O Ubuntu tem deixado muitos iniciantes irritados devido a pequenos detalhes, particularmente porque o sistema é instalado de maneira incompleta. Esse artigo visa explicar os fundamentos da instalação de distros a partir de um único CD, e como completá-la a contento.
Uma grande vantagem do Ubuntu, para quem gosta de personalizar o sistema, é a multiplicidade de interfaces e funções. Notem que mesmo instalando o Ubuntu com o Gnome, o KDE e o Ubuntu Studio estão disponíveis no repositório.
O repositório do Ubuntu é dividido em principal (main), Multiverse e Universe. O repositório Main e Multiverse são repositórios mais básicos, o Universe é mais eclético. Algumas versões do Ubuntu tem o KDE 3.5 no repositório principal e a versão 4.x no repositório Universe.
O KDE e o Xubuntu estão também disponíveis e podem ser instalados pelo Synaptic, em parte ou no todo. A maneira mais fácil e segura é utilizar o Synaptic e marcar os pacotes do XFCE ou do KDE e simplesmente instalar. Principalmente para o KDE você vai precisar de uma banda larga.
Outra possibilidade é colocar os repositórios estritamente da mesma versão do Kubuntu ou ou Xubuntu. Para fazer isso proceda os seguintes passos:
O Ubuntu Studio está no repositório padrão e pode ser instalado a partir de um único pacote chamado ubuntustudio, mas isso vai requerer algumas horas de download. Opcionalmente pode-se instalar por partes para não ter que esperar um tempão de download de uma só vez.
Para instalar o KDE típico do Kubuntu pode-se usar o seguinte comando, mas esteja preparado para baixar uns 250 MB , ou seja, umas três horas em banda larga (deixe baixando, vá namorar, quando voltar já estará pronto):
sudo apt-get install kubuntu-desktop
Sugestão de pacotes importantes:
acroread (é o mesmo que se usa no Windows: Acrobat Reader)
googleearth (já conhecido navegador via satélite)
picasa (programa de imagens gráficas)
gthumbs (visualizador de imagens simples e poderoso)
[1] Comentário enviado por eduams em 04/08/2009 - 21:06h
O Add/remove do Linux é uma maravilha para iniciantes, porque é só colocar o nome do programa que você quer que o aplicativo ja baixa e instala.
Parabéns pelo artigo.
[6] Comentário enviado por fhespanhol em 14/08/2009 - 11:59h
Para completar a instalação do Ubuntu basta fazer o seguinte:
1 - Ir em Sistema;
2 - Clicar em Administração, Gerenciador de pacotes synaptic;
3 - Clique no ícone do binóculos que aparece no canto superior direito da janela do Synaptic;
4 - Escreva restricted-extras;
5 - Irá aparecer uma lista com todos os complementos restritos para Ubuntu, Xubuntu e Kubuntu;
6 - Marque a do Ubuntu ( Pois é da Ubuntu que estamos falando ) e mande aplicar.
Feito isso tudo que você precisa para o Ubuntu funcionar redondo será instalado, como o Flash Player, o Java RunTimes, Codecs de audio e vídeo para praticamente todos os formatos de mídia encontrados seja na Internet ou não.Tudo de maneira bem simples mantendo a filosofia do Ubuntu que é facilitar a vida do usuário final.
[7] Comentário enviado por igormorgado em 03/09/2009 - 08:38h
Acho que devemos ter cuidado, ao falar, Ubuntu deixa iniciantes irritados, ou ubuntu é incompleto. (o mesmo poderia ser dito do Debian so que em escala superior).
O ubuntu vem completo, e atende a demanda da maioria dos usuarios. Óbviamente não é possivel colocar tudo em um único CD.
Se formos analisar os concorrentes não livres, veremos que por padrão eles vem muito mais "incompletos" que o Ubuntu citado no artigo.
A principal razão desta incompletitude, da-se por que os citados pacotes não são livres, e por isso não devem ser instalados por padrão. Lembrar que um sistema operacional livre deve permanecer livre na sua essencia. Onde iriamos parar se por padrão estes programas viessem junto com o SO e as empresas detentoras destas patentes optassem do dia pra noite modificar a forma de licenceamento dos seus softwares. Isso tornaria automaticamente todos os usuarios em potenciais burladores de patentes, sem contat com a canonical, que distribuiu. (discussao sobre o direito ou nao de patentes é offtopic).
