Estados Unidos, apesar do acordo sobre patentes entre a Novell e a Microsoft, que fez a
comunidade Open Source torcer o nariz para a primeira.
Trata-se de uma distribuição
GNU/Linux de fácil uso e muito bem acabada graficamente, tanto na versão KDE (a principal) quanto na versão GNOME.
Resumindo, nem mesmo o acordo Novel/Microsoft foi capaz de tirar o brilho desta tradicional e bem arranjada distribuição Linux, que merece ser ao
menos testada por qualquer candidato a usuário do Sistema do Pinguim.
5º lugar: Debian
O Debian, cuja história se inicia em 1993, é uma das distribuições mais tradicionais, além de ser considerado o maior projeto de software colaborativo
jamais criado. Com efeito, mais de mil desenvolvedores de todas as partes do mundo colaboram na criação de um Sistema Operacional Livre.
O desenvolvimento do Debian é contínuo e dividido em três versões: a estável, a de teste (que em tempo será a estável) e a instável. Todas levam
nomes tirados do filme Toy Story, sendo o nome da versão instável o único permanente e, curiosamente, o do vilão da trama (Sid, o garoto que gosta
de destruir os brinquedos).
Por conta da metodologia adotada pelo projeto, as versões estáveis demoram a ser lançadas, apesar da previsão de lançamentos anuais.
Em verdade, os lançamentos do Debian costumam atrasar de um a dois anos, o que implica em versões estáveis lançadas até três anos após a
liberação da versão anterior. Embora isso faça com que o Debian estável envelheça, temos a contrapartida de contarmos com uma estabilidade fora do
comum, decorrente do exaustivo teste da gama de pacotes que o compõe.
Mais utilizado em Servidores por conta de sua reconhecida estabilidade e segurança, o Debian não se sai mal como desktop.
Em máquinas modestas, ele é uma excelente escolha por ser mais leve e ter um desempenho melhor do que o das distribuições dele derivadas.
Também em máquinas corporativas, o Debian se mostra boa escolha, já que o suporte tende a ser de longo prazo por conta da demora entre versões.
Uma vez lançada uma versão nova, a anterior será plenamente suportada por mais 12 (doze) meses, o que se traduz em suporte médio de 36 (trinta e
seis) meses, ou 3 (três) anos.
A última versão estável, lançada em fevereiro de 2011, envelheceu rapidamente em face da concorrência, pois muitas foram as inovações desde então.
Mas quem quiser algo parecido com aquilo que a concorrência hoje oferece, pode usar a versão de teste, tendo estabilidade na mesma medida do
Ubuntu, ou do próprio Linux Mint.
Resumindo, a distro que nos deu os pacotes DEB e o gerenciador de pacotes APT merece ao menos um teste por qualquer candidato a usuário de
GNU/Linux.
6° lugar: Arch Linux
O Arch Linux é uma distribuição Linux independente fundada por Judd Vinet, otimizada para processadores i686 (Pentium Pro, II, etc. e AMD
compatíveis). Judd inspirou-se em uma outra distribuição minimalista chamada CRUX.
Trata-se da distro do momento, ao menos entre os inciados, já que sua instalação demanda algum conhecimento. Em compensação, uma vez
instalado, o Arch Linux manter-se-á constantemente atualizado, seguindo o conceito por ele promovido, qual seja, o de Rolling Release.
Por conta de sua detalhada e bem cuidada documentação On-line, compondo a "ArchWiki" e o "Arch Linux Handbook", a instalação desta distro, ainda
que um pouco complicada, pode ser executada até mesmo por um iniciante, embora não seja esse seu público alvo.
Em verdade, o Arch Linux é destinado a usuários intermediários ou avançados, até porque, como todo GNU/Linux de atualização permanente, não está
imune a problemas que são capazes de torná-lo inutilizável. E tais problemas exigem um usuário que, ao menos em tese, seja capaz de superá-los.
As grandes vantagens do Arch Linux estão em seu poderoso gerenciador de pacotes, o 'pacman'.
Sua filosofia "KISS" (Keep It Simple, Stupid) e sua possibilidade de customização, já que a instalação padrão não vai muito além de um sistema
básico em texto puro.
Estas três forças se traduzem, pela ordem, na capacidade de lidar com pacotes e dependências com bastante competência, na existência de poucos e
bem comentados arquivos de configuração e em ter no sistema apenas o que realmente será usado, tornando-o 'enxuto' e, bem assim, com um
desempenho acima da média.
Encerrando, se você já passou pelo Slackware e gosta de experimentar, o Arch Linux é provavelmente sua próxima distro.