Diz Maria Thereza P. A (2000), "O Capital Intelectual é o conjunto de valores ocultos que agregam valor às empresas e permitem sua continuidade".
Ou seja, o potencial conseguido pela organização, a partir da criatividade dos seus empregados, sua capacidade de inovação, além de outros intangíveis, tais como marcas, patentes e a lealdade dos clientes. Há vários conceitos de estudiosos sobre o que seria o Capital Intelectual de uma empresa, dentre esses, Edvinsson e Malone (1998) tentam explicar o conceito estabelecendo uma analogia entre o Capital Intelectual e uma árvore.
Para os autores, a parte visível da árvore, tronco, folhas, seria o ativo tangível visível nas demonstrações contábeis, e a parte submersa, sistema de raízes, seria o Capital Intelectual, que são os fatores recônditos responsáveis pelo sucesso de uma empresa no mercado.
O Capital Intelectual, ao contrário do que muitos leigos e até estudiosos pensam, não é formado apenas pelos recursos humanos, mas sim de outros potenciais encobertos e que têm influência direta no processo de geração de capital numa organização. A propósito da estrutura, Edvinsson e Malone classificam o Capital Intelectual em dois grupos: capital humano e capital estrutural.
- O Capital Humano seria composto pelo conhecimento, o poder de inovação e habilidades dos empregados;
- O Capital Estrutural seria formado pelos equipamentos auxiliares ao processo de produtividade dos empregados como, softwares de Banco de Dados, ERP's, patentes, marcas.
Há de se dar também uma relevante importância ao
Capital de Clientes, que seria formado pela lealdade dos clientes e a confiança que estes depositam na organização.
Contudo, os recursos humanos é a principal parte integrante do Capital Intelectual, uma vez que o ser humano é o elemento possuidor do conhecimento e de toda a aplicação deste, diz Antunes (2000). As organizações necessitam apoiar-se no Recurso Humano do conhecimento, não mais no Recurso Humano da força braçal; a tecnologia, à medida que, por um lado, supre este fator, por outro demanda pelo potencial humano da inteligência.
Percebe-se então a grande importância dos recursos humanos na geração de riquezas, e a necessidade de canalizá-los a fim de alcançar diferencial de competitividade no mercado. "Na sociedade do conhecimento, o verdadeiro investimento se dá cada vez menos em máquinas e ferramentas e mais no conhecimento, as máquinas são improdutivas, por mais avançadas e sofisticadas que sejam" (Peter Drucker, 1998).