Alem disso o autor do texto logo no inicio recomenda a instalacao de pacotes que ja sao instalados. E os que não são, o proprio ambiente GNOME solicita a instalacao quando necessário. Por exemplo ao tocar um video no Reprodutor de Filmes (totem), cujo não haja codec no sistema, o proprio ubuntu ativa o add/remove programs e instala o codec para o usuario.
Outro ponto que acredito (sei da guerra de desktop K vs G vs X), é que não devemos dar logo de inicio muitas opcoes ao usuário. Gosto das opcoes, mas normalmente o usuário fica perdido entre eles, pela falta de uniformidade. Entao quando direcionando textos a completos novatos, não recomendo a modificacao total do desktop. O mesmo vale para dicas, dar mais de uma opcao muitas vezes confunde o usuario, recomendo, escolha uma opcao e use-a (nao apresente alternativas).
Com relacao aos pacotes adicionais, recomendaria somente instalar os pacotes adicionais (como os restricted-extras, ou o driver nvidia/ati (o da ati ficou faltando) ). Os programas que aumentam compatibilidade de compactadores também é interessante.
Compilacao de pacotes é desnecessária para usuários (ainda mais nos tempos do ubuntu). Compilação de kernel entao (pra que o codigo fonte do linux), acredito que usuário nenhum de desktop um dia vá fazer isso.
[8] Comentário enviado por nicolo em 05/09/2009 - 11:33h
Prezado igormorgado. O ubuntu precisa do fonte do kernel para instalar todos os programas e drivers que compilam módulos. São constantes as perguntas dos iniciantes aqui no VOL. A compilação é um fundamento do Linux, será muito difícil eliminá-la.
O iniciante nem sempre é o aluno instrumentado; em geral quem tenta linux é o oposto, é um explorador nato.
Os codecs fazem falta sim. Fazem falta no windows também. Se o windows não tem não quer dizer que o linux não deva ter.
A flexibilidade é inerente ao Linux. Essa característica é uma força e uma fraqueza, dependendo da hora e lugar.
Não há distinção entre G e K no artigo. O Synaptic não instala por default nas edições KDE e XFCE.
A rigor não é preciso empacotar codecs ou qualquer coisa que não seja open source. Poderia colocar algo como os ícones mágicos do kurumin, ou um tutorial como o do Morimoto. Essa foi intenção do artigo: Uma coleção de dicas que facilitasse a vida do iniciante.
Um código liberado como open source pode ser fechado e tornar-se comercial a qualquer momento, mas o que foi liberado como opensource assim permanece, não é revogável, mas esse princípio varia de um páis para outro. Um exemplo: O Scramdisk foi criado como open source e foi fechado. Outras pessoas continuaram a partir do ponto onde parou.
Note que tudo que é liberado e dado a público torna-se domínio público e não pode mais ser patenteado. Há empresas que publicam coisas para evitar patentes.
O assunto de patente tornou-se truculento, com os países desenvolvidos impondo condições aos países atrasados.
Mais recentemente, houve reações com a Índia quebrando patentes de medicamentos, uma vez, mesmo nos Estados Unidos, o privilégio tem prazo de validade.
A ex-União Soviètica não reconhecia nenhuma patente, em troca muitas invenções russas se tornaram de domínio público ou foram patenteadas por empresas ocidentais, numa prova cabal de cinismo. O problema das patente é a enorme variedade de leis que mudam radicalmente de um país para o outro.
[9] Comentário enviado por igormorgado em 14/09/2009 - 12:00h
A sua afirmação de que é obrigatório o código fonte para compilação é falsa, são necessário somente os cabeçalhos (linux-headers), vide compilação do nvidia-glx (poderia citar outros).
Também discordo que a compilação de programas é um dogma no mundo Linux, foi sim, no passado, hoje o distribuições como Debian e Ubuntu possuem mais de 10.000 pacotes (programas) para serem instalados. É sim parte da cultura do desenvolvedor distribuir o código fonte, mas MUITOS programas que são referência e tem uso amplo já são distribuidos de forma binária, em forma de pacotes (inclusive .deb).
Também existes esforços totalmente funcionais de remover a necessidade (ou torna-la transparente ao usuário), quanto a compilação dos módulos adicionais, vide projeto DKMS da Dell (linux.dell.com/projects.shtml), já implantado no Ubuntu.
Tenho visão da força da flexibilidade, mas quando direciono guias a usuários tento limitar ou ocultar ao máximo o número de opções, pois elas se tornam dúvidas e logo críticas (o tiro sai pela culatra). A não instalação padrao do synaptic na versão KDE/XFCE, sem um substituto à altura para mim é visto como bug, mas também sei que as versões K/X do ubuntu não são oficialmente suportadas por isso não vejo como um problema (e pelo mesmo motivo, não as recomendo aos usuários)
Acredito que ver os usuários linux somente com *exploradores natos*, é um contra-senso, visto que se desejamos e cremos que o linux deve e pode ser adotado em larga por todos, estariamos assim crendo também que todos são exploradores natos, o que não é uma verdade, usuários em sua maioria querem usar computadores como ferramenta, não como forma de pesquisa e eu acredito e comprovo diariamente, que se ultrapassadas as barreiras do preconceito, o Linux, sim tem todo o poder e capacidade de ser usado amplamente, não somente pelos exploradores.
Quanto a não necessidade de empacotar codecs, discordo, por dois motivos: 1. Eles *já* são empacotados, a exemplo dos gstreamer-bad-plugins, livdvdcss, flash e muitos outros largamente utilizados; e 2. Acho necessário a compatilibidade entre as múltiplas tecnologias para uma adoção suave do software livre não somente por exploradores natos.
A solução de TUTORIAIS proposta por você, é inócua, pois o usuário demanda uma usabilidade completamente natural, e é mais do que notório que eles não leem simples caixas de texto com informações críticas, o que diremos de tutorias longos, complexos e técnicos.
Não vou entrar em detalhes e discutir a qualidade técnica dos "ícones mágicos" para mim é MUITO mais fácil o modo ubuntu atual (ja citado no meu post anterior). Seja por automaticamente recomendar a instalação de pacotes/codecs quando da-se o uso deles, ou por já existir meta-pacotes, que ja instalam grande parte dos pacotes que são utilizados por usuários, ou pelo uso da interface ADD/REMOVE PROGRAMS (do ubuntu) que é encontrada facilmente no menu Aplicativos, por ali voce tem a lista dos programas mais utilizados (um bom lugar pro usuario comecar) e ele pode procurar programas utilizando palavras chave (como editor, ou imagem), clicar em uma caixinha e tudo é instalado automaticamente (sem uso do APT ou coisas mais complexas), e sim em última instancia, o uso do synaptic. Estas formas sao MUITO mais palatáveis ao usuário do que compilação do código fonte.
Um codigo fonte liberado sob GPL, JAMAIS pode se tornar fechado, o que pode ocorrer que é que NOVAS modificações sejam, tornando futuras versões fechadas, de qualquer forma (como descrito por você) a comunidade tem todo direito de criar um FORK da ultima versão livre, e seguir adiante (vide caso do XFree vs. XOrg ). Pessoalmente SCRAMDISK não é um bom exemplo ele nem mesmo roda sobre plataforma livre.
Sobre a quebra de patentes o Brasil foi pioneiro, ao fazer isso com medicamentos contra AIDS. E o privilegio de patentes hoje em dia, nos estados unidos é maior que 50 anos (se nao me engano 70), o que torna QUALQUER patente tecnologica eterna quando comparada com a velocidade das mudanças do mundo. Independente de tudo isso, questionamentos de marcas e patentes, estão fora do escopo.
[10] Comentário enviado por nicolo em 15/09/2009 - 20:18h
Sr igormorgado Tente compilar os módulos sem o fonte do kernel.
Compilação de programas não é dogma do Linux? Olhe o Gentoo, Sabayon e adjacências. É dogma dos Nix. Um sistema para uma máquina, para um driver, etc, logo, um ideal de perfeição que obriga a compilar 100%. Provelmente verdadeiro , mas pouco prático.
O Ubuntu possui quase 30.000 pacotes, não 10.000, mas isso não muda nada. O ubuntu é muito mais exceção do que regra no mundo open source.
O maior especialista em remover flexibilidade é a MS. Tudo no Windows tem um único caminho, embora possam existir 5 botões. A flexibilidade é inerente ao código aberto, por isso ele é aberto. Os linuxers são diferentes dos usuários de windows e são minoria. São os que aceitam o risco e a fascinação do desconhecido
Se não fosse assim o linux seria o sistema mais utilizado no mundo e está anos luz de distância disso. OU então a propalada superioridade do Linux não passa de falácia, mas eu acho que ela é real.
É evidente que o apt e o synaptic foram uma grandes idéias, mas são restritos ao mundo debian. Alguns RPM estão implementando o apt, mas não sei se é o método principal. Eles relutam em abandonar os yum e yast. Eu conheço bem o Ubuntu, já escrevi sobre isso em outros termos:
O Ubuntu é a única distro que partiu para a briga dos desktops com um lema implícito: It is not good enough to be the second. O Ubuntu é mais agressivo que qualquer outra distro; abandonou o purismo e tenta encantar o usuário.
O código aberto pode estar sendo utilizado de forma fechada, com uma estratégia subreptícia: Uma parte é liberada e outra é segregada. Não conheço ninguém que tenha idéia das diferenças e da extensão da coisa. Tal comparação seria difícil pois a parte fechada é hermética e demandaria um enorme esforço de análise, além de tempo e custo.
O Brasil não foi pioneiro na quebra de patentes, foi a India, e fez isso porque tem intelectuais suficientes na industria farmacêutica, coisa que não temos.
[12] Comentário enviado por matheusdefender em 02/10/2009 - 00:45h
Eu sou iniciante na área de Linux ainda,já cheguei a instalar o Ubuntu 9.04 32 bits e enquanto eu usava o sistema e navegava na internet normal... Derepende o sistema trava o Caps Lock e o Scroll Lock do teclado começam a piscar sem parar,e o mouse trava também... acho que era problema no Kernel. Mais dá próxima vez que eu colocar ele na máquina vou seguir as recomendações de vocês ai,valeu
[13] Comentário enviado por igormorgado em 05/10/2009 - 17:15h
Para fins de resposta:
1. Sobre a *dependencia* do codigo fonte do linux para compilacao de modulos
root@sansara:/usr/src# apt-cache show nvidia-96-kernel-source | grep Depends
Depends: make, sed (>> 3.0), dkms, linux-libc-dev, libc6-dev, linux-headers-generic | linux-headers
Isto prova que para compilar modulos (nvidia eh um modulo do kernel) nao dependemos do codigo fonte do linux e sim dos headers (nao ha qualquer referencia ao linux-source)
2. A distribuição em discussão é o Ubuntu, sendo assim gentoo, sabayon, arch linux, slackware, etc não estão em pauta logo não fazem parte da explicação dada por você ou não deveriam (meu ponto foi o ubuntu).
3. Na última contagem que li havia um pouco mais de 15.000, pode me mostrar onde há a contagem do 30.000? de qualquer forma se fossem 30.000 é mais um motivo para focarmos na não compilação pelos usuários finais.
4. Se é o seu desejo que o "linuxer" continue como minoria, não é o meu, por isso temos visões diferentes.
5. Se o apt e o synaptic estao restritos ao mundo debian não muda nada, seu documento é focado em ubuntu, e deveria usar as ferramentas que ele disponibiliza. E vou alem, nao usar a interface texto para qualquer operação de usuário.
6. A sua ultima colocação de usar código aberto dentro de um código fechado é EXATAMENTE o oposto da sua colocação inicial (e da minha explicação), este caso especifico é uma CLARA violação da gpl (como ocorreu no pouco recente casa da Linksys).
"O governo brasileiro foi pioneiro na luta pela quebra de patentes de remédios usados para o tratamento da Aids. Com o programa que garante à população o acesso gratuito aos medicamentos que formam o coquetel retroviral, em vigor desde 1996, o governo tem um alto custo com a compra de tais medicamentos."
De qualquer forma, este assunto é off-topic, e nao deveriamos discuti-lo, o assunto a que me coloquei foi: Completitude do ubuntu, e melhor forma de abordagem para usuarios iniciantes.
[16] Comentário enviado por luanyata em 14/01/2010 - 17:42h
Parabens cara... mais apesar de tudo nao vejo ainda motivo para abandonar o Ubuntu... ja tive varios desses problemas com versões anteriores , como rede , audio e video q axo que sao os pricipais problemas de hardware apresentado...